sexta-feira, 24 de junho de 2016

APRENDENDO A PERDOAR A SI MESMO (ANSELMO GRUM - 2ª PARTE)


GRAÇE PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORA! BENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUS. Dando continuidade a nossa FORMAÇÃO PESSOAL sobre o PERDÃO, constatamos que PAULO coloca que a reconciliação fora inciativa de DEUS, mas que convida o homem a aceitar a oferta de sue amor e a reconciliar-se com Ele. Deve-se frisar que DEUS não necessita da reconciliação, pois é sua essência ser amoroso e conciliador. Também fica claro que não foi DEUS que se afastou do homem, mas nos nos afastamos de DEUS. O convite descrito é a Cruz de CRISTO, onde nos chama a sair de nosso distanciamento e da isolação, pelo amor demonstrado e visível da Cruz, para retornar  ao amor e a vida (2ª Cor. 5, 19-20). O único pedido é que toda a reconciliação seja anunciado ao mundo inteiro. Portanto, é este o trabalho que JESUS nos confiou, como igreja. O pedido paulino é baseado no sermão da montanha, onde vê-se seis antíteses, que são formas concretas de realizar a reconciliação: CONTINUA A FORMAÇÃO PESSOAL!!!


a) Matar e Reconciliação (Mt. 5, 21-26): A reconciliação inicia-se em nossos pensamentos e palavras, não bastando não matar o outro fisicamente, mas também em nossos pensamentos e palavras, com falso testemunho, não rejeitemos (Mt. 5, 23). Orar não é simplesmente pedir minha cura para DEUS, mas não devo apressentar-me a DEUS sem apresentar minha relação com a humanidade, pois estou sempre unido com meus irmãos. Então o que devo fazer é distanciar-me do rancor guardado no coração, e nos casos em que outrem tenha algo contra minha pessoa, devo entender que eu também forneça algo que favorece a projeção de problemas sobre minha pessoa, sendo inútil esclarecer o teor delas. A palavra de JESUS me incita a olhar e abandonar a desarmonia do meu coração. O ressentimento turva o espírito do orante e arremessa sombras sobre a oração (Evágrio Pôntico). Sem reconciliação não existe uma verdadeira oração, pois fechamos uma parte de nosso coração a jesus.
b) Reconciliar com o inimigo interior: Em Mateus 5, 25, JESUS nos mostra que devo reconciliar com o meu inimigo interior, pois enquanto não efetivar sempre terei uma sombra no meu intimo, que são as fraquezas, erros, instintos, necessidades. Devo efetivar a reconciliação no caminho, pois em dado momento será tarde, pois serei colocado em juízo (superego). Aqui ocorrera retaliações interiores e muita culpa, preso em minha própria prisão do medo (obscuro) reprimido. Isto gera uma fragmentação imensa difícil de reconciliar.
c) Nas antíteses 5 e 6, JESUS coloca que não adianta retribuirmos o mal pelo mal (Mt. 5,38), que gerara interminável corrente de ofensas e retaliações, ou seja, a cada ofensa uma resposta, então originara uma ferida nova.
A solução dada por JESUS é que pode-se vencer o mal com a imaginação e o amor, tirando o seu poder (Mt. 5, 39). Traduzindo criar novos caminhos de paz e harmonia. No quadro da bofetada na cara, refere-se a honra, a dignidade, pois esta atitude é um sinal de desonra, gerada pelo sentimento de inferioridade da outra pessoa. Existe a necessidade de humilhar-me para ela se sentir superior. Se aceitar este procedimento criar-se-a um abismo, gerando um confronto, que criara um ambiente de inveja sufocante. Então, a criatividade é tomar o conhecimento própria de minha dignidade (Sou digno), e nesta situação ocorre a oportunidade do outro de procurar sua dignidade,em vê de querer produzi-la por meio da desonra do outro. Outra modalidade é a litigância (Mt. 5,40), onde baseia na jurisprudência judaica, que dizia em caso de divida, possível confiscar o manto. Porque o manto era um bem muito necessário,pois manteria aquecido a pessoa no período de frio da noite. JESUS pede-nos aqui que possamos acreditar fielmente na providencia divina. Outra modalidade é a do percusso (Mt. 5, 41). Aqui pressupõe o período da ocupação romana, quando um romano poderia obrigar a um judeu a caminhar uma légua para acompanha-lo ou carregar qualquer objeto. Este direito romano sobre seus sub-julgados era humilhante para o judeu. JESUS pede para quebrar a relação amigo-inimigo. Todos os exemplos foram colocados por JESUS para aprendermos um novo estilo de convivência pacifica, nunca para gerar desunião. E a forma principal é o AMOR ao inimigo. Isto não significa não aceitar a inimizade que nutrem por mim, mas compreende-la, pois ela surge devido a projeção, ou seja, quando alguém não aceita algo em si e projeta no outro, para não lutar consigo mesmo. O AMOR ao inimigo é exatamente não fazer este tipo de atitude. Ver o outro como alguém que necessita de ajuda. JESUS nos faz analisar nossos comportamentos e não confiar nos caminhos trilhados. Mas primeiro é necessário amar o inimigo interior (C.G. Jung), reconciliar com todos os pensamento hostis na nossa lama, como agressividade, ciúme, inveja, medo, tristeza, instintos, ambição. Amar o inimigo interno é mais difícil do que o externo. A solução indicada por JESUS foi deixar a luz resplandecer no nosso interior, e o mal será transformado. Isto não quer dizer a rejeição do mal. Aquilo que é aceito pode ser transformado. A chuva, ou espírito, ao cair sobre o que é justo e injusto deve amolecer as barreiras que dividem, e assim unem em uma única essência, purificando-se, brotando a justiça divina em nosso interior. Concluiremos este pensamento formativo em próximo texto. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.

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