quinta-feira, 21 de abril de 2011

SANTA MISSA, BÊNÇÃO E IMPOSIÇÃO DAS CINZAS (HOMILIA DO PAPA BENTO XVI)

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! BENDIGAMOS AO SENHOR. DEMOS GRAÇAS A DEUS! Dando continuidade a nosso Blog, estamos agora colocando temas sobre a Doutrina da Igreja. Hoje meditaremos sobre a Homilia de Bento XVI sobre este período Quaresmal. Bom proveito:


Basílica de Santa Sabina
Quarta-feira de Cinzas, 9 de Março de 2011
Queridos irmãos e irmãs!

Iniciamos hoje o tempo litúrgico da Quaresma com o rito sugestivo da imposição das cinzas, através do qual queremos assumir o compromisso de converter o nosso coração para os horizontes da Graça. Em geral, na opinião comum, este tempo corre o risco de ser conotado pela tristeza, pela desolação da vida. Ao contrário, ela é dom precioso de Deus, é tempo forte e denso de significados no caminho da Igreja, é o itinerário rumo à Páscoa do Senhor. As Leituras bíblicas da celebração de hoje oferecem-nos indicações para viver em plenitude esta experiência espiritual.
«Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl 2, 12). Na primeira Leitura, tirada do livro do profeta Joel, ouvimos estas palavras com as quais Deus convida o povo judaico a um arrependimento sincero e não aparente. Não se trata de uma conversão superficial e transitória, mas de um percurso espiritual que diz respeito em profundidade às atitudes da consciência e supõe uma intenção sincera de correcção. O profeta inspira-se na praga da invasão dos gafanhotos que atingiu o povo destruindo as colheitas, para convidar a uma penitência interior, a dilacerar o coração e não as vestes (cf. 2, 13). Isto é, trata-se de tomar uma atitude de conversão autêntica a Deus — voltar para Ele — reconhecendo a sua santidade, o seu poder, a sua majestade. E esta conversão é possível porque Deus é rico de misericórdia e grande no amor. A sua misericórdia é regeneradora, gera em nós um coração puro, renova no íntimo um espírito firme, restituindo-nos à alegria da salvação (cf. Sl 50, 14). De facto, Deus não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva (cf. Ez 33, 11). Assim o profeta Joel ordena, em nome do Senhor, que se crie um ambiente penitencial propício: é preciso tocar a trombeta, dar o alarme, despertar as consciências. O período quaresmal propõe-nos este âmbito litúrgico e penitencial: um caminho de quarenta dias durante os quais experimentar de modo eficaz o amor misericordioso de Deus. Hoje ressoa para nós o apelo: «Convertei-vos a Mim de todo o vosso coração»; hoje quem é chamado a converter o coração a Deus somos nós, sempre conscientes de não poder realizar a nossa conversão sozinhos, unicamente com as nossas forças, porque é Deus quem nos converte. Ele ainda nos oferece o seu perdão, convidando-nos a voltar para Ele para que nos dê um coração novo, purificado do mal que o oprime, para fazer com que participemos da sua glória. O nosso mundo precisa de ser convertido por Deus, tem necessidade do seu perdão, do seu amor, precisa de um coração novo. (CONTINUA).

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