GRAÇA E PAZ (חסד ושלום – PAX ET BONUM)! ORA ET LABORA! BENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUS. Adentrando nesta 3ª parte desta Reflexão (ANSELMO GRUM), introduziremos a interpretação
profunda da imagem que nós efetivamos de DEUS. Fica-nos um questionamento básico: VOCÊ SABE QUAL É A IMAGEM DE DEUS
EM SUA VIDA? Se pudermos analisar a imagem de DEUS em nossa vida, compreendermos o sentido da expressão de Paulo: "Já não sou eu que vivo, mas CRISTO vive em mim". Pedro, com sua natureza efêmera busca
responder a pergunta de JESUS (Mt. 16): "E vos o que dizeis que EU SOU?". "TU ÉS O MESSIAS, o Filho do DEUS VIVO" (Mt. 16,16). Na
realidade, a teologia pronuncia que o RESUMO de toda a doutrina do Evangelho de
Mateus se encontra neste momento, acerca de JESUS e de DEUS. Para Mateus JESUS
é o novo MOISÉS. Observa-se nos grandes discursos inclusos no Evangelho. Após
os discursos se observa um CRISTO (Messias) que ao sair do Egito opera milagres
e conduz seu povo à liberdade. Isto é extremamente importante na teologia, pois
a liberdade é um parâmetro valioso para se conquistar uma verdadeira
experiência de DEUS. A base desta experiência deve passar pela liberdade. Vemos
isto no Getsemani, quando na tempestade interior, no momento mais difícil,
JESUS, livremente, aceita a missão divina de SALVAÇÃO DE TODA A HUMANIDADE. CONTINUA A REFLEXÃO!!!
Portanto, fica claro que
DEUS SEMPRE LIBERTA de todo poder, da dependência e da escravidão interior e
exterior. Também liberta de mim mesmo. Então, JESUS anuncia um DEUS de
LIBERDADE, da pressão da eficiência, de termos de fazer tudo sozinhos. Ora
sobrevêm, simultaneamente, um aspecto de cura (10 milagres). Desta forma,
Mateus aduz que este DEUS é um que liberta e que também cura, estão intimamente
associadas. Para poder alcançar a liberdade, que poderíamos chamar de SALVAÇÃO,
devemos ter uma cura, não apenas externa, mas, principalmente, INTERNA, de nós
mesmos. JESUS É FILHO. O Messias é
aquele que sendo da estirpe divina, é capaz de nos acolher da solidão, do caos
pessoal, e nos conceder a filiação divina que possui (Mt. 3,17). Este DEUS
apresentado é um DEUS de RELAÇÃO (TRINO), em que cada pessoa se doa a outra de
forma espontânea e continua, sem limites. Por isto a importância das primeiras
leituras desta semana, 1ª Carta de João, onde afirma-se: "DEUS É
AMOR" e que nós também devemos ser, se o conhecemos. Conhecer é nada mais
do que EXPERIMENTAR. Se assim o fazemos, também nossa essência é o amor, a DEUS
em primeiro lugar, mas, simultaneamente, aos irmãos, a todos. Esta é a teologia da
Cruz, da relação. As vezes é difícil perceber que na imagem da Cruz podemos
encontrar tamanha beleza, pois o foco do nosso olhar fica distorcido, vemos
apenas o sofrimento de quem é pregado nela. Mas não percebemos que JESUS fora
tão livre que permitiu que cada um de nós pudessemos EXPERIMENTAR a mesma forma
de RELAÇÃO que vivia. A RELAÇÃO COM O PAI E COM O ESPÍRITO SANTO. Na Cruz
observamos detalhes não de dor, mas de pura felicidade e amor. Podemos
ver que a Cruz é formada por duas retas, uma na vertical e outra na horizontal.
Sabemos que pela matemática, a forma de ligar dois pontos é uma reta. Pegando a
reta vertical, os pontos interligados são, no ápice é DEUS, e na base é o ser
Humano. Portanto, na CRUZ estamos sendo ligados a DEUS. O Reino da Terra, neste
momento da Cruz, esta sendo interligado, de forma profunda, com o REINO DO CÉU.
Nada e ninguém pode mais quebrar este fato. A segunda reta, é a
horizontal. Encontramos as mãos de JESUS. Sabemos que pelas mãos vem o nosso
trabalho, mas também a forma mais comum de se RELACIONAR com o outro, o aperto
de mão. Reconhece-se também a forma de dizer preciso de ti, ou de ajuda, é o
segurar pela mão. Enfim, mostra-nos um ato perfeito de relação. Traduzindo,
para vivermos a Cruz, devemos, em segundo momento consecutivo, viver com o
IRMÃO. Veja, já somos TODOS filhos de DEUS, por JESUS CRISTO. Olhar para a Cruz, em primeiro plano, nos liberta daquilo que nos
impedia de chegar ao Reino de DEUS (Reta vertical). Depois, nos liberta da
solidão e da falta de interação (Reta horizontal). Portanto, a Cruz não é
sofrimento, mas LIBERTAÇÃO, traduzindo, SALVAÇÃO. Pedro ainda diz que JESUS
É "... O FILHO DO DEUS VIVO..." (2ª Rs. 19,4; Is. 37, 4.17; Os. 2,1). Portanto,
quem possui uma verdadeira experiência com DEUS vai encontrar com a própria
VIDA. Então, a Cruz nunca pode ter uma imagem de morte. Como dito o DEUS
TRINO é troca perfeita de AMOR. JESUS não tem apenas a vida, mas é a
própria vida. É para nós o DEUS que dá a vida. O seu desejo que a vida de amor
que perpassa em sua essência, também circule também em nós. Quer que o ser
humano, assim como ELE, esteja apto a amar e a gerar comunhão. JESUS veio em
nome da Trindade para nos dar vida em plenitude, para nos libertar de nossa
auto-alienação e nos fazer experimentar a verdadeira vida numa convivência de
amor (Jo. 10,10). Portanto, quem quer ser Discípulo de JESUS tem que enxergar da mesma forma que Pedro, na mesma imagem
da profissão messiânica, como aquele que vive e dá a vida, em que nada e
ninguém tem poder sobre ELE. Então, vem a imagem da morte. Sim na Cruz tem esta
imagem, não como a vemos. Temos que nos doar para alcançar esta libertação e
cura. Para encontrar o verdadeiro AMOR é preciso morrer para o mundo que
rodeia, e buscar viver esta nova vida de amor profundo, na imagem de DEUS, não
dos homens. Esta é a Fé de Pedro. A fé poderia representar uma chave, mas a
chave do Reino de DEUS. É um simbolo importante, que lembra a porta, como CRISTO
se auto-definiu: "... EU SOU A PORTA ...", me dá acesso a mim mesmo, as minhas
câmaras secretas. Aceitar a Cruz, significa entregar esta chave nas mãos de
DEUS. A fé de Pedro dá acesso ao
DEUS que reina em mim e me transforma, disto eu me encontro e disto, terei
encontrado com a chave do meu verdadeiro ser. Por tudo, ao encontrarmos
a imagem verdadeira de DEUS, acabamos encontrando a nossa verdadeira imagem. No próximo texto concluiremos esta Reflexão. QUE DEUS VOS ABENÇOE E VOS GUARDE EM SEU
CORAÇÃO.
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