GRAÇA e PAZ (חסד ושלום - PAX ET BONUM)! Dando um melhor desenvolvimento em nossa reflexão, com base na leitura do Evangelho de MARCOS, exatamente no discernimento pleiteado pelo Papa Francisco acerca da MISERICÓRDIA. Desta feita, envidaremos elucidar alguns pontos
necessários que deveríamos agregar em nossa caminhada. Em MARCOS, perfilasse, inicialmente, acerca da necessidade de elaborarmos um ponto
de apoio para a nossa missão, como CRISTO efetiva em Cafarnaum (casa de
Pedro). Este ponto deve ser o nosso abrigo ou recanto de restauração de forças,
despendidas por todo o nosso esforço no serviço a DEUS. Mas, mesmo neste lugar,
deve dar a ênfase ao labor: 'sabendo que estava em casa'. CRISTO efetiva sua
missão prioritária: "... anunciava-lhes a Palavra ..." (Mc. 2,1-12). Conforme
avançamos no delinear da PALAVRA, observa-se um processo
de cura, e o consequente estado de misericórdia pelo sofrimento
do povo que não tem pastor. Observa-se, ainda, a presença no meio da
multidão alguns daqueles que já perseguiam JESUS (Mestres da Lei). Importante é analisar
o aspecto contraditório da Lei e Vontade de DEUS (Percepção dos pensamentos Mestres da
lei). Por fim, a admiração e o Louvor a DEUS. Ora, Nesta passagem encontramos uma coletânea catequetica da disputa de JESUS contra os
seus adversários, especificamente em número de 05 confrontos (2,1 -
3,6). Inicialmente, já efetivou sua vitória no plano espiritual, venceu
satanás, agora permeia outra resistência, no plano material. Ser Fariseu
demonstrava uma mentalidade de conduta, já o Mestre da Lei, demonstrava uma
função de distinção. Estas disputas catequéticas desembocarão na ideia de
eliminação, cujo término é a Paixão. O ponto da disputa é o perdão dos pecados, pecadores
e sábado. O que causa estranheza é que a boa nova provoque este tipo de
resistência e hostilidade. Marcos denota a finalidade do episódio como ensinamento.
JESUS se encontra no meio do povo, apertado por uma multidão, o que conota a
relação de seu nome: "... e será chamado de
EMANUEL (DEUS conosco) ...", e que enfrenta, de
imediato, os 'guias espirituais', e por sua autoridade demonstrada efetiva uma
visível diferenciação. CONTINUA A REFLEXÃO!!!
Desta impossibilidade material de aproximação do Mestre, é que denota a atitude
daqueles que carregam o paralítico, que podem ser familiares ou amigos, ou que
independente da identificação, mostra que é uma pessoa muito querida e respeitada
pelo esforço desprendido. Questiona-se: A QUE PONTO PODE CHEGAR O AMOR? O cenário é uma casa! Ela
possui um dono, proprietário, mesmo assim os homens ousam e danificam a
residência sem importar-se com as possiveis reclamações do proprietário, ou a
sua indenização. A atitude é semelhante a de ladrões (Ex. 22,1-2), mas a luz do dia. Esta
ação representa uma atitude de criatividade e decisão, o que
agrada a JESUS por representar um estado verdadeiro de FÉ. Deve-se analisar que
a doença pode originar uma situação de humildade e disto ocasionar um
arrependimento ("... outras vezes o corrige no leito da dor ..." (Jo.
33,19). No centro desta disputa é o poder do Filho do
Homem de perdoar os pecados, e que gera, simultaneamente, uma comprovação
material mais difícil de milagre por cura física, por ser testemunhável e tem
forma exterior. Revela-se JESUS como médico do corpo, e posteriormente,
pela sua Ressurreição, como libertador do homem como um todo, ou seja,
salva do pecado. Para os Judeus o estado de paralítico designava estado de pecado
mortal, e de extrema punição divina (Sl. 32; 38; 41; Eclo.
38,9-10). Pelo estado de FÉ apresentado (... abrirão o teto...), CRISTO
concretiza a ideia central da vontade divina: "... Filho,
os teus pecados estão perdoados ...". A
ação de compaixão (FILHO) causa perplexidade aos adversários de JESUS (QUEM PODE PERDOAR OS
PECADOS SENÃO DEUS?), porque fere o conteúdo da tradição de que é competência exclusiva de
DEUS perdoar (Sl. 130,4; 51,6). Defini-se como
blasfêmia, pois CRISTO tende a revindicar este poder na terra. Entretanto, esta
percepção apenas poderia acontecer naqueles que estavam com o coração aberto à
esperança da vinda do Messias, acreditaram nos sinais apresentados por CRISTO,
o Filho de DEUS, que veio com a missão de propagar a misericórdia do PAI (Jr.
31,34). Fato comprovado em seu anuncio anterior: "... Convertei-vos e crede no
Evangelho ..." (Mc. 1,15), tinha direcionamento a
todos, principalmente aos pecadores arrempendidos. A sua morte, JESUS,
instituiu o verdadeiro sacrifício da nova aliança, com objetivo primordial a
REMIÇÃO DOS PECADOS, por isto a importância da alegação: "FILHO do
HOMEM" (... ho hyiós tou
anthrópou = ben'adam), subsiste correlação a filiação divina e a figura humana de
Daniel (7,14). Melhor
oferta do que o próprio Homem, quebrando os selos do livro (Apocalipse 4).
Depois de efetivar a libertação, após sua Ressurreição, enviará, como
auxílio permanente, o seu ESPÍRITO aos seus Apóstolos, para que tenham, também,
o poder de perdoar os pecados, que ainda tem continuação na Igreja Católica,
pelo Sacramento da Reconciliação. Nossa reflexão é a consoladora realidade de que JESUS nos transmitiu
esse poder imenso e regenerador do SACRAMENTO DA PENITÊNCIA, quer para aqueles
que a concedem, quer para aqueles que o procuram. SERÁ QUE VOCÊ COMPREENDE A VERDADEIRA ESSÊNCIA DO PERDÃO DOS PECADOS E
DA INSTITUIÇÃO DA RECONCILIAÇÃO NO SEIO DA IGREJA? Creia, chegou de se permitir que a MISERICÓRDIA adentre na casa de teu CORAÇÃO. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.
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