sexta-feira, 9 de setembro de 2011

EXORTAÇÃO APOSTÓLICA "EVANGELII NUNTIANDI (3ª parte)


GRAÇA E PAZ (חסד ושלום - PAX ET BONUN)! BENDIGAMOS AO SENHOR. DEMOS GRAÇAS A DEUS! OREMOS: "DEUS DO UNIVERSO, FONTE DE TODO O BEM, DERRAMAI EM NOSSOS CORAÇÕES O VOSSO AMOR E ESTREITAI OS LAÇOS QUE NOS UNEM CONVOSCO PARA ALIMENTAR EM NÓS O QUE É BOM E GUARDAR COM SOLICITUDE O QUE NOS DESTES. POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, VOSSO FILHO, NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO. AMÉM".
Daremos continuidade a nossa Formação acerca do Documento: EXORTAÇÃO APOSTÓLICA "EVANGELII NUNTIANDI. Neste tópico o Documento nos remete a um sentido de 'Denúncia', em que temos de ter uma consciência de que a mensagem evangélica não é para a Eclesia uma contribuição facultativa. Do contrário, É UM DEVER que lhe incumbe. Desta forma, elabora-se três problemas pendentes (Sínodo dos Bispos de 1974):
1. O que é que é feito, em nossos dias, daquela energia escondida da Boa Nova, suscetível de impressionar profundamente a consciência dos homens?
2. Até que ponto e como essa força evangélica está em condições de transformar verdadeiramente o homem deste nosso século?
3. Quais os métodos que hão de ser seguidos para proclamar o Evangelho de modo que sua potência possa ser eficaz?
E prossegue o texto do Documento: “... Tais perguntas, no fundo, exprimem o problema fundamental que a Igreja hoje põe a si mesma e que nós poderíamos equacionar assim: Após o Concílio e graças ao Concílio, que foi para ela uma honra de DEUS nesta virada da história, encontrar-se-á a Igreja mais apta para anunciar o Evangelho e para o inserir no coração dos homens, com convicção, liberdade de espírito e eficácia? Sim ou não? ...” (n. 5). CONTINUA NOSSA FORMAÇÃO!!!
Em relação a primeira questão, sua resposta será a efetivação de uma ampla e concreta Evangelização, com a elaboração de uma verdadeira atitude de “revisão de nossos métodos”. E assim define o próprio documento em sua íntegra:  “... As condições da sociedade (...) obrigam-nos a rever os métodos, a procurar por todos os meios ao alcance, e a estudar o modo de chegar ao homem moderno a mensagem cristã (...), ao mesmo tempo que o dever também de o apresentar aos homens do nosso tempo, tanto quanto isso é possível, de maneira compreensível e persuasiva ...” (n. 3), “... numa Igreja ainda mais arraigada na força e na potência imorredoura do Pentecostes ...” (n. 2). E continua: “... Evangelizar é, em primeiro lugar, dar testemunho, de maneira simples e direta, de DEUS revelado por JESUS CRISTO, no ESPÍRITO SANTO ...” (n. 26). E ainda: “... É a salvação dos homens que está em causa; é a beleza da Revelação que ela representa; depois, ele comporta uma sabedoria que não é deste mundo. Ela é capaz, por si mesma, de suscitar a fé, em que se apoia na potência de DEUS ...” (n. 5).
Em relação a nossa segunda premissa, ressoa-se que o início de toda a caminhada se baseia noEvangelho de DEUS, e assim, afirma o documento: "... o Reino de DEUS que é “o próprio JESUS ...” (n. 7). “... Como núcleo e centro da sua Boa-Nova, CRISTO anuncia a salvação, esse grande Dom de DEUS que é libertação de tudo aquilo que oprime o homem, e que é libertação sobretudo do pecado e do maligno, na alegria de conhecer a DEUS e de ser por ELE conhecido, de O ver e de se entregar a ELE ...” (n. 9).
O Evangelizador deve começar com a própria conversão, substanciada na modificação profunda dos modos de ver e de analisar a realidade a ser evangelizada. “... Este reino e esta salvação, palavras-chave da evangelização de JESUS CRISTO, todos os homens podem os receber como graça e misericórdia; e no entanto, cada um dos homens deve conquistá-los pela força — os violentos apoderam-se dele, diz o Senhor (Mt 11,12) — pelo trabalho e pelo sofrimento, por uma vida de conformidade com o Evangelho, pela renúncia e pela Cruz (...) uma total transformação do seu interior que o Evangelho designa com a palavra ‘metanóia’, uma conversão radical uma modificação profunda da maneira de ver e do coração (Mt 4,17) ...” (n. 10).
Por fim, faremos alocução do terceiro questionamento. A resposta do Documento assim se define: “... Este problema de ‘como evangelizar’ apresenta-se sempre atual, porque as maneiras de o fazer variam em conformidade com as diversas circunstâncias de tempo, de lugar e de cultura, e, por isso mesmo, lançam, de certo modo, um desafio a nossa capacidade de descobrir e de adaptar ...” (n. 40). E continua: "... Importa que aconteçam também sinais na evangelização (n. 12). O objetivo da Evangelização é também a transformação da pessoa, “não de forma decorativa, como um verniz superficial, mas de maneira vital, em profundidade e isso até às suas raízes ..." (n. 20).
