GRAÇA e PAZ (סד ושלום - PAX ET BONUM)! Em nossa análise da temática LIDERANÇA, adentraremos
no aspecto de podermos interpretar os sinais advindos por DEUS. Possamos
visualizar a figura de Moisés! Ele cresceu entre palácios e divindades. Aprendeu a
cultura e a religião egípcias. Foi treinado em suas artes, ciências e
filosofia. Viu a grandeza da nação que habitava a partir do centro do poder.
Acostumou-se à riqueza e ao brilho de uma vida sem privações.
Posteriormente, transcorreu uma situação que alterou sua vida. A idade
era de quarenta anos, em que o seu poder tornou-se sua ruína.
Deste fato, transformou-se em um fugitivo, tendo que refugiar-se
no deserto. tornou-se operador de bens alheios. Todo o seu glamour com a nobreza deu lugar a pobreza e solidão e
a responsabilidade dos bens que não lhe era próprio. Neste sentido, sua situação,
de perda integral, brilhou ao seu ser uma sarça que ardia, mas não se consumia. DEUS tirou Moisés do Egito, mas queria tirar o Egito de Moisés. Mostrou-lhe, com a
experiência do deserto, que a vida de um homem não consiste da abundância
de bens que possui. Tomou-lhe tudo, para dar-lhe o principal: uma oportunidade
de ENCONTRAR-SE CONSIGO? ou melhor com DEUS. Sua missão seria mais que
tirar um povo da escravidão; deveria conduzi-lo a um encontro: "... este
será o sinal de que EU te enviei: depois de haveres tirado o povo do Egito,
servireis a DEUS neste monte ...". O sinal não seria o sucesso do
empreendimento, mas sua consagração ao DEUS que o chama e envia. Cabe a Liderança Cristã ter uma percepção da
razão final de todas as nossas realizações: glorificar a DEUS. Neste mundo baseado
em êxito, quando tudo segue as suas regras, o Líder Cristão reassume apenas os
princípios advindos DEUS como regra absoluta para um serviço que o agrade.
Neste mundo direcionado em que valores e princípios vigoram enquanto úteis, a
Liderança Cristã entende como discernimento único a Palavra de VIDA Eterna. CONTINUA A FORMAÇÃO LIDERANÇA!!!
O Líder Cristão é aquele que entende sua função: "Olhar para os sinais de DEUS", principalmente, as
grandes teofonias. Enquanto aqueles que fiquem centrados, encantados
com o brilho de suas próprias existências, fascinados pelo poder de seus
próprios recursos, podem até desempenhar boas tarefas, mas jamais refletirão a
glória de DEUS. Podem até ter sucessos, mas nunca transparecerão a
beleza da santidade do Senhor. Nunca desfrutará por si mesmo. Será um
prisioneiro de sua própria ilusão. Moisés foi chamado para levar um povo a cultuar: "... irás, com os anciãos
de Israel, ao rei do Egito e lhe dirás: o Senhor, o Deus dos hebreus, nos
encontrou; agora, pois, deixa-nos ir caminho de três dias para o deserto, a fim
de que sacrifiquemos ao Senhor, nosso Deus ...". Precisou descer às profundezas da humilhação, sem
palácios ou ídolos, para descobrir que o DEUS do céu não habita em simples
obras humanas, em templos requintados, mas na identificação da nossa pobreza
desejosa de conquistar as alturas do céu. Em JESUS
a missão de Moisés encontrou sua plenitude. Seu sacrifício na cruz foi
mais que o cumprimento de uma tarefa; foi sua entrega em submissão e amor ao
Projeto do PAI, para que o PAI fosse glorificado no FILHO. “A mais difícil das
ciências é conhecer a si mesmo” (Basílio). Ora, Se desdobrarmos sobre a figura de Moisés, podemos
visualizar durante o período de quarenta anos, a essência do homem dos palácios, deu lugar a uma nova figura, trabalhado no deserto que viveu mais
quarenta anos. Tirou o povo do Egito e liderou-o por mais quarenta anos.
Morreu. Seu corpo foi ocultado pelo próprio DEUS. No chamado de Moisés, aos oitenta anos, DEUS se apresentou em uma
TEOFONIA (sarça em chamas). Disto, Moisés percebeu o fenômeno e temeu
aproximar-se, e depois houve a orientação divina. DEUS comissionou Moisés para tirar os hebreus da escravidão, do
Egito. A reação de Moisés foi reticente, bem aos moldes da reatividade
profética ante a complexidade do chamado divino ( ... não sei falar direito ...). Tinha consciência de suas limitações, que não era apto por
si mesmo para tal tarefa (idoso,
frágil e um fugitivo). Como voltar e assumir tão profundo desafio? DEUS não o contradiz, mas revela: "... estarei contigo ...". Analise o conteúdo, trata-se de um "não deixarei você sozinho e nem permitirei que dependa
de suas próprias forças". O DEUS que chama é o mesmo que capacita e acompanha,
orienta e abençoa, fortalece e dá a vitória. O ser LÍDER passa por um processo semelhante de AUTO-CONHECIMENTO. A
consciência de inaptidão é fundamental para o inicio de um serviço. A sarça,
como mistério e revelação, advertência e milagre, coloca o comissionado frente
a frente com o brilho da majestade daquele que chama. QUEM PODE SERVI-LO? Moisés e os profetas, ao verem a glória do
Senhor, viam também sua própria miséria. A LIDERANÇA Cristã precisa saber que sua força e recursos nada são. Mas não deve
recuar: DEUS promete seguir com ele. Não deve se enganar: sem o auxílio
da mão divina não poderá, jamais, cumprir sua missão. Humildade
e submissão são atitudes imprescindíveis. Moisés, na sarça, foi chamado, sobretudo, a olhar para si mesmo. O líder
que não conhece a si mesmo não pode conhecer seus limites e possibilidades.
Também não pode conhecer o outro em suas necessidades e particularidades. Como
escreveu C.G.Jung: "... Devemos entender a nós mesmos, se quisermos realmente
nos entender com o outro ...".
E não há olhar para DEUS que não se desdobre em um olhar para si mesmo com
humildade e temor. Por isso, a oração de Agostinho: "... Permita-me conhecer a
ti, ó Deus, permita-me conhecer a mim, isto é tudo ...". O desafio da Liderança cristã passa por esse
nível de solidariedade. É um reconhecimento da própria solidariedade de DEUS. Não se
trata do poder que tem para livrar ou dos planos soberanos que tem para
realizar. Mas, sim, do Amor com que olha para os angustiados, abatidos e
oprimidos. Moisés não estava sendo chamado para ter pena de si
mesmo, mas para associar-se com DEUS na maravilhosa oportunidade de
compadecer-se dos outros. O líder cristão não foi chamado para sentir-se
importante ou recompensado pelos fracassos de outrora. Foi chamado porque
há uma necessidade: ovelhas estão sem
pastor. Enquanto há
muitos perguntando "por quê", DEUS procura quem possa responder-lhe
com um “para onde”. Se almejarmos SER LIDERES, precisamos,
primeiramente, adentrarmos e, nosso próprio Universo humano. QUE DEUS NOS ABENÇOE RICAMENTE
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