quinta-feira, 8 de setembro de 2016

QUE DIZES QUEM EU SOU? SOB UM NOVO PRISMA.


GRAÇA e PAZ (חסד ושלום - PAX ET BONUM)! Analisando esta perspectiva em um novo ponto de visto, no Evangelho de Mateus existe uma importância suprema que nos indica 'COMO DEVEMOS ENTENDER A DEUS', a JESUS e a cada um de nós. Na sua primeira parte, colocamos as opiniões daqueles que enxergavam a JESUS, não em sua verdadeira imagem, mas de forma embaçada, enxergavam Nele, a imagem que queriam enxergar: JOÃO BATISTA, ELIAS, PROFETAS. Já discorremos sobre cada uma destas visões. Ora fica claro que a EXPERIÊNCIA de DEUS tem a ver com a imagem de JESUS e da sua mensagem a respeito de DEUS. CRISTO abriu-nos os olhos para poder enxergar a DEUS. Por isto não se poderia considerar, ou melhor, ENXERGAR A JESUS como simples arauto de uma imagem de DEUS. ELE próprio é esta IMAGEM, pois diz de si próprio: "QUEM ME VIU, VIU O PAI" (Jo. 14,9). Traduzindo, esta verdadeira experiência divina deve-se basear na SANTÍSSIMA TRINDADE, ou em seu MISTÉRIO. Portanto, toda experiência de DEUS deve nos remeter ao mistério divino da TRINDADE. CONTINUA A NOSSA REFLEXÃO!!!

As Imagens ditas pelo Povo eram imagens unilaterais. Em João Batista o que primordial é a observância do ascetismo, onde se renunciava a algo, caso contrário, enxergaríamos um DEUS DO BEM-ESTAR, onde o consumo seria nosso DEUS. Tendo direcionamento unilateral, esta imagem passa a ser falseada, pois conota uma imagem de que DEUS é uma negação à vida, ou seja, NÃO SE PODE TER PRAZER ALGUM. Ora JESUS não é asceta típico, pois se envolvia com o povo, achavam DELE que era "glutão e beberrão". Se pensarmos que RENUNCIAR é melhor do que DESFRUTAR não esta tendo um conceito correto de DEUS. A verdadeira mística, ou vida espiritual, é o "FRUI DEO" (DESFRUTAR DE DEUS), pois na sua palavra DEUS é mais doce do que o mel. Então, como poder-se-ia adivinhar seus sabor, se não degustar. Ademais, a palavra SÁBIO, vem de uma raiz, SAPERE, que significa DEGUSTAR, EXPERIMENTAR. Portanto ter a sabedoria divina é experimentar DEUS em sua plenitude, ou seja, DESFRUTAR de sua relação de Amor. Ora, logicamente devemos RENUNCIAR, sem ela não desenvolveremos uma personalidade forte. Porém a RENÚNCIA não significa NEGAÇÃO, mas a plena AFIRMAÇÃO da vida. Em suma, o objetivo da ascese não é a mortificação, mas exercitar a liberdade interior. Em Elias, vemos a ideia do FOGO. Ele perfaz seus atos na violência, eliminando os inimigos. Existe uma dicotomia, onde, por um lado, existe a pureza e transparência, do outro, a ira e a violência. Aqui subsiste um RADICALISMO desenfreado que perturba a visão correta, que embaça sua visão e não percebe sua atitude transgressora, pois tira a vida. Pois, se DEUS é vida, como poderia acatar a tirar de outrem este sentido? DEUS faz nascer o sol para bons e maus. Um DEUS puro de Elias sobrecarrega a violência. O DEUS de JESUS é misericordioso, é magnânimo, que espera e perdoa a todos. Elias é movido pelas EMOÇÕES, sabe conduzir as pessoas. Mas, de repente, cai em depressão e desejo de morte. JESUS é sóbrio, concedendo a todos a possibilidade da liberdade de abrir-se ou não a sua mensagem. Os enviados de JESUS não levam espadas, mas a Paz. JESUS coloca-os em dupla, para sedimentar a experiência da relação com o outro, assim como ELE se relaciona com o PAI e com o ESPÍRITO SANTO. Pois a misericórdia só pode ser aprendida com a convivência. JESUS quer que os anúncios de seus discípulos não sejam abstratos, mas oriundos de uma experiência real e concreta. Traduzindo, a imagem verdadeira de CRISTO advém da sobriedade da convivência mútua. Em Jeremias, advém a ideia do sofrimento. Tal situação faz parte de nossa espiritualidade, pois ninguém pode escapar de tal situação na vida. Porém, não se pede para PROCURAR, para não produzir uma religião masoquista, onde o sofrer vale mais do que o viver. NÃO SE PODE TRADUZIR O SOFRIMENTO COMO VONTADE DE DEUS, pois ELE não deseja o nosso sofrimento, mas a nossa VIDA. Nisto podemos dizer em concreto, a verdadeira imagem de DEUS não se encontrara em João, Elias ou Jeremias. O verdadeiro DEUS não se deixa prender nestas imagens unilaterais. Lógico que em cada uma delas possui aspectos deste DEUS, mas nunca de forma ABSOLUTA, quando isto acontece, gera uma FALSA IMAGEM, ou seja, A NOSSA IMAGEM. Fica-nos uma questão: QUAL A TUA IMAGEM DE DEUS? EM QUE ELA SE BASEIA? QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.

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