quinta-feira, 10 de março de 2016

AGOSTINHO, MUITO MAIS DO QUE UM SANTO! UM HOMEM (UM HINO A HUMANIDADE - 2ª PARTE).


GRAÇE PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORA! BENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUSEfetivando a REFLEXÃO acerca da VIDA DE SANTO AGOSTINHO, observamos em que sua época já existia no íntimo da sociedade um 'CHAMADO' tão avassalador que entorpece a muitos da aristocracia (Paulino de Nola que se torna Bispo - fim Sec. IV), de forma inusitada ocorre o abandono espontâneo das coisas do mundo, havia um novo INTERESSE, o de fomentar um novo ciclo de pessoas, de AMIGOS, no sentido de serem não mais de famílias nobres ou de linhagem perfeita, mas constituída por aqueles que se distinguem pelo "CHAMADO DE DEUS"AGOSTINHO compunha sua mesa com tais pessoas, não conversavam sobre pessoas ou coisas, eclodiam sobre a força do AMOR DE DEUS, de sua MISERICÓRDIA, e de tudo em referência a nova CIDADE, que posteriormente se tornaria seu livro célebre: CIDADE DE DEUS. Era uma época posterior ao 'MARTÍRIO' (TESTEMUNHO), agora se presava uma nova VIDA, posterior ao 'BATISMO', sendo o auge do Homem a sua CONVERSÃO. Disto entoa-se a importância do livro CONFISSÕES, que serviu como luva e apoio para os 'SERVI DEI' (HOMENS DO ESPÍRITO), pois se tornaria um roteiro de uma 'CONVERSÃO NOTÁVEL e SURPREENDENTE', constituído de pedidos de preces, e uma insaciável busca profunda e concreta da perfeição, predizia de tal forma que as AMIZADES eram formadas no CÉU, no sentido em que era DEUS que as predestinava, pois suas ALMAS era o seu 'EU INTERIOR'. Compreende-se por tal teor, o 'POR QUE DE AGOSTINHO AMAR PROFUNDAMENTE A AMIZADE', indo muito além. CONTINUA A REFLEXÃO!!!


