sexta-feira, 18 de julho de 2014

QUANDO O ATO DE SALVAR GERA A SOLIDÃO PROFUNDA. (DOS CONTOS DO MOCHILEIRO)

 

GRAÇE PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORA! BENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUS. Estava a vagar em estradas sem fins, no seu coração ressoava um estrondo de sentimentos que mais sufocavam-no, do que realizavam o dom da vida. Sustentava-se pelas memórias várias de dias gloriosos de conquistas, quando muitos se voltavam e o reverenciavam, muitos pelo olhar, outros com palavras e alguns com gestos perfeitos de um carinho surpreendente. Mas, e o HOJE? Se tornou um solitário, sem morada, sem poder aquiescer seus pés e a própria cabeça. Tal história lhe poderia ser-lhe semelhante a outro acontecimento, no qual alguém seria considerado como Rei e depois seria sacrificado. Durante o vasto galgar das estradas, lágrimas corriam dos olhos, e em um instante insano, adveio uma resposta singular: E COMIGO ACONTECERÁ A MESMA COISA? O medo ressoou com sabor de fel em seus lábios e desceu como que estilhaços de vidros que abriam forte feridas pela garganta. A medida que avançava no contexto daquela história, uma sensação de extremo pavor sobreveio-lhe, de uma intensidade suprema, relembrando os acontecimentos e situações. A dor maior não lhe eram os ataques nefastos dos itens de flagelação, mas o de observar que muitos que assistiam a punição foram tão beneficiados com seus gestos e ações, de que estes lhes eram tão caros, preciosos, que seria este o motivo de estar em prontidão e aceitar a usura dos carrascos, o AMOR que fluía em seu coração, e falta da compreensão de COMO PODERIAM TROCAR ESTE BEM PRECIOSO POR MIGALHAS LANÇADAS AO CHÃO? CONTINUA A REFLEXÃO!!!


De repente, e novamente, um DOR insuportável atacou-lhe a alma, era algo sobrenatural inexplicável, mas era algo a ser semelhante que lhe acontecia. Um sentimento horripilante, pois como um filme perpassava seus próprios acontecimentos e situações. Das vezes que se aproximou de tantos e lhes estendia as mãos, e visualizava os olhos, não sentia mais o valor de suas alegrias, motivações, mas como algo negativo repelia ao próprio esquecimento. Sentia-se muito mais como doente, ferido de lacerações profundas e que pela sua estrutura e situação ocasionava o asco e a exclusão, como algo contagioso, entretanto, tais feridas e lacerações foram por eles próprios ocasionadas, erra a permuta para estarem vivos e livres, Mas, o que viam eram suas feridas, como culpado e denegrido de sua condição anterior (Líder), neste instante era um pobre coitado. Porém, mesmo o sendo, sendo o são e o que lhes fora oferecido, deveriam dar-lhe as mãos, pelos menos o consolo para descansar a alma. do contrário, sem palavras afins, apenas o anunciavam: VÁ EMBORA! Pior, do que qualquer flagelação é o repudio, a exclusão, que denigre não o SER, mas a ALMA, que escorre não sangue, mas a própria vida, e esta se torna frágil. Ahhh! Agora entendia o porque do vagar nas estradas em pura solidão. ONDE IR? SE TODOS O OLHAVAM COMO RENEGADO, QUEM PODERIA DAR-LHE APOIO E CONSOLO? ONDE ENCONTRAR? A dor perene e continua, perturbava lhe os sentidos, e como veneno o Velho Homem sentava-se ao lado e lhe perpassava toda a história e acontecimentos, e pedia-lhe insistentemente:  DEIXE-ME REVIVER? DESISTIR DE TUDO? E POR QUE NÃO? QUEM SE IMPORTA? Porém, a imagem do Homem Novo ressoava como brisa e insistia que tudo que fora efetivado fora por vontade própria, nada obrigado, e que se alguém possa ser culpado, este seria o Homem Velho e, claro, o 'EU'. Era o preço máximo, DAR SEM RECEBER. Algo incompreensível aos homens, e se não o compreendem, se não aceitam, demonstram a sua própria fragilidade e limitação, pois em hipótese alguma tinham alcançado a ESTATURA MÁXIMA. Quando se aproxima da CRUZ, se prediz que em tudo CRESCEU e DESENVOLVEU na ESTATURA DAQUELE QUE TUDO DEU. É muito mais que um acontecimento de dor e solidão, é a pura VITÓRIA, a superação de todos os obstáculos possíveis e que venceu-se o pior de todos os inimigos: A SI MESMO. Neste momento, SE TORNA LIVRE AO EXTREMO, pois da própria vida se desvencilhou, e a entregou como melhor oferta. Sim, continua limitado e fraco, mas algo de extraordinário aconteceu, subiu um DEGRAU da SANTIDADE, desta luta infame de rasgar sua carne, alma e espírito, e a DAR para DEUS. FAZ TODO O SENTIDO. SIM! Agora, chorava novamente, sentia DOR e muita, muita SOLIDÃO, mas as lagrimas eram como chuva que arrefecia a terra, seca e quente, era como pedras preciosas, vindas do coração de DEUS, que escorriam sobre a face de um VERDADEIRO GUERREIRO E VENCEDOR. O PIOR DOS DEMÔMINOS ESTAVA SENDO VENCIDO. SÓ DEUS BASTA. Desta feita, naquela imensa estrada, não mais se encontrava SOZINHO, o carro estava cheio, JESUS ao lado, o ESPÍRITO atrás do motorista, MARIA  a interceder atrás também, e uma miríade de anjos que voavam aos lados do veículo. E tudo era uma canção de VITÓRIA. AMÉM. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.

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