GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Estamos na 3ª semana da QUARESMA. Este tempo está sendo propício para o nosso crescimento espiritual? Eis uma questão que somente você e DEUS podem responder. Vejamos que demos um retorno no Evangelho de Lucas (cap. 4). Em seu contexto, Lucas coloca que JESUS revelou-se como aquele no qual se cumprem as profecias e como alguém de alto saber por conhecer em plenitude as escrituras (Será um escriba???). Conforme o texto, observa-se que inicia-se a vida pública de CRISTO. Encontra-se em uma sinagoga, local de adoração e oração do povo. Esta na região bastante conhecida por ELE, diante de um povo que o conhecia desde sua infância. Sua atitude demonstra uma coragem e ousadia que todos deveríamos possuir. Proclama e se apresenta, aos presentes, como Profeta que cumpre a missão da maneira desejada por DEUS, utilizando as figuras de Elias e Eliseu, NÃO APENAS PARA OS JUDEUS, mas para todos os povos. Os nazarenos são convidados a refletir sobre o fato de que DEUS distribui seus Dons a quem bem quer. NINGUÉM pode alegar direitos. Sendo conhecido, de forma exterior, pelos presentes, estes não dão crédito a sua proclamação, por sentirem ultrajados, tomam reação violenta, diferente de Marcos (6,56) e Mateus (13,57). Por não aceitarem a UNIVERSALIDADE da Graça de DEUS. Para que tal fato não nos atinja como Cristãos, oremos da seguinte forma: "Ó DEUS, NA VOSSA INCANSÁVEL MISERICÓRDIA, PURIFICAI E PROTEGEI VOSSA IGREJA, GOVERNANDO-A CONSTANTEMENTE, POIS SEM A VOSSO AUXÍLIO ELA NÃO PODE SALVAR-NOS. POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, VOSSO FILHO, NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO. AMÉM". CONTINUEMOS A LECTIO.
O fato acontece na Sinagoga, local de oração e catequese, em que começa a ressoar a voz do Messias, respeitado, mas, ainda, não reconhecido. Aconteceu que uma boa nova ressoou aos ouvidos dos presentes para que provocasse estupor, tensão, que vai de uma entusiasmo passageiro a atitudes de dúvida, rejeição e violência. Aqui dois verbos tomam nova conotação: 'Boa Nova' e 'Proclamar' (apregoar). O primeiro verbo tem que direcionar a libertação de toda a opressão (física, econômica, política). Para a tradição judaica seria o ANO JUBILAR.
O que causa o momento atônito, é o fato do proclamador pronunciar a primeira pessoa, "EU", de forma consciente, concissa, verdadeiramente autentica, que na pronuncia se cumpra o inteiro teor da profecia. JESUS não lê um texto casual, mas o SEU TEXTO, pois sua existência lhe dá pleno sentido. Declara-se ungido (Sl. 2,7), por ANTONOMÁSIA. A proclamação causa uma desestrutura emocional. os presentes sentem o poder da proclamação, conhecem seu inteiro teor. Entretanto, visualizam o aspecto externo da pessoa do proclamador, como alguém comum de sua convivência, gera-se DÚVIDAS. Tal fato pede-se PROVAS (milagres), que desencanta e propicia INCREDULIDADE. Por fim, não acontecendo nenhum sinal, desenrola a indignação por se toranr usurpador do título messiânico, cujo fim é a morte. Sentido contraditório, o local de nascimento, possa se tornar local de execução. SERÁ QUE ACONTECE E NOSSOS DIAS???
REFLEXÃO: O pedido dos nazarenos parece legítimo, mas contrário ao intento de JESUS. O profeta, em virtude de sua vocação, NÃO DISPÕE DE SI, mas esta TOTALMENTE na DEPENDÊNCIA de DEUS. Exigir daquele um milagre, significa querer IMPOR a DEUS nossa vontade e esquecer que o milagre É UM DOM LIVRE de DEUS. Qualquer FÉ que exige milagres, não é uma fé verdadeira (por isto em minusculo). JESUS dirá: "... se não escutam nem a Moisés, nem aos profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se converterão ... " (Lc. 16,31). Em seu discurso de que não seremos aceitos em nossa pátria, lembra-nos da nossa rebeldia em não aceitar alguém do nosso meio, cujas 'Virtudes e Milagres' cremos conhecer, tornando juiz de nossa ação e interpretação, mesmo que este(a) fale em nome de DEUS. A FÉ verdadeira exige total superação do plano meramente humano (Lc. 8,21). Na falta, dificulta-se a prática da OBEDIÊNCIA CRISTÃ.
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