E mais: "... A Boa-nova do reino que vem e que já começou, de resto, é para todos os homens de todos os tempos” (n. 13). “Evangelizar constitui, de fato, a graça e a vocação própria da Igreja, sua mais profunda identidade. Ela existe para evangelizar, ou seja, para pregar e ensinar, ser o canal do Dom da Graça, reconciliar os homens com DEUS e perpetuar o sacrifício de CRISTO na Santa Missa, que é o memorial da sua morte e ressurreição ...” (n. 14).
Disto retiramos um questionamento simples: COMO SE CARACTERIZA UMA VERDADEIRA EVANGELIZAÇÃO? Desta forma responde o Documento: “... A Igreja começa por evangelizar a si mesma. Comunidade de crentes, comunidade de esperança vivida e comunicada, comunidade de amor fraterno ...” (n. 15). Ela se efetivará por intermédio de “homens novos, pela novidade do Batismo” (n. 18). Pressupõe contato direto, ou seja, “relação das pessoas entre si e com DEUS (...), pois, o reino que o Evangelho anuncia é vivido por homens profundamente ligados a uma determinada cultura, e a edificação do Reino não pode deixar de servir-se de elementos da cultura e das culturas humanas ...” (n. 20 e n. 46). O exemplo maior corresponde ao Evangelho, em que JESUS nos deu o exemplo: com Zaqueu, Nicodemos, a Samaritana, etc.: “... haverá melhor método do que dar testemunho da própria FÉ? ...” (n. 46).
Disto observamos que a raiz principal de uma evangelização é o TESTEMUNHO de vida pessoal. Assim vejamos o texto documental: “... Esta Boa-Nova há de ser proclamada, antes de mais nada, pelo testemunho. Suponhamos um cristão, ou grupo de cristãos que, no seio da comunidade humana em que vivem, manifestam sua capacidade de compreensão e de acolhimento, sua comunhão de vida (...). Assim eles irradiam, de modo absolutamente simples e espontâneo, sua fé em valores que estão para além dos valores correntes, e sua esperança em qualquer coisa que não se vê e que não seria capaz sequer de se imaginar Por força desse testemunho, sem palavras, esses cristãos fazem aflorar no coração daqueles que os veem viver, perguntas indeclináveis (...). Um semelhante testemunho constitui já proclamação silenciosa, mas muito valorosa e eficaz da Boa-Nova ...” (n. 21).
Desta forma poderemos chegar a uma conclusão óbvia: 'Quem acolhe a Palavra e aceita o Reino deve se tornar testemunha ou anunciadora do mesmo'. “... A Boa-Nova proclamada pelo testemunho da vida deverá, mais tarde ou mais cedo, ser proclamada pela palavra da vida. Não haverá nunca evangelização verdadeira se o nome, a doutrina, a vida, as promessas, o Reino, o mistério de JESUS de Nazaré, Filho de DEUS, não forem anunciados ...” (n. 22).
Por fim, será-nos salutar efetivar uma pequena distinção entre a verdadeira Evangelização e uma ação, puramente, social. Desta forma se posiciona o Documento: “... A Igreja relaciona, mas nunca identifica a libertação humana com a salvação em JESUS CRISTO, porque ela sabe por revelação, por experiência histórica e por reflexão de FÉ que nem todas as noções de libertação são forçosamente coerentes e compatíveis com uma visão evangélica do homem, das coisas e dos acontecimentos; e sabe que não basta instaurar a libertação, criar o bem-estar e impulsionar o desenvolvimento, para poder dizer que o reino de DEUS chegou ..." (n. 35).
Traduz-se que a libertação precisa, NECESSARIAMENTE, de mudança de vida. Assim disciplina o texto: “... A Igreja continua consciente de que ainda as melhores estruturas ou os sistemas melhor idealizados depressa se tornam desumanos se as tendências inumanas do coração do homem não se acharem purificadas, se não houver uma conversão do coração e do modo de encarar as coisas naqueles que vivem em tais estruturas ou as comandam ...” (n. 36). Continua: “... Exortamo-vos a não pôr a vossa confiança na violência, nem na revolução; tal atitude é contrária ao espírito cristão (...) devemos reafirmar que a violência não é cristã, nem evangélica e que as mudanças bruscas ou violentas das estruturas seriam falácias e ineficazes em si mesmas e, por certo, não conformes à dignidade dos povos podendo retardar, ao invés de favorecer ...” (n. 37). E ainda: “... A libertação que a evangelização proclama e prepara é aquela mesma que o próprio JESUS CRISTO anunciou e proporcionou aos homens pelo seu sacrifício ...” (n. 38). Espero que o teor deste parte da Exortação Apostólica possa efetivar um maior entendimento sobre a NOSSA VERDADEIRA EVANGELIZAÇÃO, que será bem distinta de uma SIMPLES AÇÃO SOCIAL, como muitos querem fazer entender de simples ações externas. Desta forma concluiremos a nossa Formação no próximo encontro. DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.

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