quarta-feira, 24 de agosto de 2016

EU TE VEJO


GRAÇA e PAZ (חסד ושלום - PAX ET BONUM)ORA ET LABORA!  BENDIGAMOS AO SENHORDEMOS GRAÇAS A DEUSNeste dia a Igreja celebra SÃO BARTOLOMEU, que para muitos historiadores, associa-se a figura de NATANAEL {Se encontra na pesca do encontro de Pedro com JESUS (Jo. 21)}. A leitura (Jo 1,45-51) possui uma conotação enigmática, inicialmente, porém, fácil sua compreensão. No primeiro plano, aparece-nos o fator da EVANGELIZAÇÃO, demonstrando a forma adequada de efetivá-la, observamos a chegada de um Discípulo que anuncia, com entusiasmo (Encontramos aquele de quem Moisés escreveu na Lei, e também os profetas: Jesus de Nazaré, o filho de José), porém, de imediato, recebe um condicionamento desestimulante (De Nazaré pode sair coisa boa?). Diante de tal dificuldade, o Discípulo não se permite adentrar na situação de apatia, elaborando uma resposta eficaz e direta, instigando o desejo profundo do coração sedento ao mesmo arriscar para pressentir e concretizar seu desejo (Vem ver!). O segundo plano, é o ‘ENCONTRO’, que por ventura é permeado de diversos significados simbólicos, que agregam o Novo ao Antigo Testamento. Ao nomear NATANAEL (hebraico = Netan‘el) de ISRAELITA, JESUS interage com a passagem de JACÓ no deserto, de sua luta com o Anjo e a mudança de seu NOME PARA ‘ISRAEL’. A interpretação teológica desta situação sugere as situações que o Povo Eleito deve experimentar para alcançar este status. Situações adversas em várias esferas (deserto = calor, fome, cansaço, sede, etc.); a luta desigual para alcançar o intento ou objetivo (luta com o Anjo) e por fim, depois destas situações, auferir a transformação completa da essência e da vida (Novo NOME). CONTINUA A LECTIO DIVINA!!!


