segunda-feira, 11 de julho de 2016

A DOUTRINA REAL DO NOME DO ESPÍRITO (1ª PARTE).


GRAÇE PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORABENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUS. Neste texto refletiremos de forma mais profunda e restrita sobre a PNEUMATOLOGIA? Em seus escritos, já comentava SÃO BASÍLIO: "... O ESPÍRITO É O LUGAR DOS SANTOS E O SANTO É O LUGAR DO ESPÍRITO ..." (BASÍLIO MAGNO, Sobre o Espírito Santo, XXVI, 62). Neste entendimento refletia o Santo que o ESPÍRITO ERA, É e SERIA "Cântico Novo" para a Igreja, por rejuvenescer tudo o que toca. Mas, QUAL O NOME ADEQUADO AO ESPÍRITO SANTO? Esta premissa poder-nos-ia ser esdruxula, mas a essência dela é de fundamental importância para podermos entender a 3ª PESSOA DA TRINDADE. ‘RUACH’ ser-nos-ia um termo bastante popular para o definir, porém, o ‘NOME’ segunda as tradições antigas, e principalmente, a Judaica, comunica algo da própria pessoa, origem e função. Na língua hebraica, RUACH significa, exatamente, o espaço atmosférico entre o Céu e a terra, e a essência primordial de denominarmos o ESPÍRITO DE DEUS por esta nomenclatura, deve-se ao fato de SER esta PESSOAL O ESPAÇO VITAL NO QUAL O HOMEM VIVE. Portanto, que fique claro, o ESPÍRITO SANTO é: ESPAÇO ESPIRITUAL NO QUAL SE DÁ O CONTATO COM DEUS E COM CRISTO (Pe. Raniero Cantalamessa). CONTINUA A FORMAÇÃO DOUTRINAL!!!


Per si, o termo ‘RUACH’ possui estreita ligação epistemológica com ‘VENTO’ e ‘RESPIRAÇÃO’ (PNEUMA e SPIRITUS). Em relação ao vento (impetuoso e turbilhão), esta imagem acentua a força, liberdade e transcendência do que é DIVINO. Como símbolo do que é irresistível e indomável (1ª Rs 19,11 – Sl. 107,25-26). Em relação a respiração, já é uma expressão de bondade, suavidade, bonança e imanência, ou melhor, de uma INTIMIDADE profunda e real. Predizia SANTO AGOSTINHO: “Diante de teu MISTÉRIO, estremeço e ardo em desejo e espanto” (SANTO AGOSTINHO, Confissões, VII,10,16; XI, 9,11). Sumariamente, compreende-se que o ESPÍRITO DE DEUS personifica o MISTÉRIO que DEUS é. Seria exatamente este significado que favoreceu a composição do nome de ESPÍRITO SANTO, no qual a última palavra, SANTO (QADOSH - Hebraico), anelada a primeira, intentava exprimir a sensação de separação transcendental e absoluta da 3ª PESSOA da TRINDADE. Assim, o SANTO direcionava ao que faz parte da esfera Divina (oposto ao humano). Na composição do Novo Testamento, a PESSOA do ESPÍRITO tem uma conotação de ‘PODER’, no qual iria ser uma força fundamental de sustentáculo para a Igreja, tornando aos seus seguidores a fonte e o segredo da coragem e audácia (At. 4,13; 4,29). Já nas línguas semíticas o nome ‘ESPÍRITO’ teria uma certa conotação feminina, representando mansidão, doçura, acolhimento e suavidade. Unindo tais sentidos, como dito anteriormente (SÃO BASÍLIO): “O ESPÍRITO É QUEM CRIA A INTIMIDADE (OIKEOSIS) COM DEUS. E com este direcionamento, o seu significado perpassa para o sentido de atração, afeição, familiaridade, de forma mais que utópica, como pelo ESPÍRITO, DEUS torna-se nosso, atrai-nos a SI (Raniero Cantalamessa). E mais, ainda, no ESPÍRITO somos de casa em DEUS. Consiste uma INTIMIDADE: DEUS EM NÓS E NÓS EM DEUS – ‘DEUS é mais íntimo a mim do que EU próprio’ (SANTO AGOSTINHO). E o que gera está magnífica intimidade é o AMOR, e o AMOR vem do ESPÍRITO, e ELE será a nossa resposta para todos os sentimentos negativos (solidão, sofrimento, medo, fraqueza), pois NELE nunca estarei ou sentirei a SOLIDÃO. Desta feita, o ESPÍRITO se torna o LUGAR do MEU REPOUSO. Portanto, toda esta designação do ‘NOME’, não nos vem direcionar ao que o ‘ESPÍRITO É’, mas, e muito mais, dar-nos a compreensão do que ‘ELE FAZ’ (IRMÃO VENTO – São Francisco). O sentido proferido por Francisco, concebe a compreensão de que o ESPÍRITO não pode ser encerrado, aprisionado pelas vontades humanas, conceitos, ideias, etc., e ao se pretender este intento, apenas esvaziasse o seu real significado. Neste sentido, fica claro que será o ESPÍRITO que CRIA e ANIMA as Instituições, mas, em momento algum, pode ser o ESPÍRITO ‘INSTITUCIONALIZADO’ (1ª Cor. 12,11), e por isto o termo ‘RUACH’ se torna vivo, por representar a eloquente LIBERDADE do mesmo. Desenvolveremos esta ideia em outro texto. QUE DEUS NOS ABENÇOE RICAMENTE.

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