domingo, 12 de janeiro de 2014

A TEMPESTADE (CRISE) DE NOSSA FORMAÇÃO


GRAÇE PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORABENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUS. Recentemente adveio-me uma moção, estava como em um vasto mar, eu colocado em um pequeno barco, bem construído, mas em dimensões não muito grandes. De certa forma, já advinha uma racionalidade no pensamento, de como seria uma extrema coragem a de adentrar no vasto mar, utilizando-se de um barco daquela estrutura básica? E comecei a analisar a situação, destrinchando as razões mínimas e possíveis de TER TAMANHA  CORAGEM, Logicamente, os mais experientes colocariam diversos condicionamentos que refutariam qualquer tipo desta ideia, e suas colocações, possivelmente, anulariam qualquer intenção que seja. Em suma, a palavra mais pratica seria: LOUCO!  Mais, ainda assim, não se consistia em resposta: POR QUE DEU-ME O TRABALHO DE ADENTRAR NO MAR VASTO EM UMA PEQUENA EMBARCAÇÃO LIMITADA? De modo inesperado, como um sopro, alcancei uma resposta: PORQUE ENCONTREI O MEU TESOURO MAIS PRECIOSO; e não só o encontrei, mas necessitava possuí-lo em minha existência, e assim, tomado por uma coragem única sai em sua busca, não fiquei aguardando. Agora estava no alto mar, e olhava para o mesmo, estava agitado, tinha imensas ondas vindo em direção ao barco. Olhei ao horizonte e vinha um TEMPESTADE magistral, ai meu coração tremeu. A TEMPESTADE era feroz, violenta ao extremo, e pensava na estrutura do barco, e vislumbrava, com meus olhos, que não iria suportar a força excomungal da TEMPESTADE que havia de vir. Tremeu meu corpo, muito mais, minha alma. E logo, logo sentiria o tamanho poder, onde as águas, sem o mínimo de dó, lançavam-se sobre a estrutura do meu barco, e olhe era apenas o inicio da TEMPESTADE, e já fazia imensos estragos. Até adveio-me a ideia: VOU VOLTAR!. De repente, fixou-me o óbvio, se der as costas seria pior, as ondas poderiam submergir o barco, ou estragar o leme. MAS O QUE FAZER AGORA? CONTINUA A FORMAÇÃO PESSOAL!!!


