GRAÇA e PAZ (חסד ושלום - PAX ET BONUM)! ORA ET LABORA! BENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUS. Neste
dia a Igreja celebra SÃO BARTOLOMEU, que para muitos historiadores, associa-se
a figura de NATANAEL {Se encontra na pesca do encontro de Pedro com JESUS (Jo.
21)}. A leitura (Jo 1,45-51) possui uma conotação enigmática, inicialmente,
porém, fácil sua compreensão. No primeiro plano, aparece-nos o fator da
EVANGELIZAÇÃO, demonstrando a forma adequada de efetivá-la, observamos a
chegada de um Discípulo que anuncia, com entusiasmo (Encontramos aquele de quem
Moisés escreveu na Lei, e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de
José), porém, de imediato, recebe um condicionamento desestimulante (De Nazaré
pode sair coisa boa?). Diante de tal dificuldade, o Discípulo não se permite
adentrar na situação de apatia, elaborando uma resposta eficaz e direta,
instigando o desejo profundo do coração sedento ao mesmo arriscar para
pressentir e concretizar seu desejo (Vem ver!). O segundo plano, é o ‘ENCONTRO’, que por
ventura é permeado de diversos significados simbólicos, que agregam o Novo ao
Antigo Testamento. Ao nomear NATANAEL (hebraico = Netan‘el) de
ISRAELITA, JESUS interage com a passagem de JACÓ no deserto, de sua luta com o
Anjo e a mudança de seu NOME PARA ‘ISRAEL’. A interpretação teológica desta
situação sugere as situações que o Povo Eleito deve experimentar para alcançar
este status. Situações adversas em várias esferas (deserto = calor, fome,
cansaço, sede, etc.); a luta desigual para alcançar o intento ou objetivo (luta
com o Anjo) e por fim, depois destas situações, auferir a transformação
completa da essência e da vida (Novo NOME). CONTINUA A LECTIO DIVINA!!!
Desta feita, percebe-se o
tratamento feito por JESUS aduz um sentido positivo (franqueza, honestidade,
de busca da justiça, de buscar viver perante a luz) apesar das limitações e
pecados perpetrados e experimentados. Tal admoestação toca o coração de NATANAEL,
o que lhe faz questionar (De onde me conheces?). Deste ponto perfila a figura PROFÉTICA e
SIMBÓLICA da FIGUEIRA. Mas, QUAL O SENTIDO DA FIGUEIRA? Necessário compreender
esta árvore para podermos dar sua real dimensão na comunicação entre NATANAEL e
JESUS CRISTO. A Figueira (Ficus carica) é bastante importante para o Povo
Eleito, devido a sua longevidade, de fácil adaptação em diversos tipos de
solos, e por isto abundantemente plantável na região de Israel {igualmente a
sua similar SINCOMORO (Ficus sycomorus)}, de tronco amplo e com ampla
ramificação, gerando vários frutos e uma abundante sombra. Assim, a figueira e o
similar Sicomoro, eram amplamente plantadas, especialmente, nas estradas de
ligação, por causa de sua boa sombra (Zaqueu). Esta árvore tinha tanta importância
que é citada no Livro do Gênesis (3,7), exatamente quando utiliza-se suas
folhas para produção de vestes de Adão e Eva, e aqui vem o desvelamento inicial
de sua simbologia. ‘COBRIR A NUDEZ’ tem uma certa conotação, se associarmos com
o Livro acima citado, induz ao sentido de veracidade de VIDA, Adão e Eva se
vestem, porque reconhecem o pecado da ‘NUDEZ’ (simbologia), e desta feita, se
associa ao uso da sombra ou folhas, como certo tipo de mascaramento de vida ou
conduta, visto que se a árvore esta com folhagens, deve ter seus frutos. Tal fato
é, de certa forma, conclusivo, mediante a passagem da ‘FIGUEIRA ESTÉRIL’, no
qual desejoso do fruto, JESUS percebe que a Figueira apenas possui folhagens
verdejante, mas ‘SEM FRUTOS’, ou seja, não cumpriu seu estado obrigacional de
ter FRUTOS, pois a falta de frutos da Figueira para o povo de Israel seria uma
calamidade (importância e necessidade), e por tal fato a amaldiçoa ou conta a
parábola (cortar e a jogar fora – Mc. 11,12-14; Mt. 7,19; 21,43; Lc. 13, 6-9),
por lhe ter enganado com a superficialidade. Agora, retornando para a passagem,
a figura da FIGUEIRA, de certa forma, denota, exatamente por suas amplas
folhagens e pela sombra criada, um sentido de pacificidade, prosperidade e segurança (Antes
que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi –
1ª Rs. 4:25; Mq. 4:4; Zc.