Desta feita, percebe-se o tratamento feito por JESUS aduz um sentido positivo (franqueza, honestidade, de busca da justiça, de buscar viver perante a luz) apesar das limitações e pecados perpetrados e experimentados. Tal admoestação toca o coração de NATANAEL, o que lhe faz questionar (De onde me conheces?). Deste ponto perfila a figura PROFÉTICA e SIMBÓLICA da FIGUEIRA. Mas, QUAL O SENTIDO DA FIGUEIRA? Necessário compreender esta árvore para podermos dar sua real dimensão na comunicação entre NATANAEL e JESUS CRISTO. A Figueira (Ficus carica) é bastante importante para o Povo Eleito, devido a sua longevidade, de fácil adaptação em diversos tipos de solos, e por isto abundantemente plantável na região de Israel {igualmente a sua similar SINCOMORO (Ficus sycomorus)}, de tronco amplo e com ampla ramificação, gerando vários frutos e uma abundante sombra. Assim, a figueira e o similar Sicomoro, eram amplamente plantadas, especialmente, nas estradas de ligação, por causa de sua boa sombra (Zaqueu). Esta árvore tinha tanta importância que é citada no Livro do Gênesis (3,7), exatamente quando utiliza-se suas folhas para produção de vestes de Adão e Eva, e aqui vem o desvelamento inicial de sua simbologia. ‘COBRIR A NUDEZ’ tem uma certa conotação, se associarmos com o Livro acima citado, induz ao sentido de veracidade de VIDA, Adão e Eva se vestem, porque reconhecem o pecado da ‘NUDEZ’ (simbologia), e desta feita, se associa ao uso da sombra ou folhas, como certo tipo de mascaramento de vida ou conduta, visto que se a árvore esta com folhagens, deve ter seus frutos. Tal fato é, de certa forma, conclusivo, mediante a passagem da ‘FIGUEIRA ESTÉRIL’, no qual desejoso do fruto, JESUS percebe que a Figueira apenas possui folhagens verdejante, mas ‘SEM FRUTOS’, ou seja, não cumpriu seu estado obrigacional de ter FRUTOS, pois a falta de frutos da Figueira para o povo de Israel seria uma calamidade (importância e necessidade), e por tal fato a amaldiçoa ou conta a parábola (cortar e a jogar fora – Mc. 11,12-14; Mt. 7,19; 21,43; Lc. 13, 6-9), por lhe ter enganado com a superficialidade. Agora, retornando para a passagem, a figura da FIGUEIRA, de certa forma, denota, exatamente por suas amplas folhagens e pela sombra criada, um sentido de pacificidade, prosperidade e segurança (Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi1ª Rs. 4:25; Mq. 4:4; Zc. 3:10). Este sentido ressoa na condição de que DEUS, pelo ESPÍRITO SANTO, efetiva o projeto de SALVAÇÃO do ‘ESCOLHIDO’, sem a sua plena percepção. O ser ‘VERDADEIRO ISRAELITA’, se agrega ao sentido inicial do Gênesis, que apesar do erro, recebe de DEUS sua intensa predileção e proteção, por causa de ‘SEU AMOR’, associa-se ao fato de que são descendentes dos patriarcas e, portanto, herdeiros da bênção, da promessa de salvação. Vai além, o encontro admoesta a situação de que NATANAEL mesmo pecador, estava obtendo da parte de DEUS a GRAÇA de ter os mesmos perdoados, por estar inscrito nesta filiação. Agora, QUAL A CAUSA DA SURPRESA? Alguns estudos perfazem o caminho que elucida a motivação. Na história, lembramos que no nascimento de CRISTO (ENCARNAÇÃO), o Rei Herodes promoveu o INFANTÍCIDIO em Belém, e que alguns historiadores colocam NATAN’EL BarTolomeu (Natanael filho de Tolomeu) no mesmo período (fato este asseverado por tradições siríacas), e que para esconder da morte, a mãe deste o escondeu abaixo das folhas de uma FIGUEIRA, e que orava a DEUS para que os soldados não o descobrissem, e que posteriormente o tinha lhe revelado tal fato (apenas ele e sua mãe sabiam tal fato), e que a causa de seu espanto quando JESUS lhe revelou (Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o Rei de Israel). Outra fonte, nos revela que o fato da surpresa representa o sentido de que sendo uma árvore que possui vários ramos e uma ótima sombra, era comum os Israelitas ficarem abaixo da mesma para orarem a DEUS, e que no ENCONTRO COM JESUS, este teria lido até o mais profundo de seu coração, aqueles pensamentos que estavam no mais recôndito de seu coração, fazendo compreender que este Homem era alguém além de sua constituição, pois entende os sonhos, orações, desejos mais secretos e íntimos, que pode traduzir o suspiro inarticulado da alma. A compreensão deste ENCONTRO revela-se que DEUS se expressa a NATANAEL como CONHECEDOR de seu passado, e que quer estar no seu presente e garantir o futuro. Indo além, expressar ao mesmo que mesmo ENCOBERTO pelas folhas da Vida (figueira), buscando a proteção contra as intempéries da vida, de forma extremamente superficial (Adão e Eva no Éden), que preferiram as proteções externas e superficiais, buscando refúgio no esconderijo das folhas da figueira, do que serem regenerados pelo AMOR e pelo sangue da vida. Hoje, requer efetivarmos uma PLENA REFLEXÃO: COMO ESTAMOS VIVENCIANDO NOSSAS VIDAS? Se buscamos as facilidades e oportunidades dos casuísmo abstratos, e temos ofertado a DEUS nossos condicionamentos, falhas, erros, enfim, temos RETIRADO nossas MÁSCARAS diante de DEUS, revelando nossos limites, mas, conjuntamente, nosso PLENO DESEJO de ser sua IMAGEM e SEMELHANÇA, alcançando, assim, a GRAÇA DA SALVAÇÃO e de seu AMOR. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.

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