GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORA! BENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUS. Bem, neste texto iremos desenvolver o conteúdo exarado no 'RETIRO DE PÁSCOA' elaborado em Itabaiana acerca do momento profundo da 'SEMANA MAIOR'. O ínicio aconteceu na 'QUINTA FEIRA SANTA', e a fundamentação bílbica será a passagem de Jo. 13 e Mc. 14. Coo disciplinado no textos evangélicos, observamos uma REUNIÃO, ou melhor, um ENCONTRO, alude ao significado de AGOSTINHO acerca da ORAÇÃO: "UM ENCONTRO DE UM DEUS QUE TEM SEDE, PARA QUE TENHAMOS SEDE DELE". Algo de magnânimo ocorre neste instante, existem dois fatos fundamentais que devem ser anotados: 1)
PRESTAÇÃO DE SERVIÇO ESCRAVO POR PARTE DE JESUS e 2) DISCURSO DE DESPEDIDA (ORAÇÃO
SACERDOTAL). Em sua maioria, os teológos afirmam categoricamente que a ÚLTIMA CEIA se torna a
‘HORA’ DE JESUS, pois será a partir dela que ocorrerá a 'PASSAGEM' (METABAÍNEIN – METABÁSIS), em semelhança ao acontecimento da 'PESSACH' judaica. Esta 'HORA' será do AMOR, não de qualquer tipo, mas, AQUELE que vai 'ATÉ O
FIM'. Diante desta assertiva compreende-se a essência do VERDADEIRO AMOR, o 'ÁGAPE', no qual este AMOR se torna um PROCESSO DE
PASSAGEM, ou melhor ainda, de "TRANSFORMAÇÃO", pois através DELE, podemos observar uma saida dos 'LIMITES' da condição humana, agora voltada para à MORTE. Na verdade, notadamente, analisamos que nós todos estamso separados uns dos outros, como uma barreira impenetrável, acabamos por excluir o OUTRO de nossa vida, mesmo sem adentrar em méritos, o que nos afasta da nossa verdadeira essência. Desta feita, compreende-se que o AMOR exarado por JESUS nesta QUINTA-FEIRA SANTA, é aquele que "VAI ATÉ O FIM" (METABÁSIS), ou seja, AQUELE QUE SAI DAS BARREIRAS DA INDIVIDUALIDADE FECHADA. Em suma, É
A IRRUPÇÃO NA ESFERA DIVINA (BENTO XVI). CONTINUA A FORMAÇÃO!!!
Eis 'A HORA DE JESUS', é a
GRANDE PASSAGEM do ir a MAIS ALÉM, através do AMOR ÁGAPE (ATÉ FIM). Ao proferir na CRUZ ‘ESTÁ CONSUMADO’
(TETÉLESTAI – JO. 19,30), apenas manifesta o que na prática tinha efetivado na SANTA CEIA. Firma-se concretamente uma 'TOTALIDADE DA DOAÇÃO', melhor explicitando, é o 'DAR-SE A SI MESMO ATÉ A MORTE'. Agora, contrariando o pensamento filosófico vigente (EXITUS E REDITUS), o sair de CRISTO pressupõe um ATO DA VONTADE DE DEUS, nunca provindo de uma QUALIDADE HUMANA. Este proceder de AMOR, ou DESCIDA
(EXITUS), acaba por nos confirmar a sua verdadeira NATUREZA (AMOR À CRIATURA). Será a prefiguração do PASTOR, que é BOM, que visualiza a 'OVELHA PERDIDA', e vai ao incalço de sua VIDA, e observe-se que sequer estamos revelando a vontade da 'OVELHA'. Esta 'CEIA' nos revela que nesta DESCIDA JESUS se mostra o que concretamente 'ELE É' (EU SOU). Do contrário do entendimento Filosófico (PLOTINO), que menciona que a SUBIDA, neste entender, dever-se-ia largar o que peso ou o que não presta, DEUS 'NÃO DESEMBARAÇA DA
SUA HUMANIDADE', mas, contrariamente, se firma, agarra e se molda, e cuja finalidade desta 'DESCIDA' será a de 'ACEITAR' e 'ACOLHER' TODOS OS HOMENS e regressar juntamente com ELES ao PAI (PASTOR). Logicamente, CRISTO não regressa ao PAI sozinho,
NÃO ABANDONA A CARNE, mas, atrai a TODOS PARA SI (JO. 12,32). Assim, esta METABÁSIS vale para a TOTALIDADE, em que DEUS expressa de forma ímpar que quer reunira a TODOS (SEUS), FAMÍLIA DE DEUS, inclusive os ESTRANGEIROS (são SEUS também - BENTO XVI). Desta feita, compreendemos o GESTO do "LAVA-PÉS". Neste ato, até que simplório, JESUS (FL.2) humilha-se a SI mesmo, praticando um gesto contrário ao de ADÃO, que intentou buscar apoderar do que é DIVINO. Assim, CRISTO a cedeu, DIVINDADE, em prol da humanidade. Se torna um GESTO SIMBÓLICO, no qual caracteriza um DESPOJAR de seu esplendor DIVINO, e ao ajoelhar e o lavar e enxugar os PÉS (o que é humano) SUJOS, favorece-nos e efetiva de forma UNIVERSAL a possibilidade de nos TORNAR CAPAZES DE
