quinta-feira, 31 de maio de 2012

ORAÇÃO DA IGREJA (Cp. VI - 2ª parte)

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORA! BENDIGAMOS AO SENHOR. DEMOS GRAÇAS A DEUS! Hoje, iniciaremos o Capítulo do 5º Módulo da Formação Básica: ORAÇÃO. Desenvolvendo esta temática sobre a ORAÇÃO DA IGREJA. Agora adentraremos sobre o 'OFÍCIO DIVINO ou a LITURGIA DAS HORAS'. Será esta uma oração pública da Igreja, pela qual são santificados as horas do dia e a totalidade das atividades humanas (CIC. N.º 1.174 - 1ª Ts. 5,17; Ef 6,18). Será a entrega de todo o nosso dia na forma de um Louvor, é a forma concreta de comunicação da Esposa (Igreja) com seu Amado (CRISTO). Enfatiza-se que não fora uma obra acabada ao ermo, do contrário, desenvolveu-se gradualmente. O livro do Ofício Divino tornou-se instrumento adequado para ação sagrada a que se destina (CONCILIO ECUMÈNICO VATICANO II, Sacrosanctum concilium, n. 100).
A Igreja santifica o ano inteiro mediante os ciclos de festas litúrgicas, santifica a semana com a celebração do domingo e quer santificar as horas do dia e da noite com orações especiais extraídas dos Salmos e da Bíblia, distribuídas pelo Ofício Divino. É a oração oficial e pública da Igreja e supera em dignidade as demais formas de Oração (Via Sacra, Rosário etc). Frisa-se que seu pre-início, tem fundamento com as orações prescritas no AT (02 sacrifícios no templo por dia - manhã e pôr- do-sol). Também acontecia a subida ao Templo de habitantes de Jerusalém em determinadas horas do dia (At. 3,1 - Apóstolos). Os primeiros cristãos costumavam orar três vezes por dia: pela manhã, ao meio dia e à tarde (D. Cano FIORI, Liturgia para o povo de Deus, p. 190). CONTINUA A FORMAÇÃO RCC!!!


O Concílio Vaticano II valorizou este costume, e o renovou agregando valores que se adequassem com os tempos atuais (CONCILIO ECUMÊNICO VATICANO II, Sacrosanctum concilium, n. 84). Como se deve perceber, o OFÍCIO DIVINO é como um prolongamento da oração que Cristo dirigiu ao PAI. Quem o recita, une-se profundamente aos coros angélicos e humanos para a glorificação de DEUS. O OFÍCIO DIVINO consta principalmente de dois elementos: os Salmos e as Leituras da Bíblia.
1) SALMOS: A salmodia é a mais antiga e mais nobre forma de oração. Os salmos foram utilizados amplamente pelos antigos Hebreus e pelo próprio CRISTO (Jo. 6,31-32). Na Igreja constituem o texto mais freqüente e sagrado de oração, usado já pelos primeiros cristãos. São forma de oração, porque permitem exprimir com as próprias palavras de DEUS, todos os sentimentos para com ELE.
2) LEITURAS BÍBLICAS: Sendo a Bíblia um instrumento de transmissão da Palavra de DEUS, neste OFÍCIO, são alternadas a recitação dos salmos com leituras dos trechos da Bíblia (leituras - breves pensamentos).
Com as primeiras comunidades de monges e organização da Igreja, o Oficio Divino se desenvolveu em duas direções:
Nos mosteiros se deu grande desenvolvimento aos Ofícios noturnos e diurnos: Matinas, Tércia, Sexta e Noa.
Nas Igrejas públicas, ao contrário, se desenvolveram as orações da manhã e da tarde: Laudes e Vésperas.
Pelo fim do século IV as duas tradições se fundiram e o oficio ficou distribuído nas seguintes “Horas”:
a) Três “Noturnos” (chamados “Matinas”): Ou VIGÍLIAS: São orações monásticas que os monges recitam ainda hoje alta noite ou pela madrugada, uma grande vigília à espera da Ressurreição, simbolizada pelo nascer do sol;
b) Laudes: Constituem a solene oração da manhã (alegria, louvor e gratidão);
c) Tércia, Sexta e Noa (hora média): Por serem breves são chamadas “Horas Menores” (Completas). 1) Tércia (09:OOh): recorda a vinda do Espírito Santo em Pentecostes a essa hora; 2) Sexta (12:00h): é a oração do meio-dia, quando o sol está a pino e mais forte é o calor e Noa (15:OOh): o sol começa a declinar, o dia de trabalho caminha para o seu término.
d) Vésperas: É a solene oração da tarde que encerra o dia aberto pelas Laudes, em cuja estrutura se inspira, substituindo o Benedictus (Bendito seja) pelo Magnificat (Minha alma).
e) Completas: Significa “encerramento”. Chegaram as sombras da noite: antes de repousar, o fiel dirige a Deus a última oração, pedindo-lhe perdão pelos pecados após o exame de consciência. A noite e o sono trazem ao pensamento a imagem da morte e do repouso eterno.
A Igreja favorece as “Celebrações da Palavra de Deus” compostas de salmos, leituras bíblicas e orações litânicas, particularmente nos tempos do Advento e Quaresma. O canto meditado dos salmos assume então particular importância e valor.
A celebração festiva e comunitária de alguma “Hora” mais importante, como as Vésperas dominicais, é vivamente recomendada aos domingos, dias de festa e solenidades.
O cristão dos dias atuais sente a necessidade de voltar às grandes fontes milenares da oração para sua maior união com Cristo e a Igreja. Espero que o conteúdo auxilie na busca desta intimidade com DEUS. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.

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