Lc. 4, 14-22a

GRAÇA E PAZ! Hoje estaremos meditando o Evangelho de Lucas. O evangelista inicia o seu texto com um retorno. JESUS retorna para a sua região, onde viveu e cresceu, buscando oferecer a sua aldeia a perspectiva das primícias de sua revelação. Observa-se que a fama já era ampla e possivelmente ja tenha chegado a esta localidade. Outro ponto de observância é que JESUS ja tinha demonstrado a sua autoridade, tanto é que já ensina nas sinagogas e o conteúdo passado já era aceito.

Vemos a leitura da passagem de Isaias 11, que revela a imagem do MESSIAS que há de vir. Será aquele que conclamará o ANO SABÁTICO, o momento da verdadeira LIBERTAÇÃO do Homem TODO, de cada Homem, de toda a forma de escravidão, exploração e degradação. Sim, uma Libertação futura, mas que precisa de nossa ajuda para sua construção. E esta Libertação inicia-se na FIGURA DE CRISTO, é o que afirma após a leitura: "Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir".

A Teologia coloca que neste momento, para Lucas, JESUS encontra-se sozinho, pois ainda não efetivou o chamado dos Discípulos, diferente dos demais Evangelhos. Esta situação possui moldura de apresentação pública da figura de Messias, e perfaz sua voz ressoar nas Sinagogas, locais de oração e catequese, embora respeitada, ainda, não interpretada como tal.

Neste momento Lucas faz emanar uma noticia sensacional, tão esperada pelo povo, que gera agitação, tensão e luta. A apresentação do Messias provoca um entusiasmo momentâneo, porém, seguida de dúvida e rejeição, pois o povo local o conhece desde sua infância.

Outra observação, JESUS é seguidor dos costumes judaicos, mesmo sendo quem é, participa dos cultos semanais da sinagoga. Lucas coloca-nos como acontecia tais reuniões.

A consistência do texto denota dois verbos principais: Trazer boa notícia e Proclamar. O conteúdo da notícia é a LIBERTAÇÃO. É o ANO JUBILAR. No texto existe um autor anônimo, que anuncia em primeira pessoa (EU). fica vago o seu conteúdo, até este autor aparecer, para consolidar a vida e autenticidade ao texto. É o que acontece na leitura, o 'Hoje' nos revela que não houve causalidade, pois quem o lê lhe da sentido real. Declara-se o ungido pelo ESPÍRITO de DEUS. Muitos já podem fazer uma associação, mesmo que relativa, pois o conhecem, mas sabem que seus ensinamentos possuem conotação divina, algo sobrenatural. DIZ de si que é o Ungido (Sl. 2,7), ungido por antonomásia.

Então fica a questão: SERÁ QUE TEREMOS CORAGEM DE PROCLAMAR ESTE ANO JUBILAR no nosso meio? SERÁ QUE TEREMOS CONSCIÊNCIA DE QUE SOMOS, POR JESUS, ESTES UNGIDOS DA BOA NOVA? E QUANDO SERÁ QUE ISTO REALMENTE IRÁ ACONTECER?

DEUS VOS ABENÇOE.