terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A ESSÊNCIA DE UM LÍDER (1ª parte)

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Caríssimos Irmãos, neste tópico buscaremos a forma principal do Líder, como é moldado sua essência, partindo de um pressuposto de que “Quem quer liderar a outros, deve inicialmente liderar os seus pensamentos e sentimentos (a si)”. De forma simples, deve-se efetivar uma observância interior, quais são suas raízes e objetivos dos pensamentos e sentimentos, e logicamente, analisar e questionar: ‘O que eles querem dizer? Quais os problemas fundamentais que revelam? O que feriu? O que impede de pensar claramente?’
Basicamente existem três condições importantes para efetivar uma boa Liderança:

a) Estabelecer uma relação entre pessoas (boa comunicação);

b) Elaborar metas que passam a funcionar como expectativas ou exigências (bússola);

c) Observar e avaliar comportamentos, que devem ser transmitidas aos liderados (feedback).

Como sabemos, a Liderança possui uma gama de conceitos, dentro dos quais podemos mencionar:

1) No âmbito empresarial, conceitua-se como obter rendimento e colaboração dos cooperadores;

2) No campo informal, subtende-se como a necessidade de tomar providências para que o trabalho seja realizado.
É por causa destes pressupostos que as pessoas, geralmente, associem a Liderança com idéias de mando ou de subordinação, o que não coaduna com o real sentido Cristão, que busca não somente o todo, mas também o individuo, de forma simples, Liderar significa despertar vida nos liderados e estar ao seu serviço. É neste sentido que é baseado a Regra de S. Bento de Núrsia, que apesar dos mais de 1.600 anos de elaboração, ainda possui respaldo filosófico atual e amparo concreto nas diretrizes dos grandes conglomerados empresariais, bem como na vida particular de cada ser vivo.

Cap. 31. “Seja escolhido {* (...)} um sábio (1), maduro de caráter (2), sóbrio (3), que não coma muito, não seja orgulhoso (4 e 5), nem turbulento (6), nem injuriador (7), nem preguiçoso(8), nem pródigo (9), mas temente a DEUS (10); que seja como um Pai (11) (...)”.

(*) Primeiramente, analisando o enunciado do Capítulo acima, observa-se uma ênfase a temática da ‘Escolha’. Para Bento, esta ação humana de Eleição de alguém esta impregnada de uma ação Divina, em que se evidencia a essência do chamado de DEUS na vida pessoal, do escolhido, e da comunidade, que escolheu. Então, na ‘Escolha’ prefigura-se o Voto da Obediência, sobre o qual toda a comunidade lhe deve submeter, não por sua figura humana em si, mas pelo revestimento da vontade de DEUS que lhe designou uma missão a ser cumprida, que é a de ‘Apascentar suas ovelhas’ .

Desenvolvendo a leitura do capítulo em questão, observa-se que deve o escolhido ser constituído de determinadas qualidades básicas, que lhes outorgarão a qualidade de verdadeiro Líder, ao modelá-lo em sintonia ao Modelo Perfeito, JESUS CRSITO. Seguindo a ordem contextual do Capítulo, serão elas:

1) Sabedoria :

Significa ‘o saber do saber’; conhecimento dos últimos fundamentos e princípios do ser e da vida. O sentido original desta palavra esta intimamente interligada com a ‘experiência’ , traduzida no sentido de vivenciar a realidade das coisas em sua essência, pelo contato direto, gerado pelo aprendizado da observação (saber exterior). Para alcançar este estado é necessário um longo processo de aquisição e, portanto, requer certa idade madura.

Então, o sábio é aquele que viu muita coisa, que contemplou as profundezas da vida (perspicaz), capaz de enxergar a essência das coisas, ou seja, é sensível para o que é realmente válido. É ele que realmente contempla os mistérios de Deus e do ser humano. E para tanto era necessário um auxílio, uma dádiva divina , e por este fator, possui seu fundamento em Deus, pois está relacionada sempre com Deus.

Mas também é uma ação cooperativa humana É a ação de experimentar, saborear, de provar . São os sábios que transformam vitórias em momentos de alegria; derrotas em experiências de aprendizado; tarefas em missões; pessoas esforçadas em campeões. É baseado nesta qualidade que podemos dar um significado construtivo aos diversos eventos de nossa vida. É nela que podemos ter uma ótima oportunidade de análise da vida ao debruçarmos sobre qualquer problema .


2) Maturidade:

É uma qualidade de aperfeiçoamento; polimento de uma pedra bruta. Traduz-se por uma perfeita análise dos erros, desenvolvida em uma esplêndida vontade de superá-los.

Compreende-se através de uma análise da qualidade e da aparência de uma fruta, pois quanto maior o estado de sua maturidade maior é o prazer externo (Beleza) e interno (Sabor). Portanto, aquele que administra deve ser apreciado por todos, quer pela sua postura externa, quer pela virtudes interiores pelas quais guiam-se seus pensamentos e ações, que somente serão alcançados através de diversos processos de amadurecimentos. Em relação ao Homem, estes processos de maturidade são designados de Critérios, dos quais podemos identificá-los como: Paz interior, Serenidade, Integridade, Identidade consigo mesmo.

3) Sobriedade :

É uma qualidade pessoal que derivada da ação de não misturar decisões com desejos e emoções (sensatez). É o ser imparcial, vislumbrara as coisas e pessoas da forma que o são (não alteradas), ou seja, no estado que deus as criou, em sua realidade. Ocorre o contrário quando se objetiva criar fantasias de que tudo deve girar em torno de um benefício próprio (serviço).

Este procedimento pode gerar, em seu habitat, corrupção de todos os liderados , deturpando o sentido comunitário, e proporcionando o nascimento do individualismo, através do poder, da vaidade pessoal, e, por fim, da necessidade de reconhecimento, que desemboca na falta de espaços para partilhas de informações.

4) Modestia :

Esta característica possui uma estreita relação com a sabedoria e a maturidade do individuo. É o simples, que não exagera, e alegra-se com o que possui no momento. Relaciona-se com a maneira de alimentar-se, pois aquele que sabe apreciar o alimento não exagerará na quantidade, pois a forma como comemos nos identifica quem somos e como somos. O ser modesto é visualizado no nosso autoconhecimento . Do contrário, o é aquele que é voraz, que busca o seu único benefício (avidez e ambição), que não possui a mínima intenção direcionada para o bem comum , mas que utiliza-se de tudo para lhe fornecer o prazer próprio.

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