Sentia AGOSTINHO quase que obrigado a se revelar aos outros, como o DEUS de AMOR tinha-se revelado a ele, deveria irradiar o que tinha experimentado, e mais, queria e desejava se tornar escancarado para seus 'AMIGOS', como uma fonte que jorra continuamente. A palavra solidão não mais fazia parte de seu vocabulário. Agostinho em suas cartas efetivavam tanta empolgação, pois tinha uma ÂNSIA suprema de estar com seus AMIGOS, de sentir o calor e o aroma de cada um deles, um eterno vazio quando não os via. "... um rosto, um olhar (...) capz de falar de uma alma oculta no envoltório da carne ...". Apenas que desejava que um dia poderia transmitir a outra pessoa tudo o que sentia por ela. Logicamente sabia o quão difícil era suportar o peso de se REVELAR a seus semelhantes., perante pessoas falhas, as vezes, piores do que 'EU', mas tinha NECESSIDADE DE SER TÃO TRANSPARENTE COMO DEUS O ERA. Por isto, AGOSTINHO era e sempre será IMPORTANTE, pois no livro CONFISSÕES Ele se expressa de acordo com seu ideal, sendo expansivo, que precisava da companhia de AMIGOS, no qual nunca se contentaria com um mundo de almas desencarnadas. CONFISSÕES é um livro que entoa uma volta ao passado de forma angustiada, com tom urgente: "... EU VOS IMPLORO, CONCEDEI-ME PERCORRER EM MINHA MEMÓRIA AS ESPIRAIS PASSADAS DE MEUS ERROS ...". É um texto de RECONCILIAÇÃO CONSIGO MESMO (CURA INTERIOR), e que na época tinha um teor de puro espanto: 'COMO UM HOMEM SÁBIO E SANTO ERA DESTA FORMA?', redigidas na forma de prece a DEUS, pois sua constituição tinha uma conotação de reviramento do coração, purgação do olhar interior, para provocar o intelecto e os sentimentos dos Homens a si: "... CONCEDEI-ME, SENHOR, SABER E ENTENDER ...". AGOSTINHO se expressa neste livro como ouvinte atento, ofegante, meticuloso, formulador impertinente de perguntas incômodas, mas caracteriza DEUS de uma forma singular e amorosa: "DEUS DO MEU CORAÇÃO (DEUS CORDIS MEI); DEUS MINHA DOÇURA (DEUS DULCEDO MEA)". CONFISSÕES são um manifesto do INTERIOR, era algo do pensamento filosófico, adquirido por AGOSTINHO em suas peregrinações de conhecimento, que o fazia compreender que o Homem NÃO TERIA ESPERANÇA ALGUMA DE ENCONTRAR A DEUS, SEM SE ENCONTRAR CONSIGO MESMO. Pois era algo comum do humano FUGIR para 'FORA', perdendo o contato consigo, vagueando longe do coração, pior o 'ESCONDENDO DENTRO DE MURALHAS': "... ESTÁVEIS BEM DIANTE DE MIM, PORÉM EU ME APARTARA DE MIM E, SE NÃO PODIA ENCONTRAR A MIM MESMO, MUITO MENOS ENCONTRARIA A VÓS ...". Portanto, CONFISSÕES são a 'HISTÓRIA DO CORAÇÃO'. Fica claro que a VIDA AFETIVA é importantíssimo para o CRESCIMENTO PESSOAL. AGOSTINHO entendia que os afetos se não fossem trabalhados, se tornariam fraquezas ferozes, mas acreditava que podiam ser transformados, direcionados para algo proveitoso, mas que para tal intento seria necessário EXAMINAR analiticamente cada um (CONTEMPLAR): "... EU AINDA NÃO AMAVA E JÁ GOSTAVA DE AMAR (...) GOSTANDO DE AMAR, PROCURAVA UM OBJETO PARA ESSE AMOR ...". O foco de AGOSTINHO é a 'VONTADE', pois mesmo que o Homem intentasse escolher o bem, descobria-se incapaz de seguir, pois estava envolvido por atos anteriores que lhe formavam seus hábitos, e mesmo livre, se tornava prisioneiro. Assim compreendeu que o que diferenciava os homens era esta mesma 'VONTADE', no qual o passado humano estava amalgamado no seu presente, não existe em si uma (apenas) luta contra uma força maléfica, mas uma tensão na própria memória, BATALHA com a natureza exata das experiências pregressas: "... O INIMIGO DETINHA O CONTROLE DE MINHA VONTADE, E DELA FORJAVA UMA CADEIA COM QUE ME APERTAR (...) E TUDO ERA SÓ NÃO QUERER O QUE EU QUERIA, E QUERER O QUE VOS QUERÍEIS ...". CONFESSIO era a 'acusação a si mesmo', assim, a consciência primeira do Homem é buscar a sua CURA, o que direcionava a aceitação da responsabilidade do que se era, acolher de bom grado a dependência e que estava fora do controle e acreditar exclusivamente na MÃO PODEROSA DE DEUS que continuamente esta sobre nós. O caminho é 'CONFESSAR', e evitá-la se torna modo maniqueísta, cheio de soberba e orgulho, ao aceitar a culpa, sobrevêm a confiança, não em si, mas naquele que sempre e continuamente AMA, e por isto, para ficar mais próximo, mais íntimo, mais TUDO, AGOSTINHO confessava-se de todas as formas e modos, pois para ele a fisionomia da verdadeira devoção serão as 'LÁGRIMAS DA CONFISSÃO'. AGOSTINHO gritava em si: "... E O QUE SOU EU, Ó MEU DEUS? QUAL É MINHA VERDADEIRA NATUREZA? ...", pois sabia que nenhum homem poderia conseguir sondar seu coração por completo, por mais preparado ou sábio que fosse, pois o CORAÇÃO era vasto e ilimitado, complexo e misterioso, como DEUS o É, e assim, não se poderia conhecer toda a personalidade humana, e ninguém teria a certeza total de si mesmo daquilo que a própria mente teria aceitado. Só existia algo, o colocar a disposição de DEUS a ALMA: "... ORDENAI-ME O QUE QUISERDES, MAS DAI-ME O QUE ME ORDENARES ...". AGOSTINHO por causa desta 'CONFESSIO' nunca aceitou ficar SOZINHO, tinha AMIGOS, e somente estes o poderiam 'PERDER METADE DE SUA ALMA' e somente uma NOVA AMIZADE a curaria. AGOSTINHO dizia: "... CONCEDEI-ME O QUE AMO, PORQUE ESTOU INEBRIADO DE AMOR ...", pois para se tornar SÁBIO, deve-se primeiro CONHECER A SI MESMO. Como é bom falar de AGOSTINHO, planifica a alma conhecer um SANTO TÃO HUMANO, tão NÓS. Espero que tais reflexões possam auxiliar na caminhada de muitos, e no próximo texto aprofundaremos nesta magnífica figura. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.

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