quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

O DESERTO DA VIDA: CÉU OU INFERNO? (3ª PARTE)


GRAÇA E PAZ! ORA ET LABORABENDIGAMOS AO SENHORDEMOS GRAÇAS A DEUS! O ambiente, em si, começava a ficar mais inóspito, o frio advindo dos ventos diminuíam a temperatura, eram como que navalhas que estilhaçavam a carne. Afora, os embates que estavam acontecendo com o andarilho e o seu demônio, este cada vez mais ousado, como que instigado por algo, que não dava para se perceber, existia uma escuridão tão profunda no ambiente, que nada se enxergava a metros de sua vista, porém, não se podia desfazer da figura do demônio, mesmo que não o visse, se pressentia a presença. Entretanto, na mente do andarilho, advinha constantemente o pensamento único, apesar das investidas cada vez mais fortes e insistentes, ecoava o pensamento: DE ONDE TERIA VINDA AQUELA VOZ? O demônio por sua vez buscava freneticamente relembrar tantos casos, de situações desconcertantes, cujo objetivo começava a ficar claro, destruir a imagem do andarilho, pois o corpo convalescia, faltava sua alma. Como um estalo, houve como que uma retrospectiva histórica da vida do andarilho. CONTINUA A REFLEXÃO!!!


Contando a miúdes de coisas, fatos e pessoas que eram particulares ao andarilho, a ponto de fazer a este se questionar se o demônio estava com ele, ou pode adentrar em sua mente. Falava de todas as experiências pressentidas no ventre materno, de sentimentos e degustação de sabores amargos, como veneno, e que tinham traços de REJEIÇÃO, entoava situações não presenciadas pessoalmente pelo andarilhos, mas sentidas no íntimo de sua MÃE. Repetia, enfaticamente: VOCÊ NUNCA FOI AMADO? A cada frase repetida, servia como uma chicotada, que lhe cortava a carne de sua alma. Derivou na fase pós-nascimento, falando-lhe de sua infância, conotando os momentos de choros no quarto, debaixo da cama e de entrada na porta do guarda-roupa, com busca de fuga. Dos olhares de desprezo, exclusão, pois era pressentido um sentimento de rejeição e exclusão tão fortes, como se EXISTISSE, OU FOSSE UM ENTE, REALMENTE, VIVO. A cada dor proporcionada, o coração aumentava os batimentos, chegava-se ao cume, e a dor era-lhe como uma resposta: ESTOU NO FIM? Quando e sempre ocorria tal situação, e de forma não pretendida, vinha-se aquela VOZ: NÃO TENHAS MEDO, ESTOU CONTIGO! E como um alivio, tudo começava a entrar em harmonia, e de repente, via-lhe o demônio, com mais força e inquietação lhe predizia algo mais, e cada vez mais forte e doloroso. Começava-lhe entoar as histórias do orgulho de escrever e criar coisas, de como tinha, o andarilho, quando criança, uma mente privilegiada, mas, ao aventurar a mostrar todas estas coisas as pessoas que lhe eram queridas, a DOR e DECEPÇÃO do desprezo cáustico efetivado, ao desnivelar a nada tudo o que tinha criado com carinho e amor. E nova e continuamente, advinha-lhe um pesar na alma, o coração começava a acelerar e o mal-estar envolvia o ambiente, como se estivesse a sufocar e o sentimento de morte se fazia mais do que presente. O sentimento de perda era-lhe enorme, nada mais fazia sentindo, como pressentimento de ser totalmente envolvido por lamaçal de coisas negativas que lhe sugavam a vida, desfalecido e sem perspectiva, começava a definhar a alma e o espírito, sob-julgado e aniquilado pela solidão e exclusão, inerte, passivo, e ia afundando em si mesmo. De modo inesperado, alguém, como que segurando-lhe pelas mãos, de forma forte e contingente, puxava-o para fora deste mar de trevas, não se via QUEM, pois a LUZ que irradiava deste SER, era suprema, e mais, o simples contato com a pele de sua mão, pressentia que uma energia adentrava, e era introduzida nas veias e artérias de seu corpo, davam nova vida e motivação, e algo realmente se transformava, advinha ESPERANÇA e ALEGRIA, não sabia o POR QUE? NEM A RAZÃO? Apenas sentia, e percebia como um revigoramento, um REAVIVAR profundo e enfático, como se-lhe proclamava: TENHO VIDA! Brotava uma nova força, objetivo, querer, desejo e vontade, nem se assemelhava a figura desprovida de intenção e vontade de outrora, era outra figura. O demônio se impressionava e ficava estarrecido, pois nem ele sabia de onde advinha este acontecimento motivador, o mesmo pressentia a foça, mas desconhecia sua fonte. O demônio estava perturbado, embora não o quisesse demonstrar, era sensível o odor de seu medo e desconforto, ou seja, JÁ NÃO ERA SENHOR DA SITUAÇÃO, estavam em situação semelhante. De um lado a figura das trevas, abalado e inerte, do outro um novo SER, fortalecido por algo ou alguém que não conhecia e sequer sabia a fonte original. A noite ia a fundo, o frio estava no topo, mas nem se sentia, pois a BATALHA ainda estava para chegar ao ápice, e seria longa. QUEM SAIRIA VITORIOSO? Seria uma questão que iria demorar para se encontrar a sua resposta. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.

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