sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Contemplação: a busca da beleza divina (1ª parte)

O significado da palavra CONTEMPLAÇÃO em alguns dicionários é direcionado a ‘Olhar pessoas ou coisas com atenção’, porém fica fácil dizer que em uma sociedade fragmentada, conturbada e agitada em que vivemos fica uma missão quase que impossível efetivar tal estado de equilíbrio interior.


A nossa vida, família e sociedade são, hoje, baseadas em um sentimento consumista, que gera em nosso interior um estado de ansiedade e agitação profunda, o que nos impede de efetivar um simples ato de fixar um olhar para as coisas e pessoas. Somos, freqüentemente, impelidos a dar vazão ao tempo, e neste sentido, o conotamos como o melhor e maior bem do qual possuímos em nossas vidas

Por colocarmos apenas o TEMPO em evidência em nossas vidas é que observamos em nossa sociedade que as crianças e, também, os adolescentes não estão conseguindo aproveitar e desfrutar daquilo que realmente favorecerão o desenvolvimento pessoal (psicológico e espiritual), tais como os brinquedos, roupas e coisas. Traduzindo, não conseguem viver o seu estado etário, pois buscam anular quaisquer experiências que possam favorecer o seu crescimento interior, em situações possuem características fugazes e aceleradas que em nada ajudam em seu desenvolvimento.

Prefigurando-se a vida apenas no tempo alcançado, é que visualiza-se a QUANTIDADE, em detrimento da QUALIDADE, tudo está pronto, nada é trabalhado, esmiuçado, construído, elaborado. Não se exige a CONTEMPLAÇÃO, o desafio, a descoberta, ou seja, não se busca o mínimo esforço.

Nesta sociedade quem mais sofre são os próprios jovens, por não terem tido qualquer experiência de construção de suas vidas, e desta forma não tiveram o privilégio dos acertos e erros, dos sentimentos gerados pelas expectativas, das dúvidas, receios, que são capazes de gerar o amadurecimento necessário e desejado. Infelizmente, a sociedade apenas se preocupa em efetivar a finalização de todos os acontecimentos da vida, se edita, coloca-se tudo a disposição, sem, contudo, favorecer o crescimento interior e exterior dos mesmos pelo trabalho e pela dedicação individual. Tudo é dado, tudo é concedido, nada conquistado, neste mundo em que as informações são disponibilizadas e jamais discernidas, em que não existe o mínimo de dispêndio da força da razão pensante, da qual efetiva-se um balanceamento concretos das diversas possibilidades colocadas em disposição, tudo isto traz, como conseqüência, o desenvolvimento de uma sociedade desequilibrada e carente, que proporciona em seu meio fatos condicionantes para sua desintegração, como exemplo, as drogas, violência, depressão, ansiedade.

Nenhum comentário:

POSTs RELACIONADOS

2leep.com