GRAÇA e PAZ (חסד ושלום - PAX ET BONUM)! Analisando esta perspectiva em um novo ponto de visto, no Evangelho de Mateus
existe uma importância suprema que nos indica 'COMO DEVEMOS ENTENDER A DEUS', a
JESUS e a cada um de nós. Na sua primeira parte, colocamos as opiniões daqueles
que enxergavam a JESUS, não em sua verdadeira imagem, mas de forma embaçada,
enxergavam Nele, a imagem que queriam enxergar: JOÃO BATISTA, ELIAS, PROFETAS.
Já discorremos sobre cada uma destas visões. Ora fica claro que a EXPERIÊNCIA
de DEUS tem a ver com a imagem de JESUS e da sua mensagem a respeito de DEUS. CRISTO abriu-nos os olhos para poder enxergar a DEUS. Por isto não se
poderia considerar, ou melhor, ENXERGAR A JESUS como simples arauto de uma
imagem de DEUS. ELE próprio é esta IMAGEM, pois diz de si próprio: "QUEM
ME VIU, VIU O PAI" (Jo. 14,9). Traduzindo, esta verdadeira experiência
divina deve-se basear na SANTÍSSIMA TRINDADE, ou em seu MISTÉRIO. Portanto,
toda experiência de DEUS deve nos remeter ao mistério divino da TRINDADE. CONTINUA A NOSSA REFLEXÃO!!!
As Imagens ditas pelo Povo eram imagens unilaterais. Em João Batista o
que primordial é a observância do ascetismo, onde se renunciava a algo, caso
contrário, enxergaríamos um DEUS DO BEM-ESTAR, onde o consumo seria nosso DEUS. Tendo
direcionamento unilateral, esta imagem passa a ser falseada, pois conota uma
imagem de que DEUS é uma negação à vida, ou seja, NÃO SE PODE TER PRAZER ALGUM. Ora JESUS não é asceta típico, pois se envolvia com o povo, achavam DELE
que era "glutão e beberrão". Se pensarmos que RENUNCIAR é melhor do
que DESFRUTAR não esta tendo um conceito correto de DEUS. A verdadeira mística,
ou vida espiritual, é o "FRUI DEO" (DESFRUTAR DE DEUS), pois na sua
palavra DEUS é mais doce do que o mel. Então, como poder-se-ia adivinhar seus
sabor, se não degustar. Ademais, a palavra SÁBIO, vem de uma raiz, SAPERE, que significa
DEGUSTAR, EXPERIMENTAR. Portanto ter a sabedoria divina é experimentar DEUS em
sua plenitude, ou seja, DESFRUTAR de sua relação de Amor. Ora, logicamente devemos RENUNCIAR, sem ela não desenvolveremos uma
personalidade forte. Porém a RENÚNCIA não significa NEGAÇÃO, mas a plena
AFIRMAÇÃO da vida. Em suma, o objetivo da ascese não é a mortificação, mas
exercitar a liberdade interior. Em Elias, vemos a ideia do FOGO. Ele perfaz seus atos na violência, eliminando os inimigos.
Existe uma dicotomia, onde, por um lado, existe a pureza e transparência, do outro, a ira e
a violência. Aqui subsiste um RADICALISMO desenfreado que perturba a visão correta, que
embaça sua visão e não percebe sua atitude transgressora, pois tira a vida.
Pois, se DEUS é vida, como poderia acatar a tirar de outrem este sentido? DEUS
faz nascer o sol para bons e maus. Um DEUS puro de Elias sobrecarrega a
violência. O DEUS de JESUS é misericordioso, é magnânimo, que espera e perdoa a
todos. Elias é movido pelas EMOÇÕES, sabe
conduzir as pessoas. Mas, de repente, cai em depressão e desejo de morte. JESUS
é sóbrio, concedendo a todos a possibilidade da liberdade de abrir-se ou não a
sua mensagem. Os enviados de JESUS não levam espadas, mas a Paz. JESUS
coloca-os em dupla, para sedimentar a experiência da relação com o outro, assim
como ELE se relaciona com o PAI e com o ESPÍRITO SANTO. Pois a misericórdia só pode ser
aprendida com a convivência. JESUS quer que os anúncios de seus discípulos não sejam abstratos, mas oriundos de uma
experiência real e concreta. Traduzindo, a imagem verdadeira de CRISTO advém da sobriedade da convivência mútua. Em Jeremias, advém a ideia do sofrimento. Tal situação faz parte de nossa espiritualidade,
pois ninguém pode escapar de tal situação na vida. Porém, não se pede para
PROCURAR, para não produzir uma religião masoquista, onde o sofrer vale mais do
que o viver. NÃO SE PODE TRADUZIR O SOFRIMENTO COMO VONTADE DE DEUS, pois ELE
não deseja o nosso
sofrimento, mas a nossa VIDA. Nisto podemos dizer em concreto, a verdadeira imagem de DEUS não se
encontrara em João, Elias ou Jeremias. O verdadeiro DEUS não se deixa prender
nestas imagens unilaterais. Lógico que em cada uma delas possui aspectos deste
DEUS, mas nunca de forma ABSOLUTA, quando isto acontece, gera uma FALSA IMAGEM,
ou seja, A NOSSA IMAGEM. Fica-nos uma questão: QUAL A TUA IMAGEM DE DEUS? EM QUE ELA SE BASEIA? QUE DEUS
VOS ABENÇOE RICAMENTE.
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