sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

IDENTIDADDE DA RCC (6ª parte)

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Vamos dar continuidade no caminho da procura da identidade de nosso movimento. A identidade nos revela de onde somos e para onde devemos ir. SOMOS FILHOS DO CÉU. Possamos meditar acerca desta formação da IDENTIDADE da RCC. Vamos falar um pouco das 'Condições para permanecer na Graça do Batismo'. Que DEUS nos auxilia com seu ESPÍRITO de Sabedoria. amém. Vamos adentrar profundamente.

A graça do Batismo no Espírito Santo é o próprio Espírito Santo que nos brinda com a filiação divina, isto é, que nos torna filhos de Deus. Todavia, uma coisa é ser batizado no Espírito Santo e recebê-lo; outra, é permanecer nele e com ele. Permanecer nele e com ele é fundamental para a vida cristã, pois nos afiança a santa palavra que “... todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai! O Espírito mesmo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus ...” (Rm 8,14-16). Entretanto, conquanto seja imprescindível permanecer no Espírito do Senhor para ser filho de Deus, na prática não é muito fácil permanecer nesta graça, em razão de nossas fraquezas, das quais podemos destacar a incredulidade e a concupiscência. Em verdade, quando se tenta permanecer em estado de graça, vê-se que a alma é palco de ferrenha luta que já fazia o Apóstolo lançar um sincero lamento capaz de calar nas profundezas do ser de todo candidato a santidade (Rm 8,14-24).
Para permanecer no Espírito Santo é necessário crer em Jesus, converter-se e recebê-lo. Essas são as condições básicas para um cristão permanecer na graça do Batismo no Espírito Santo, que é a filiação divina.
Vê-se também, desde o início da Igreja, uma acentuada preocupação com essas condições na pregação dos Apóstolos: “... a todos aqueles que o (Jesus) receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus ...”. “... Pedro lhes respondeu: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo ...” (At 2,38).
O remédio que se propõe para o mal da concupiscência que tenta a todo custo extinguir a filiação divina, substituindo-a pela escravidão do mundo (que não aceita a Jesus Cristo), é a fé no Senhor e a conversão a ele, materializadas no acolhimento da salvação que ele oferece do alto de sua cruz e na submissão da própria vida ao seu senhorio.
Qual seria a utilidade dessas condições, já que o Espírito Santo é para todos? Ao refletir sobre isso só encontramos uma utilidade digna de nota: é a abertura de coração para receber permanentemente a graça de Deus. O Pai não força ninguém a receber seus dons, por isso, para possuí-los, é necessário acolhê-los. E este acolhimento deve ser sincero, pois sabemos como Deus abomina a hipocrisia.
Ora, de que valeria receber o Espírito Santo num minuto e afastar-se dele numa fração de segundo? Certamente é para não haver este afastamento que os Apóstolos, inspirados pelo Sopro Divino, ministraram uma catequese firme e segura: crer no Senhor ressuscitado, converter-se a ele e recebê-lo; fé, conversão e aceitação de Jesus como salvador pessoal e senhor (dono) da vida de quem nele confia e a ele se entrega.
Cumpridas estas condições estaremos aptos a nos abrir para permanecermos na graça do Batismo no Espírito Santo. Mas ninguém deve se preocupar em demasia com as condições acima apresentadas, como se desejasse ter certeza de já tê-las cumprido. Quem isto fizer cairá no outro extremo, isto é, na exigência da santidade para merecer o Espírito Santo. O Espírito Santo é graça, é dom de Deus, é presente. Graça, dom e presente significam a mesma coisa, isto é, são bens que se dão gratuitamente e assim devem ser recebidos. Ninguém, por mais que se esforce, conseguirá santificar-se para receber o Espírito Santo. Ao contrário, deve-se recebê-lo para ser por ele santificado. O que se pede aqui é que se creia em Jesus, que se o receba e que se volte para Ele. Um forte sinal do cumprimento dessas condições é a aceitação da remissão dos pecados pelo sacrifício de Jesus, nosso Senhor. Há quem pensa ter aceitado o perdão dos pecados, mas vive tentando pagar (ou apagar com autopunições disfarçadas de penitências) os próprios pecados. Ora, querer santificar-se mediante mérito próprio, sem depender de Jesus, equivale a rejeitar seu sacrifício na cruz. Tal atitude denuncia incredulidade, falta de conversão e rejeição a Jesus, cujo efeito imediato é o fechamento do coração à graça do Batismo no Espírito Santo.
Enfim, com o Batismo O recebemos, mas não basta somente recebê-Lo; é necessário que permaneçamos nELE e ELE em nós para usufruirmos da filiação divina, que é sua graça primordial. Podemos resumir as condições acima numa palavra: santidade. Com efeito, para permanecer cheio do Espírito Santo é necessário cultivar a santidade que ele dá àquele que o recebe.

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