segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

AS ARMADILHAS DO EU (3ª parte)

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Caríssimos Irmãos, vamos dar continuidade a nossa formação pessoas sobre as Aramdilhas que vivem no nosso interior. A temática atual será o MEDO de RECONHECER os ERROS.
A sua definição seria o ‘Medo’ de assumir as imperfeições, defeitos, fragilidades. Deve-se enfatizar que em nossa sociedade, doentia, nossa personalidade é formada com base na superficialidade, escondendo a nossa humildade e super-valorizando um endeusamento.
Como seria este tipo de ação? Basta contemplar e observar que coloca-se um pódio, que subtende uma idéia de que existe alguém superior, local de limitação, apenas alguns podem ter acesso, pois não possuem espaço para dois lugares, e este acesso deve ser cíclico. Traduzindo, a mídia cria e destrói mitos, ou seja, Oscar, Nobel, Grammy, etc. Poucos se tornam detentores do poder social e profissional.
O que ocorre é que temos medo de assumir a nossa própria humanidade. Infelizmente gostamos de observar as chagas dos outros, mas nunca as nossas. Jamais poderemos alcançar a nossa verdadeira estatura cristã, se não tivermos a coragem de enfrentar a nossa realidade, ou seja, apenas daremos um primeiro passo quando no teatro de nossa vida assumimos a cadeira de direção. Melhor ainda, quem não assume viverá artificialmente, nunca amadurecerá.

Desenvolvendo a arte de contemplar, podemos averiguar que todos são iguais, embora possamos conotações únicas. A semelhança física e biológica não nos distingue em si, porém, é o nosso interior que nos diversifica. A capacidade de cair e poder levantar, é uma das ações diferenciadoras. Temos a característica de amar conviver com pessoas simples, mas sempre complicamos a nossa vida. Não é cômico?

O medo, outrora, mecanismo de sobrevivência, tornou-se, hoje, nosso maior carrasco. Temos medo da crítica, do vexame, da rejeição, do pensamento alheio, etc., e isto nos congela, nos aprisiona. No início o medo era instrumento ativo que perfazia o Homem interagir e se movimentar, preservando o seu próprio ser. Os hormônios lançados por este sentimento favoreciam a defesa humana diante do perigo. Atualmente este sentimento é que mais tem causado deficiências na vida humana, principalmente aos jovens. O medo torna as pessoas inertes, apáticas, desorientadas, por fim, quase que mortas, apagando a nossa luz interior. Se não conseguirmos entender a nossa verdadeira essência interior acabaremos freqüentemente nos tronando depressivos.

Analisando esta situação observe este exemplo: Quando alguém aponta nosso erro, mudamos de cor e trocamos de humor, certo? Pare e observe tais situações com os outros! Contemple. Mas ainda, quando alguém revela a alguém atitude estúpida, ficamos indignados!

Em situações de relações desiguais o orgulho contagia rapidamente o cérebro daquele que se considera superior, assim como um vírus, levando a silenciar a voz daquele que se considera em posição inferior. Você já observou tal fato? Quem utiliza a relação de poder par impor suas idéias jamais será um Líder. Tais pessoas são desastrosamente muito mais inferiores porque nunca tiveram a coragem de pedir desculpas quando agiram de forma incoerente, levantando a voz ou julgando precipitadamente.

Fica uma mensagem nova: as pessoas sempre irão querer que cada um de nós reconheça os nossos erros, mas nunca, nunca mesmo, estas reconhecerão os seus erros, sempre se utilizarão de desculpas. Quer ver uma delas. Se você quiser ver uma dessas pessoa, tem que contemplar, serão aquelas que automaticamente terão palavras ou defesas na ponta da língua. Estas pessoas querem que sejamos humanos, mas o seu comportamento será de deuses, imponentes, poderosos, etc.

Principalmente a geração jovem passa por toda esta dificuldade. Muitos jovens hoje não mais possuem a sensibilidade, ou seja, não conseguem mais contemplar. Podem possuir cultura, mas, não são solidários, tolerantes, altruísta. Do contrário, são egoístas, radicais, sectários.

O fator que demonstra tal situação esta na atitude demasiada na defesa de suas posições, idéias, sentimentos. Não que seja ruim defender suas posições, mas nunca de forma possessivas. Quando ocorre tal situação demonstra um sentimento forte de insegurança. Defender excessivamente nossas opiniões reflete fragilidade. Quer ver? Será que neste momento você concordou com o que foi dito ou se fechou em si, neste instante?

Existem pessoas que são agradabilíssimas quando conversamos, pois são educadíssimas, porém nos transcorrer da conversa, se transformam e torna-se insuportável o conteúdo da conversa, pois as mesmas tecem mil argumentos para sustentar suas atitudes, sempre possuem respostas, cujo conteúdo é a negativa de seus erros, pois não possuem, e tão pouco pedem desculpas. Sugam a essência das pessoas ao falar muito e procuram a atenção dos outros de forma excessiva. O que caracteriza a falta de maturidade psíquica.

Quem é verdadeiramente forte sempre será capaz de confrontar com sua fragilidade, conhecendo e declarando. Somente um ser humano maduro não possui medo de si. Quem perfaz tal atitude de declarar suas fragilidades faz da mesma agradável, confortante e relaxada. A nossa sociedade estimula para que sejamos deuses, mas não coloca que para nos tornar perfeitos e intocáveis requer um alto grau de desgaste social, psicológico e biológico também. Podemos com isto ficar psiquicamente deprimidos, sabia?

Os remédios, meu irmão(a) podem diminuir a agitação psíquica, mas não produz tranqüilidade existencial. As técnicas da psicoterapia podem expor as causas de nossos problemas, mas apenas NÓS podemos mudar o rumo de nossa vida.

Busque exercitar dia-dia, cujo objetivo é de você superar esta armadilha.

1) Encare um espelho. Feche-se em um ambiente em que aja tranqüilidade para você, por meia hora, pelo menos, verbalize os erros que você cometeu. Diga o que lhe incomoda. Se este envolve outra pessoa, que você acabou reconhecendo que magoou, procure-a, depois deste exercício. Lhe diga o que realmente sente e como isto faz você sofrer.



2) Descreva no papel um momento da vida em que, mesmo sabendo que errou, não assumiu a responsabilidade pelo erro e ainda rejeitou a palavra de alguém.


3) Por fim, faça uma análise desta situação, como se você fosse outra pessoa e não você mesma, como se fosse um amigo e repassou o conteúdo para analisar. Desta forma você poderá ver e observar a situação com outros olhos. Faça esta experiência e descreva no papel.

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