GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORA! BENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUS. O
QUE É FÉ? COMO ENQUADRÁ-LA NO PENSAMENTO ATUAL? A forma do CREDO surgiu por
volta dos Séc. II e III, exatamente no contexto do Sacramento Batismal (Roma –
Mt. 28,19). Se constitui de três perguntas dirigidas aos batizados: 1) CRÊS EM
DEUS, PAI ...? 2) CRÊS EM JESUS CRISTO, O FILHO DE DEUS ...? 3) CRÊS NO
ESPÍRITO SANTO ...? A cada uma delas deve existir uma resposta: ‘CREIO’, para,
enfim, ser mergulhado na água, e em suma, é o resumo do Ritual do Batismo. Esta
Formula simples sofreu no Séc. II-III uma ampliação acerca de CRISTO. Já na
terceira pergunta, aconteceu uma maior explicitação e desdobramento exatamente
no Séc. IV, visto neste período a Liturgia teria assumido a língua latina. E
neste mesmo período, a Liturgia de Roma espalhou-se por diversas regiões no
qual predominavam o LATIM, sofrendo algumas modificações, até que CARLOS MAGNO
fizesse prevalecer sua forma definitiva (Séc. IX). Surge do Séc. IV a lenda de
fora formado, originalmente, dos Doze apóstolos, pela suposição de suas
contribuições, pois o CREDO é formado por doze artigos. CONTINUA A FORMAÇÃO PESSOAL!!!
Enquanto isto, no
Oriente não existia nenhum símbolo comum, exatamente por não haver uma Igreja
Local que ocupasse a posição de Roma no Ocidente. O CREDO ROMANO é
caracterizado pelo aspecto CRISTOLÓGICO, voltado para a História da SALVAÇÃO,
aceitando o fato de DEUS ter-se tornado Homem para a nossa SALVAÇÃO, sem tentar
descobrir as suas razões e o nexo com a totalidade de seu SER. Ao contrário do
Oriente, que sempre buscou na FÉ uma perspectiva metafísico-cósmica, buscando
certo nexo entre a singularidade da história da Salvação e a Criação. Neste
SÍMBOLO sendo uma expressão comum do fundamento da FÉ NO DEUS TRINO, se tornará
uma real divisão entre o Ocidente e o Oriente, mesmo que alcance no Ocidente um
fator de unificação na Igreja no Ocidente. O CREDO, apesar de todas as
contingências históricas, constitui o eco exato da FÉ da Igreja antiga, em seu
núcleo, o eco fiel da mensagem do Novo Testamento. Este CREDO constituído de
três perguntas positivas que constitui opostos positivos a RENÚNCIA TRIPLA que
antecede: “RENUNCIO a satanás, ao seu serviço e às suas obras”. Aqui efetiva
que a FÉ é um ATO DE CONVERSÃO, no qual o ser se afasta da adoração do visível
e factível para se confiar no invisível. O VERBO CREIO assim se traduz em ‘EU
ME ENTREGO A’ ou ‘CONFIRMO’, nunca sendo, apenas, em recitação de doutrinas ou
aceitação de teorias, mas, sim um movimento da existência humana como um todo.
No processo da renúncia tripla e da tripla confirmação, associadas ao Símbolo
da morte repetido três vezes pela imersão e ao Símbolo da tripla Ressurreição
para uma vida nova, assim se expressa a FÉ: CONVERSÃO, MUDANÇA DA EXISTÊNCIA,
VIRADA DO SER. Desta forma, se torna um processo PESSOAL pela expressão do
triplo ‘CREIO’ e ‘RENUNCIO’, que toma sentido de que “é a minha existência que
deve mudar e converter-se”, ou seja, uma DECISÃO do ‘EU’ realiza-se como
resposta. O CREDO é uma formula que nasce de um diálogo entre CRÊS – CREIO, que
remete ao ‘CREMOS’, e se situa na disposição de OUVIR, de RECEBER e de
RESPONDER, exatamente da relação do ‘EU’ com o ‘TU’, indo ao ‘NÓS’. Como Paulo
anuncia: “A FÉ PROCEDE DA AUDIÇÃO” (Rm. 10,17). SERÁ? Muitos adotam tal pressuposto
como um resultado da situação sociológica ou reflexo de um momento histórico
(trocar audição por leitura, reflexão). Nesta afirmação ocorre, na verdade, uma
diferenciação entre FÉ e FILOSOFIA. A FÉ se estrutura da ESCUTA e NÃO DA
REFLEXÃO. Vem da escuta porque recebo o que não é produto do meu pensamento;
assim pensar dentro da FÉ acaba sendo um repensar sobre aquilo que se ouviu e
recebeu. Na FÉ, a PALAVRA PRECEDE o PENSAMENTO, enquanto na FILOSOFIA é o
contrário, por ser fruto da reflexão, que tenta expressar em palavras. A sua
maior característica (FÉ) é a de vir do lado de fora, pois as formulações do
CREIO (três), na forma de apelo que vem de fora e ao qual se responde. Assim,
fica claro que não se chega a FÉ pela simples procura particular da verdade e
SIM porque se RECEBE. No próximo texto cconcluiremos esta formação. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário