GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORA! BENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUS. ERA
UMA VEZ ...: Uma criança, que nascera pela e por causa de uma LUZ. Buscou ser aquilo que fazia sua constituição, ser simples, alegre e
verdadeira. Mas, de forma quase que não compreensível, tudo o que fazia, tudo
que imaginava e expressava era como NADA FOSSE. INEXISTENTE. Em nenhum momento
nada recebia, nenhum elogio, nenhum sorriso, tão pouco PALAVRAS. Jamais sentiu
um aperto de mão, um abraço, contrariamente, todo e qualquer toque era com fito
de punir. Enfim, o AMOR passou longe. Esta criança assemelha-se a aquela flor
que nasce em um deserto seco, árido, que desponta sobre um cacto, longilíneo,
permeado de espinhos, inatingível, mas QUEM PODERIA ADMIRAR SUA BELEZA? Em um
lugar inóspito, se olhar de forma negativa, uma perda de tempo e de dons. Mas,
mesmo em pequeníssima fração da razão ou tempo, se pudermos abrir a mente e o
coração, poder-se-ia dizer, sua VIDA e EXISTÊNCIA é prova de um GRANDE AMOR,
pois foi por causa deste mesmo, que veio ao mundo o que jamais poderia
acontecer. Então, O QUE PENSAR? A criança não tem culpa, apenas a assimilou, e
deixou-se embriagar com todo o mal, e este acabou por lhe constituir seu ser.
Estava envenenado, não queria mais sentir nada e querer tão pouco algo mais. O
que tinha, fora lançado no espaço do vazio, mais profundo, mais enegrecido, e
agitado. Impossível alcançar este espaço. DOR, TRISTEZA, ANGUSTIA, tudo e muito
mais, lançado na escuridão, NÃO PODIA SENTIR E VER NADA. Não precisa disto,
apenas SOBREVIVER. CONTINUA A REFLEXÃO!!!
Passou o tempo, e tudo fora direcionado a ocupar
os espaços que estavam vazios. Galgou muitas coisas, não para substituir, pois
não tinham o valor esperado, ansiava no esquecimento, escurecendo a suas telas,
e renovava-os de forma constante, pois como se desgastavam rapidamente,
deveriam ser substituídos, não existia prazos, valores, conceitos, NADA era O
NADA, para ser transformado no tudo minúsculo mesmo. E a vida evoluía, mas a
criança ainda permanecia vagando nas escuridões, perdida, muitas vezes
desanimada, pois não encontrava descanso. A ideia de inexistência seria a
melhor das ideias, mas, sabe lá, não era concretizada. Em tantos tempos, dores
e mais dores, cicatrizes e marcas profundas e afins, amontoavam-se no corpo e
impregnavam na mais torpe escuridão. VALIA A PENA VIVER? Ao olhar o espelho da
vida chorava e se contorcia de dor. MAS, FAZER O QUE? Apenas caminhar e
sobreviver. O que seria a alegria de sua vida. Tinha crescido, mas ainda, vivia
no interior os escárnios de sua sobrevivência. Tinha esquecido os sentimentos,
nada e ninguém tinha importância, valia o tempo presente, ou aquilo que podia
usufruir, sem pena, ressentimento, nada e ninguém lhe eram conta. Porém,
aconteceu algo inóspito, um acontecimento que rememorou tempos idos. Brilhou
uma LUZ, que poderia retroceder e re-transformar o antigo. Poderia reescrever sua
história, pintar um novo quadro, dar sentido a algo. Sentiu a alegria voltar, e
concedeu a dar-se novamente, como aquela criança, se esforçou, lutou bravamente
contra seus demônios. Insistiu, previu, planejou. Conseguiu iluminar tantas
áreas escuras, lutou contra as tempestades, quase extinguiu seu próprio ser
para alcançar aquela ALEGRIA. Almejou subir altas montanhas, superar seus
limites, buscando saciar aquela criança. Parecia tudo bem. Mas, pensando estar
em lugar seguro, pois nesta segurança, depositou toda a sua confiança,
largou-se de tudo. Tinha por anos a fio construído um vasto castelo de pedras,
de muralhas intransponíveis, imensas e fortes, mas chegar a buscar sua alegria,
decidiu abrir os portões, e não se contentou com isto permitiu levar seus
tesouros mais caros, ajudou a carregar e a doar. Viu e chorou, mas tinha em
mente que maior era a alegria. Depois, de nada ter que lhe acorrentasse, acabou
observando que as coisas não ocorriam como deveria ser, como lhe tinham dito ou
falado. E agora, vazio em si e fora, não tendo mais amparo algum, novamente, a
história se repete, e de forma mais grotesca, o seu ser esquecido, melhor,
abandonado aos cantos das paredes, sujas, já não de suas ações, agora de
outrem, sente que a escuridão avança, sorrateira, mas continua. Tudo o que
tinha feito, perde o valor, ninguém e nada acaba sendo sem valor, enfim.
Novamente, naquele afã de tentar renovar e anular o passado, se mostra que este
se repete, e com mais força, mais precisão. Agora, a alma chora, e o espírito
se anela de uma frieza impar, antes era o corpo que tentava anular a alma,
agora o espirito esfria, e se torna inerte. O nada toma forma, e como um buraco
negro no universo a própria luz e sugada e anulada. Enfim, temos de recomeçar
de novo, e novamente, extinguir a tudo que causa dor, tristeza e angustia. A
luta para arrancar pedaços, afora o dano que perfaz tal atitude, persiste e tem
o valor de resguardar o pouco de algo que ainda se possui. E a história daquela
criança se repete, e começa de novo, e o que pode vir se torna uma incógnita. E
assim, ERA UMA VEZ ... UMA CRIANÇA. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.
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