GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORA! BENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUS. Nestes dias tão compulsivos, necessitamos refletir
acerca da presença do ESPÍRITO SANTO em nosso meio, e quais serão as suas
missões e ações no seio do Povo eleito. Porém, subsiste uma questão singular: QUEM É O ESPÍRITO SANTO? Como se pode responder a esta pergunta? Qual a
base teológica para esta questão? A resposta, que durante séculos fora
efetivado por diversos e grandes santos, deve ser baseada, de forma simples, no
concílio de Niceia: “CREIO NO ESPÍRITO QUE DÁ VIDA”. Aqui não está propriamente
uma definição teológica ou filosófica, mas sim, uma AFIRMAÇÃO: “QUE DÁ VIDA”.
Traduzindo, podemos saber muitas coisas com o nosso saber, porém, nada posso
tocar com o meu coração. Mas pode o Homem definir a DEUS? Esta resposta deve
ser respondida em base de alguns métodos da teologia. Devemos nos deter, neste instante, em
dois deles: KATAFÁTICA & APOFÁTICA. O primeiro método significa a definir sobre afirmações ou a respeito de pessoas que falamos, ou seja é puramente simbólica (positiva), porque não se pode definir em sua plenitude, como DEUS. Então, DEUS pode ser definido? Não, pode ser descrito de forma simbólica, ou seja, olhar para DEUS significa ver apenas uma dimensão sua, ou um ponto de vista, nunca completo. O que se consegue ver de DEUS é uma dimensão sua que possui interesse naquele momento. Portanto, todos os símbolos utilizados para definir DEUS são parciais, aí está a base do questionamento, os parâmetros utilizados para definir DEUS são humanos, pois DEUS não possui tempo e espaço. (DEUS PAI). CONTINUA A FORMAÇÃO
DOUTRINAL!!!
O segundo método não concede
qualquer nome ou definição de DEUS, mas apresenta uma relação de DEUS e o
homem. È um método teológico e místico, onde se busca olhar fixamente em DEUS e
adorá-lo. É o pleno conhecer a DEUS, de fundamentalmente EXPERIMENTÁ-LO. Um
grande exemplo, se não o maior, é MARIA, nossa Mãe. Pois tudo Ela guardava no
coração, jamais em sua mente. Não só lembrava, mas também experimentava o DEUS
perfazia em sua vida. Conhecer
a DEUS significa encontrá-lo, não estudar a respeito D’Ele. Isaías ao falar de
JESUS, nos diz: “... sobre ele repousará o ESPÍRITO do Senhor ...” (Is. 11,2). Seria
como uma terra que se deixa encharcar da água, ou seja, deixa-se absorver,
relaxar, mergulhar. É o que chamamos de metanoia. Ter Fé não é conhecer (mente)
a DEUS, mas mudar o coração. Então só se pode definir sobre o ESPÍRITO é aquele
que experimenta o próprio ESPÍRITO, como falar de algo que não se experimenta? Evágrio Pôntico diz: “SE VOCÊ REZA, VOCÊ É UM TEÓLOGO. E SE VOCÊ FOR UM
VERDADEIRO TEÓLOGO, VOCÊ ESTÁ REZANDO VERDADEIRAMENTE”. Aqui associa-se
teologia e oração, nunca deve ser separados, mas na afirmação coloca que um
teólogo verdadeiro reza, e se reza está intimamente em comunicação com DEUS,
portanto pode melhor falar D’Ele, pois o experimenta. Pois é o único que pode,
realmente, falar de DEUS, saber de DEUS. São estes os verdadeiros teólogos, os que rezam
e que conhecem a DEUS, não pela mente, mas pelo seu coração. Exemplo: JESUS NA CRUZ, existem muitos teólogos
kata fáticos ao redor, fariseus, escribas, doutores da lei, mas não entendiam
nada de CRISTO, nem o que estava acontecendo com Ele. Mas ao seu lado existia
um teólogo apofático, que era o ladrão crucificado à sua direita, pois o único
que experimentou JESUS. Como? “Senhor, lembra-te de mim, quando tiveres entrado
no teu reino”. (Lc. 23,42). Então ser katafático é falar muito sobre DEUS,
porém, na realidade nunca o encontra. Mas ser apofático talvez seja nunca ter
falado de DEUS, mas que o tenha encontrado. Traduzindo, você não é um
verdadeiro teólogo se não for um verdadeiro místico. Então, o ESPÍRITO é um movimento para CRISTO,
assim como JESUS é um movimento para o PAI. (Jo. 14,6). Na
salvação do Homem existem 03 eras: Era do PAI (AT); Era do FILHO (NT); Era do
ESPÍRITO (Tempo da Igreja). A
Era do PAI é a sua revelação e a manifestação, como DEUS único de tudo e de
todos, portanto, manifestou-se como DEUS todo PODEROSO, de várias formas e
maneiras. A forma mais concreta deste fato é porque sua manifestação dava
anuência de sua presença no meio do povo, através do seu poder para defender o
seu povo. (Jz 6,3). A Era do FILHO mostra-se um novo aspecto de
DEUS, sua misericórdia e Amor profundo pelo Homem (anawin = necessita de DEUS).
Ainda permanece um DEUS poderoso, mas o que ele quer mostrar é o seu Amor para
com os fracos, quer curá-los, ter compaixão. Aqui JESUS nos apresenta um PAI
COMPASSIVO (Lc. 6,36). Novamente estamos vendo DEUS sob um aspecto, não o todo.
Não podemos ver DEUS em todo lugar, mas no paraíso, eis o nosso presente, é
olhá-lo sempre de uma maneira nova. A terceira Era é a que vivemos, o hoje. JESUS
diz: “... É necessário que Eu me vá, para que recebais o ESPÍRITO do meu PAI ...”, e
concluindo este feito, na Cruz, Ele próprio diz: “Está consumado”. Agora o DEUS
que se manifesta no nosso meio é o ESPÍRITO SANTO, como no AT era o PAI, e no
NT era o FILHO. Ele está na terra perpetuamente, até quando for
necessário sua permanência, ou seja, quando se deixar encontrar. Hoje, o PAI e
o FILHO estão na terra através do ESPÍRITO. Para buscar o PAI, JESUS veio e instituiu a
Igreja, firmado no seu Evangelho, mas a Igreja necessita estar viva, e quem a
faz é o ESPÍRITO SANTO, sendo o movimento que orienta para CRISTO,
desempenhando a função de renovar e santificar a Igreja, ou seja, favorecendo
que JESUS esteja vivo em mim e em VOCÊ (Jo. 16,13-14 ; Jo 7,16). Portanto, SEJA IGREJA, se permita SER ENCONTRADO PELO ESPÍRITO, SENHOR QUE DÁ A VIDA. AMÉM. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.
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