segunda-feira, 26 de setembro de 2011

CATECHESI TRADENDAE (Sobre a Catequese nos dias de hoje - 1ª parte)


GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Neste estudo sobre a Doutrina Católica, debruçaremos sobre o Documento CATECHESI TRADENDAE, que remonta sobre a CATEQUESE nos tempos atuais. Seguindo o pressuposto por JESUS, no qual ordenou aos Apóstolos que fizessem discípulos pelas nações, ensinando a observar tudo aquilo que ele lhes havia mandado (Mt. 28,19). Nesta missão, concedeu-lhes o poder de anunciarem o que eles haviam visto, ouvido, contemplado e tocado, o Verbo da Vida (1ª Jo,1).
Desta forma, o conceito sobre a Catequese seria o conjunto de esforços envidados na Igreja para fazer discípulos, para ajudar aos homens a acreditarem que JESUS é o Filho de DEUS, a fim de que, mediante a fé, tenham a vida em seu nome, para educar e instruir quanto a essa vida e assim edificar o Corpo de CRISTO. Traduz-se como a educação da fé da Doutrina Cristã, de crianças, jovens, e adultos, de forma orgânica e sistemática. Entende-se a Missão dos Apóstolos de: “... ide (...) e ensinai a todas as gentes ...” (Mt 28,19). Esta fidelidade ao ordenamento de JESUS é confirmada pelo livro dos Atos dos Apóstolos (At. 2,42). Desta forma observamos que os Apóstolos efetivaram a partilha do Ministério Apostólico, transmitindo a sucessores o múnus de ensinar: “... andavam de terra em terra anunciando a Boa-nova ...”. Esta Boa Nova, ou seja, os Evangelhos foram, antes de serem escritos, a expressão de um ensinamento oral, transmitido às comunidades cristãs, refletindo uma estrutura catequética. CONTINUA A FORMAÇÃO!!!

Toda esta essência antiga é continuada pela própria Igreja, e esta, se faz discípula do Senhor, por isso é denominada “Mãe e Mestra” (Encíclica Mater et Magistra - Papa João XXIII). Toda a Hierarquia da Igreja (séc. III e IV) tinha em consideração que a Catequese era uma peça importante de seu ministério episcopal (proferir instruções ou escrever tratados catequéticos). Tal valor fora evidenciado na atitude do Papa Paulo VI, com sua interpretação autorizada do Concílio Vaticano II, aprovou (18/03/1971) o “Diretório Geral da Catequese” para orientar e renovar a catequese em toda a Igreja. Como também, o instituiu o Conselho Internacional da Catequese (1975). Definiu o papel e o significado da catequese na vida e na missão da Igreja (1º Congresso Internacional de Catequese - 25/09/1975). Assunto que fora retomado na exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi ( nº. 44; nº. 45-48 e 54). Na IV Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos (Roma - 10/1977 - João Paulo II), cujo tema foi a Catequese, insistiu no Cristo centrismo da catequese, ressaltando que nós encontramos, na catequese a pessoa: JESUS DE NAZARÉ (Jo. 1,14), e que este mesmo JESUS é “O CAMINHO A VERDADE E A VIDA (Jo. 14,6), e a vida cristã consiste em seguir a CRISTO.
Como já tomamos ciência, o ministério da catequese possui como terreno privilegiado para seu exercício: as missões. Para a Igreja ela é um dever sagrado e um direito imprescindível, deverá ser realizada em circunstâncias favoráveis de tempo e lugar, ter acesso aos meios de comunicação social e dispor de instrumentos de trabalhos sem discriminações em relação aos pais, aos catequizandos e aos catequista.
A catequese é uma tarefa prioritária para a Igreja, em que se consagra os melhores recursos (pessoais) e de energias, a fim de organizar melhor e de formar pessoas qualificadas. Portanto, ela tem sido e, continuará sendo, uma obra de responsabilidade de toda a Igreja. Os membros da Igreja têm responsabilidades distintas que emanam da missão de cada um. Porém, subsiste uma necessidade contínua e equilibrada de renovação na catequese. Deve-se deixar bem frisado que entre a catequese e a evangelização não existe separação nem oposição, existe sim, íntimas relações de integração e complementariedade recíprocas. Enquanto que a catequese anda ligada ao “kerigma” para suscitar a fé, a apologética ou busca das razões de crer, a experiência da vida cristã, a celebração dos Sacramentos, a integração na comunidade Eclesial e o testemunho apostólico e missionário. Esta tem como finalidades desenvolver uma fé ainda inicial, promover em plenitude e alimentar cotidianamente a vida cristã dos fiéis de todas as idades. Já “A Evangelização é constituída de momentos essenciais e diferentes entre si; a catequese é um desses momentos de todo processo da evangelização.” (Evangelli Nuntiadi - Paulo VI - nº. 14-34, p. 17-22). Em suma constitui a fase de ensino e ajuda à maturação, correspondendo ao período em que o cristão, depois de ter aceitado pela FÉ JESUS, busca conhecer o Reino de DEUS, as exigências e as promessas contidas em sua mensagem evangélica e os caminhos que ELE traçou para todos aqueles que querem segui-lo.
Portanto, será necessário que a catequese seja um ensino sistemático e completo (iniciação cristã integral), aberta a todos os outros componentes da vida cristã. Desta forma, se encontra ligada a toda ação litúrgica e sacramental, em que sua prática autêntica possui um aspecto catequético.


Ademais, a catequese deve-se compor seu conteúdo na fonte viva da Palavra de DEUS (Tradição e na Escritura). Em que o Credo é uma expressão privilegiada da herança viva e contém elementos essenciais da FÉ Católica, sendo é um ponto de referência segura para o conteúdo da catequese. A Catequese deve também esclarecer realidades como a ação do homem para sua libertação integral, busca de uma sociedade mais solidária e mais fraternal e as lutas pela justiça e pela construção da paz (Rerum Novarum).
Por fim, frisa-se que a catequese terá uma dimensão ecumênica, se ela, fizer tal ensino com sincero respeito, em palavras e em obras, com as comunidades eclesiais que não estão em perfeita comunhão com esta mesma Igreja. Se esforçar para preparar crianças e jovens, bem como adultos católicos, a fim de viverem em contato com não-católicos, afirmando a própria identidade católica com respeito pela fé dos outros.
Em suma, a catequese não consiste somente em ensinar a doutrina, mas também em iniciar toda a vida cristã, levando os fiéis a participar plenamente dos Sacramentos da Igreja. A complementação deste estudo será efetivado no próximo artigo. Espero que o mesmo ajudem a muitos a entender que subsiste uma necessidade maior do Católico adentrar no conhecimento da IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, entendendo suas posições e reflexões. DEUS VOS ABENÇOE

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