3:10). Este sentido ressoa na condição de que DEUS, pelo ESPÍRITO SANTO,
efetiva o projeto de SALVAÇÃO do ‘ESCOLHIDO’, sem a sua plena percepção. O ser ‘VERDADEIRO
ISRAELITA’, se agrega ao sentido inicial do Gênesis, que apesar do erro, recebe
de DEUS sua intensa predileção e proteção, por causa de ‘SEU AMOR’, associa-se ao fato de que são descendentes dos patriarcas e, portanto, herdeiros da bênção, da
promessa de salvação. Vai além, o encontro admoesta a situação de que NATANAEL
mesmo pecador, estava obtendo da parte de DEUS a GRAÇA de ter os mesmos
perdoados, por estar inscrito nesta filiação. Agora, QUAL A CAUSA DA SURPRESA?
Alguns estudos perfazem o caminho que elucida a motivação. Na história,
lembramos que no nascimento de CRISTO (ENCARNAÇÃO), o Rei Herodes promoveu o
INFANTÍCIDIO em Belém, e que alguns historiadores colocam NATAN’EL BarTolomeu
(Natanael filho de Tolomeu) no mesmo período (fato este asseverado por
tradições siríacas), e que para esconder da morte, a mãe deste o escondeu
abaixo das folhas de uma FIGUEIRA, e que orava a DEUS para que os soldados não
o descobrissem, e que posteriormente o tinha lhe revelado tal fato (apenas ele
e sua mãe sabiam tal fato), e que a causa de seu espanto quando JESUS lhe
revelou (Rabi, tu és o Filho de
Deus, tu és o Rei de Israel). Outra fonte, nos revela que o fato da
surpresa representa o sentido de que sendo uma árvore que possui vários ramos e
uma ótima sombra, era comum os Israelitas ficarem abaixo da mesma para orarem a
DEUS, e que no ENCONTRO COM JESUS, este teria lido até o mais profundo de seu coração, aqueles pensamentos que estavam
no mais recôndito de seu coração, fazendo compreender que este Homem era alguém
além de sua constituição, pois entende os sonhos, orações, desejos mais
secretos e íntimos, que pode traduzir o suspiro inarticulado da alma. A compreensão deste ENCONTRO revela-se que DEUS se
expressa a NATANAEL como CONHECEDOR de seu passado, e que quer
estar no seu
presente e garantir o futuro. Indo além,
expressar ao mesmo que mesmo ENCOBERTO pelas folhas
da Vida (figueira),
buscando a proteção
contra as intempéries da vida, de forma extremamente superficial (Adão
e Eva no Éden), que preferiram as proteções externas e superficiais, buscando refúgio no
esconderijo das
folhas da figueira, do que serem regenerados pelo AMOR e pelo sangue da
vida. Hoje, requer efetivarmos uma PLENA REFLEXÃO: COMO ESTAMOS VIVENCIANDO NOSSAS VIDAS? Se buscamos as facilidades e oportunidades dos casuísmo abstratos,
e temos ofertado a DEUS nossos condicionamentos, falhas, erros, enfim, temos
RETIRADO nossas MÁSCARAS diante de DEUS, revelando nossos limites, mas,
conjuntamente, nosso PLENO DESEJO de ser sua IMAGEM e SEMELHANÇA, alcançando,
assim, a GRAÇA DA SALVAÇÃO e de seu AMOR. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.
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