PARTICIPAR DO BANQUETE NUPCIAL DE DEUS. Assim, este 'AMOR ATÉ FIM' de CRISTO nos purifica (LAVAR), e seu significado é um AMOR SERVIÇAL, que lança fora toda a soberba humana e nos torna CAPAZES DE DEUS (PUREZA). Agora, imaginemos um 'DESEJO' ímpar de nos purificar, e de anacrônica, ocorre uma expressão NEGATIVA: "NÃO QUERO". É POSSÍVEL? SIM. Ocorre a intenção de PEDRO, ao não aceitar tal situação, ao ver o MESTRE tomando uma iniciativa de 'SERVO', anela que tal atitude é destrutiva na IMAGEM do CRISTO e impossível de ser praticada. Na verdade está firmada a interpretação errônea da IMAGEM DO CRISTO, ainda em PEDRO esta agregada a mesma intenção farisaica dos opositores de JESUS, e por isto CRISTO interpela com “VÓS JÁ ESTAIS PUROS”. O QUE SIGNIFICA? Ora, para estar diante de DEUS deve-se estar PURO (TER COMUNHÃO). Diante disto compreende-se PUREZA com LUZ, e tendo esta acepção, quanto maior o estado de ILUMINAÇÃO, mais se pode observar o estado de SUJEIRA, e nesta constatação, mais de purificação se há de necessitar. Talvez o medo de PEDRO de se enxergar verdadeiramente é que o precipitou a negar a ação purificadora do CRISTO. E HOJE, O QUANTO FUGIMOS DESTA PURIFICAÇÃO? QUANTAS BARREIRAS COLOCAMOS PARA CRISTO QUE NOS QUER LIMPOS? FUGIMOS OU COLOCAMOS NOS OUTROS A NOSSA PRÓPRIA DIFICULDADE DE ENXERGAR O NOSSO REAL ESTADO? Portanto, o estado de SER PURO é necessário para se ENCONTRAR COM DEUS, e desta feita, esta o fato das religiões criarem os sistemas de purificação, exatamente para facilitar a possibilidade de ACESSO A DEUS. Fica fácil compreender que PURIFICAÇÃO = SANTIDADE (Mc. 7, 14-23), no qual se torna uma virada conceitual de pureza, em que ser PURO não são as ações rituais que dão substancia de SANTIDADE, mas, sim, a realidade do CORAÇÃO, será o aspecto genuíno que confirma a pureza do SER. Entretanto, COMO SE TORNA PURO O CORAÇÃO? Muitos intentam em várias ações para firmar uma pureza interna, através de gestos e ações profundas, mas uma questão é inraizante neste entendimento: QUEM
PODE VER A DEUS (MT. 5,8)? Logicamente que foi DEUS que tomou a DECISÃO de não fazer quaisquer distinções e favorecer o encontro, foi o AMOR que permitiu com que DEUS se volte ao Homem, e não uma decisão autonoma humana. Assim, fica evidente que a FÉ nasce, não porque queremos, mas PORQUE
SOMOS TOCADOS PELO ESPÍRITO SANTO. Será desta forma que a PALAVRA penetra-nos e transforma os PENSAMENTOS/VONTADE/CORAÇÃO. É UM ABRIR DE OLHOS, para quem se encontrava CEGO. NO LAVA PÉS, JESUS nos consagra
(HABILITAR AO CULTO DIVINO - JO. 17,17), e assim, o nosso LAVACRO (lugar de purificação) se torna o próprio CRISTO, no qual torna o homem capaz de DEUS. Em suma, em CRISTO o Homem se torna IMERSO em DEUS (gota d'água no vinho), liberado da imundice do pecado que o separa de DEUS. Portanto, o 'LAVACRO' É O AMOR DE JESUS (BENTO XVI). No Evangelho de JOÃO, compreendemos que JESUS é que nos indica o caminho, e NELE (HOMEM E DEUS), nos tornamos CAPAZES DE DEUS, e desta feita, nos é necessário permanecer em seu CORPO (Igreja), para ficarmos permeados de sua presença. Enfim, PUREZA É ATO DE DEUS. No momento do LAVA PÉS nos direciona para pontos fundamentais de nosso comportamento cristão: PELO EXEMPLO
DEVEMOS FAZER O MESMO (Jo. 13,14-15). Fica a direção do 'COMO': 1) SIMBOLO DA MORTE DE CRUZ
e 2) EXEMPLO HUMILDADE SER SEGUIDA (SACRAMENTUM E EXEMPLUM). Este ato é SACRAMENTUM porque purifica e é EXEMPLUM porque para deixar perdurável este DOM JESUS, deve ser seguido pelos DISCIPULOS (NÃO É ATO MORAL). Fica claro que CRISTO age em NÓS, e a nossa ação se identifica com a DELE (Jo. 14,12), e logicamente, o MODO DE AGIR DE JESUS TORNA-SE O NOSSO (ELE MESMO AGE EM NÓS). No próximo texto iremos dar continuidade nesta QUINTA-FEIRA SANTA QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.
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