sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mc. 10,1-12

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Hoje ouvi a homilia de um grande homem, para mim. Pe. José Augusto, simples e direto. Nos falou que quando alguém se produz (vestir) com intuito de arrumar alguém (namoro, ficar, etc.) se traduz como SEDUÇÃO. E conforme consta nas escrituras (Gênesis), quem é a mãe da sedução é a SERPENTE. Portanto, cuidado meninas e rapazes cristãos, em quem vocês estão colocando vossa FÉ. O texto de Marcos tem por Rhema: "O QUE DEUS UNIU, O HOMEM NÃO SEPARE". JESUS perfez a conclusão de seu ministério (serviço) na Galiléia, vai adentrando na Judéia, cujo objetivo final é JERUSALÉM. No caminho encontra, novamente, aqueles que desejam obstacular sua missão, alguns fariseus, com intuito dúbio lhes questionam acerca do DIVÓRCIO (temática tão atual!!!). Querem saber se existe licitude, na opinião do Messias, ou era contraditória esta ação. Aqui existe um ponto de divisão, qualquer resposta comum geraria uma discursão, o objetivo era retirar de CRISTO esta imagem de representante de DEUS. Se afirmasse a licitude iria contrário a vontade expressa por DEUS. Se negasse iria de encontro com a figura de Moisés, profeta reconhecido pelo povo e por DEUS. A resposta de JESUS concentra na parte principal da pergunta, mas devolve-se para aqueles que o questioanaram. Coloca que a intenção de Moisés era a de tolerância, devido a dureza dos corações humanos, a semelhança do que estava acontecendo com o próprio CRISTO, que estava acima a própria vontade de DEUS (Gn. 1,27). Para DEUS, homem e mulher formam um só ser, uma só carne, promovida pelo matrimônio, que representaria uma plena aliança com DEUS. A Igreja é fiel a este pensamento, mesmo vivenciando em ambientes que conotam o aspecto romano da época de JESUS, ainda explicita este ensinamento de CRISTO, em que nem o homem ou a mulher devem tentar o divórcio.
O cerne da questão é a Lei de Moisés (Dt. 24,1-3). Veja-se que o momento histórico colocava a figura feminina em desvantagem, pois esta só tinha uma função de procriação, nada mais. O teor da lei, em si, buscava dar alguma garantia a mulher, mesmo que concedesse vantagens ao homem. Subsistia, por falta de conhecimentos fisiológicos, a idéia de que era mais importante era o sêmem, e que a mulher nada mais era do que um receptáculo da vida. A idéia desta Lei traduz-se em uma mesquinhez que queria acentuar, ainda mais, o poder do homem sobre a mulher, expresssa na frase: '... esta coisa vergonhosa ...'. Marcos chama-nos a atenção ao detalhe, '... Para pô-lo à prova ...', o intuito da questão é o de escandalizar a multidão presente, no sentido de perder a força da idéia de que CRISTO é o Messias (est. 1,16-18). Outro detalhe é que buscam caracterizar JESUS como invalidador da Lei e dos costumes do povo, ou seja, ELE era um herético, um agitador. A multidão colocada por Marcos tenta refletir que o momento realizara-se mediante um debate aberto a todos e que teve momento de agitação de ânimos, visto esta temática do matrimônio ser de interesse de todos.
JESUS baseia-se sua resposta induzindo a uma pergunta, para após demosntrar seu conhecimento da Torá, passeando desde Gênesis à Deuteronômio. Coloca que a Lei implantada por Moisés deveu-se mais a uma inconsitência humana em sua natureza já rebelde, e que ela já feria a vontade divina (Gn. 1,27; 2,24). A vontade de DEUS é igualar os conjuges, em que a entrega total e duradoura é o que os unifica.
REFLEXÃO: Hoje observamos, mesmo em nosso meio, ataques à Igreja sobre doutrina de JESUS contra o Divóricio, que considerada pela Igreja como 'epidemia' (Conc. Vat. II). A Igreja se pronuncia que a família, comunidade gerada de início, pela vida e amor dos cônjuges, tem fundamento na própria Lei de DEUS, é é estabelecida sobre um CONSENTIMENTO PESSOAL de cárater IRREVOGÁVEL (PACTO CONJUGAL). Ora, a raiz deste ato é a vontade livre e a plena razão de quem o agrega, como na expressão jurídica humana : 'PACT SUM SERVANDA' (Acordo entre as partes faz-se lei). Apenas o arbítrio de uma das partes não possui poder de anulá-la. Do contrário, a busca de sua extinção possui causa antagônica ao livre arbítrio de uma das partes.
Sabemos que o autor do matrimônio é o próprio DEUS, que o dotou de valores e fins específicos, cujo objetivo é a de dar continuidade ao gênero humano, para o progresso pessoal e o destino eterno. Para a dignidade, estabilidade, paz e prosperidade da família e de toda a sociedade. Como se pronuncia a Igreja: "Esta intima união, entrega recíproca de duas pessoas, assim como o bem dos filhos, exigem a plena fidelidade dos esposos e requerem sua indissolúvel unidade." (GS 48).
O que observamos é que subsiste, ainda no íntimo humano, a idéia da culpa do outrem, oriunda desde o princípio (Adão acusa Eva, que acusa a serpente). A vida à dois possui uma fonte de sabedoria e amadurecimento, que apenas DEUS poderia criar. Saber viver o matrimônio induz a pessoa humana a se descobrir em seu íntimo. Achar as respostas mais básicas da nossa natureza. Toda a nossa estrutura é baseada na convivência mútua, desde o nosso nascimento, antes mesmo de sermos gerados, necessitamos uns dos outros (Homem e Mulher juntos = concepção). Ultrapassa barreiras fisiológicas em que gera-se uma afinidade material (Mãe e Filho = ligação). Avança-se aos aspectos de proteção e orientação (Pais e Prole). E perfinda com uma nova unidade a ser gerada (Matrimônio dos Filhos). Nós, como cristãos, não podemos admitir e permitir que o Matrimônio seja culpabilizado como fonte maior de nossos problemas sociais. Do contrário, o verdadeiro Matrimônio é fonte de UNIDADE, que desencadeia frutos de Amor e Misericordia, que podem fomentar uma nova estabilidade social no mundo. O grande problema é que o grupo que deseja consolidar a 'Epidemia', versada pela Igreja (Divórico), seja definitivamente consolidada, é constituida por pessoas egocêntricas e individualista que não conseguem observar que os erros semprem parte de nós, quando os absorvemos, e fazemos com que se tornem parte de nossas vidas. A CULPA NUNCA SERÁ DO OUTRO, SERÁ MINHA. PORQUE QUEM POSSUI A LIBERDADE DE AUTORIZAR SOU EU. PENSE NISTO. DEUS VOS ABENÇOE.

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