sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Mc. 6, 14-29

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Caríssimos Irmãos, vamos dar continuidade a nossa lectio divina. Marcos nos conduz a um caminho, constituido de várias estruturas, relevos. Os teologos equiparam a leitura de seu Evangelho a uma subida em uma montanha. Na verdade, somos transformados em alpinistas. E lembrando a figura do alpinismo, certo vez questionei: o que faz um alpinista profissional quando erra? Houve multiplas respostas, grande parte disse que recomeçaria novamente. Na verdade, o erro da resposta não fora a raiz, mas a forma deste recomeçar. O alpinista profissional recomeça, mas do zero!!! Traduzindo, desce até a base da montanha e perfaz, novamente, o caminho já percorrido, analisando cada passo feito. E quando chega no ponto do erro, analisa todas os possíveis angulos e saídas, com objetivo de reavaliar a decisão tomada no erro. Na verdade este contexto nos conduz a uma máxima de Lavosier, grande químico, que proferiu: "NADA SE CRIA, NADA SE DESTROI. TUDO SE TRANSFORMA". Mas vamos subir com Marcos em nossa bela e majestosa montanha. Subir ao monte para encontrar com DEUS.

Novamente observamos a técnica de Marcos de desfilar seu intuito através de detalhes. A raiz da pergunta é: "QUEM É ESTE?", questionamento já feito pleos discípulos (Mc. 4,41), e agora pelo povo também. Marcos, neste detalhes, força-nos a buscar identificar este Mestre cativador e generoso. Marcos nos faz constatar várias opiniões sobre JESUS. Para muitos Elias redivivo, cuja volta era anunciada (Ml. 3,23-24; Eclo. 48,10-11). Possível novo Profeta? Ora, talvez Moisés (Dt. 18,15), pelo que a profecia havia cessado no meio do povo, e pela sua importância, aguardavam seu retorno (1ª Mc. 14,41). Ainda, o Batista ressucistado, esta é a parte principal do texto em que Marcos faz seu desenvolvimento, na sua arte de moldar o evangelho em nossa vida. Para os mais próximos, um artesão iletrado e cujos familiares moravam em Nazaré. Ohh! Nazaré, sim, ou seja, pessoa já conhecida a fundo. Para as autoridades não passava de um blasfemador e cooperador de satanás. No todo, o que se observa é que ninguém ainda o reconhecia por aquilo que ELE era, o MESSIAS.
As atividades de CRISTO já ressoavam pelos cantos do Império e os rumores do povo chegam ao Rei. Igualmente, este busca identificar a sua pessoa, mas apenas alcança com uma figura paralela, João ressuscitado, será?
Marcos utiliza-se de uma maestria literária, insere a narração da prisão e decapitação de um intrépido denunciador das culpas da nação e da família real (Lv. 18,16), ou seja, conta-nos o martírio de João Batista. Perfaz umas alegorias para fabricar um drama (ascendência, admoestação franca, e o rancor passional desencadeado). Este drama possui já um paralelo, por isto citar o profeta Elias (Rei Acab e Jezabel - 1ª Rs. 18-19).
A forma de narrativa de Marcos nos surpreende, reprime emoções e permite que os fatos narrados que comovam o leitor. Alude um momento de festa (possivel aniversário pelos tipos de convidados). Assim, de forma figurativa do mundo, e engraçado como se aparenta com os tempos atuais, coloca-se no centro o arquetipo feminino (Ct. 7,1-7), não como a pessoa, mas sim como objeto, muito mais pelo desejo que fomentará (dança). Acentua, Marcos, a importância da promessa, do juramento. Conduz-nos a meditar as tantas promessas e juramentos efetivados pelo povo a DEUS, mas nunca cumpridos. Aqui chega-se a um ápice. incita-se a uma atitude agressiva (... pedir a cabeça ...) para favorecer a um comprometimento. O interessante neste episódio é a necessidade de dar o valor da promessa nos moldes humanos, mas Marcos nos faz questionar os valores divinos de nossos comprometimentos. Interessa a Marcos demonstar o grau de imoralidade e corrupção dos dirigentes.
O desenrolar do episódio torna-se um presságio da morte de JESUS, que será provocada pelas mesmas autoridades políticas e religiosas, que ecoará com o triunfo do anúncio de sua Ressurreição.
REFLEXÃO: O contexto apresentado nos mostra uma figura, um modelo, de quem testemunha a VERDADE e da Lei de DEUS diante de opositores poderosos. Perfaz-se uma projeção do próprio CRISTO que não será ouvido, ridicularizado e ultrajado pelas autoridades daquele tempo. Faz-nos repensear a nossa caminhada (E VOCÊ?). João morrre por fidelidade ao seu TESTEMUNHO. Após, veremos o próprio JESUS, diante de Pilatos, declarar que veio ao mundo DAR TESTEMUNHO da VERDADE,  e paga pela vida por isto.
Devemos meditar, de forma sublime, o conteúdo deste Evangelho, em que a morte representa o Testemunho supremo, seu selo de autenticidade, o que confirma as palavras proferidas. Para nós, talvez ainda não, não nos é pedido a vida em si. Mas a vida como conduta cristã nos relacionamentos com DEUS e com os homens. O que deve-nos ser cobrado é a nossa capacidade de SERMOS DIFERENTES, de não ceder ao mal, de pensar, agir, escolher, e falar com a mesma magnitude como o modelo maior assim proferiu. Em suma, sermos IMAGEM e SEMELHANÇA de JESUS. E VOCÊ? REFLITA. DEUS TE ABENÇOE.

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