Com o teor desta história formulada, como se fosse um sonho, mas que ainda estava acordado, senti que DEUS tinha uma referência a assinalar sobre o MOMENTO DA CRISE ESPIRITUAL. E logicamente, percebeu-se que A TEMPESTADE nada mais o era do que uma representação de sua estrutura e essência, o BARCO, seria a vida, o navegar seria a PROCURA pelo TESOURO. Perfaz-se uma analogia com a passagem do Barco na TEMPESTADE com CRISTO (Lc. 8,22-25; Mc. 4,35-40; Mt. 8,23-26). Per si, não adentrarei em uma conceituação mais profunda sobre o que seria a CRISE, buscarei outros pontos mais necessários a esta Formação. No aspecto formativo, o TESOURO que mais se evidencia a PROCURA e um objetivo, será poder COMPREENDER "QUEM EU SOU DE FATO?". Muitos podem enfatizar que tal intento não deve possuir um respaldo concreto, pois a maior busca deve ser permeada na questão "QUEM REALMENTE É DEUS?". Porém, já mencionavam os Antigos Padres que: "CONHECE-TE A TI MESMO, E CONHECERÁS VERDADEIRAMENTE A DEUS". Princípio único e eficaz, de CONHECER, ou melhor, de EXPERIMENTAR a DEUS, será ser capaz de EXPERIMENTAR A SI em todas as áreas possíveis. É o discernimento concreto de se fazer uma análise perfeita do 'EU IDEAL' e do 'EU ATUAL' (AMADEO CENCINI). Muitos intentam em saber que um estado VOCACIONAL perpassa sem a mínima chance de transpassar por TEMPESTADES. Melhor enfatizando uma FÉ PERFEITA se alcança em um estado isento de INCERTEZAS, de HESITAÇÕES, de FRAGILIDADES, de DISTRAÇÕES. O que se pretende nesta situação é já alcançar as asas e a auréola e pensar que pode sair andarilhando pelo quatros recantos do mundo (kkkkkkkkk). Se subsiste esta ideia lacônica, dever-se-ia, pelo menos, analisar alguns pormenores de que algo de errado existe. Ora, se conquistei tais atributos o meu local de DESTINO será o CÉU, e se permaneço neste quadro terreno, subsiste algum erro crasso, e que me leva a uma questão fundamental de "POR QUE NÃO ESTOU NO CÉU?". Per si, subsiste algo que me impossibilita de estar lá no alto, ou pior, fui lançado fora de lá (sabemos quem foi lançado fora do céu). Passar por TEMPESTADES faz parte da constituição de uma PESSOA NORMAL, pois sempre estaremos em fase de CONSTRUÇÃO ou CRESCIMENTO, e se assim não ocorre, poderemos perpassar na vida como um simulacro de vida inerte (manequim ou semivivo ou semimorto).  Logicamente, subsiste algo de imperfeito nesta esfera, na qual fincou-se uma ideia errônea, por sinal, de quem vive um CHAMADO já adquire um título automático de perfeição (pérfida ideia), do qual transcorre em nosso ser um pleito de transfusões de sangue humano nas artérias angelicais deste ente perfeitíssimo. Quando na verdade dever-se-ia permitir a infusão de um sangue angelical nas nossas artérias humanas. Um ESTADO de VIDA substanciada fisicamente de forma linear e com o desempenho amplo e fluido, isenta de barreiras, se torna INIMAGINÁVEL em todas as áreas, e mesmo que assim o fosse, deveria ser constituída como SUSPEITA, visto poder-se-ia pensar que o OURO PODERIA SER PURIDICADO SEM A AÇÃO DO FOGO? A melhor forma de figurar uma crise, seria a comparar com o 'VÍRUS', que pode ficar em estado latente, adormecido, durante uma enormidade de tempo, e sem qualquer aviso, se manifestar sua força, ao sentir ao seu redor condições favoráveis para seu aparecimento. Então, a CRISE É TUDO DE BOM? DEPENDE. Sua tonalidade positiva ocorre quando podemos nos abrir e VER com os OLHOS DE DEUS, e analisar, estudar e planejar adequadamente os principais passos a serem tomados a partir de qualquer acontecimento negativo em nossa vida. E tais passos seriam: 1) RECONHECER; 2) NÃO NEGAR; 3) NÃO EVITAR; 4) PREVENIR. Portanto, qual o âmbito positivo e normal de uma CRISE? Será a perspectiva de um chamado a ser aquilo que um Outro revelou, que gera uma tensão profunda em direção a uma nova identidade não compreendida mais aceita, assim, a CRISE se torna componente normal e positivo. A CRISE COMO IDEIA DE FORMAÇÃO se torna relevante e agrega valores superiores, pois coloca em análise tudo o que transparecia como tranquilo, repetitivo e indiscutível, onde já não se encontra uma fidelidade autêntica, mas uma que almeja ser construída e desenvolvida. CRISE será semelhante a subir uma montanha, da qual não sabemos o que veremos no topo, mas que de certa forma nos dá ânimo inicial de começar a subir, e mais, ao iniciar a escalada, entende-se que subtrai de cada um esforço supremo, dependendo do nível de capacidade de cada um, que causa dor e cansaço únicos, bem como fadiga, mas que em um esforço supremo, alcançamos seu topo, podemos ver algo inimaginável de tão belo e magnífico, e que tal situação vale todo o dispêndio de sentimentos, pensamentos e forças. só consegue extrair toda a essência da beleza, quem, sem medo, é capaz de lançar fora a sua própria. Afinal, a CRISE deve ser entendida não como algo aterrorizante, mas como uma AMIGA ESTIMULANTE, ou seja, a positividade da CRISE é possível , NÃO AUTOMÁTICA. Assim a CRISE é um momento de LUTA, BATALHA, que deve ser desenvolvida a partir da consciência de que é cara, custa algo, que não vem através de NENHUMA FACILIDADE. Quem não se encontra em estado de VIGILÂNCIA, quem nunca se deixa encontrar em estado de batalha, acaba por se acomodar, e sem a tensão de combate em prontidão, a vida se compromete a ser PASSIVA e afeita a ACOMODAÇÃO COM AS SITUAÇÕES. Em suma, NÃO SE VIVE SEGUNDO O QUE SE PENSA, MAS SEGUNDO O QUE SE VIVE (GARDIN, G. A, OFM CONV.). Quem busca aprender a viver nas CRISES, acaba percebendo que o próprio DEUS, algumas vezes, se torna um adversário misterioso (Gn. 32,25). Por fim, "NÃO SE PODE REDUZIR A CRISE  A UM FATO SOMENTE MORAL-COMPORTAMENTAL, NEM A UMA TENTAÇÃO DIABÓLICA OU UMA PASSAGEM EVENTUAL DA EXISTÊNCIA (...) É (...) UM MODO DE ENTENDER A VIDA, A FÉ (...) MAIS OU MENOS REALISTA. VIVE-A BEM NÃO SÓ QUEM PERSEVERA E RESISTE A PROVA, MAS QUEM, POR MEIO DELA, CRESCE NA COMPREENSÃO DA PRÓPRIA IDENTIDADE (...)" (AMADEO CENCINI). Portanto, viva sua FELIZ CRISE neste aprendizado de vida. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.

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