terça-feira, 12 de dezembro de 2017

O SENTIDO REAL DO CHAMADO 'TEMPLÁRIO'


GRAÇA e PAZ (סד ושלום - PAX ET BONUM)! Nos tempos atuais, quando diversas dificuldades e antagonismos intuem em soterrar a Igreja, suas doutrinas, ações e direcionamentos. Determinados 'Grupos' intentam em anular a verdadeira essência da Igreja, subjugando várias raízes, instituições, agrupamentos, distorcendo suas histórias, objetivos e ações. Entre tantas instituições, uma das mais agressivamente atacada é a ORDEM dos POBRES CAVALEIROS de CRISTO e do TEMPLO de SALOMÃO (Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici), ou TEMPLÁRIOS ou ORDEM DO TEMPLO (Ordre du Temple ou Templiers - francês). Ao contrário do que se possa agregar erroneamente sobre esta ORDEM MILITAR de CAVALARIA, sobre mistérios e enigmas e diversas associações com grupos e feitiçarias, tudo não passa de pura FANTASIA ou MENTIRAS esfarrapadas. Os TEMPLÁRIOS possuem ligação direta com a SANTA IGREJA, e jamais contra a mesma. A ORDEM TEMPLÁRIA tem conexão direta com as CRUZADAS, cujo objetivo ÚNICO era proteger os CRISTÃOS do Oriente, que sempre se reunião em JERUSALÉM para viver sua espiritualidade {CONCÍLIO de CLERMONST - 1095 - PAPA URBANO II - OUTREMER (ULTRAMAR)}. O intuito fora alcançado em 1099, com a conquista do Reino de JERUSALÉM, e assim a VERTENTE FÉRTIL ficou no poder dos LATINOS. No século XII, as peregrinações ficaram perigosas, constantemente ATACADOS por Muçulmanos (assaltantes), fazendo com que o Rei de JERUSALÉM, BALDUINO II, pedisse ajuda a Roma. CONTINUA O TEXTO!


Em 1118, apresentam-se perante BALDUINO II nove (oito?) Cavaleiros, a frente HUGO DE PAYNS (PAYENS), entre os mesmos estava, também, ANDRÉ DE MONTBARD (Tio de SÃO BERNARDO), para prestar serviço de proteção aos Peregrinos e dos Padres. Como eram religiosos, buscaram experimentar a VIDA MONÁSTICA, sob a tutela dos Votos de Castidade, Obediência e TOTAL Pobreza, e de início, foram denominados de 'POBRES CAVALEIROS DE CRISTO' (PAUPERES COMMILITONES CHRISTI). BALDUINO II os aceitou e lhes concedeu, como estadia a Mesquita de "Al-qsa" (antiga morada real), que fica ao lado da Mesquita do Domo da Rocha, transformada em Capela pelos AGOSTINHOS, ambas situadas no Monte do Templo de SALOMÃO. Durante 10 anos viveram a vida Monástica em plenitude, seguindo estritamente a Regra dos Agostinianos, mas, diante da unidade dos Muçulmanos, direcionaram-se para a Europa para pedir apoio. Buscaram o apoio de SÃO BERNARDO DE CLARAVAL (Cistercense - Beneditino reformado) em busca de reconhecimento da Igreja como uma ORDEM, e alcançaram sucesso. Em 1127, com S. BERNARDO, os Cavaleiros receberam o reconhecimento PAPAL (Concílio de Troyes - Papa Honório II - 1129), em 1139, com a aprovação da Bula Papal (INOCÊNCIO II - Omne datum optimum"Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique Salominici". Como orientador espiritual dos TEMPLÁRIOS, S. BERNARDO elabora a Regra destes Cavaleiros (LAUDE NOVAE MILITIAE), que mostrou a compatibilidade entre a vida de cavaleiro e religioso, tornando-se uma 'VOCAÇÃO ESPECÍFICA'. Posteriormente, obteve esta Ordem um crescimento em sua infra-estrutura (comunitária, financeira, instituição, etc). Elaborada a REGRA rígida TEMPLÁRIA (BERNARDO), a Ordem se torna popular, poderosa e rica, pela confiança na qualidade da pessoa do CAVALEIRO TEMPLÁRIO, tornando-se maiores dos que os REIS europeus, o que claro gerou muitos CIÚMES. O RHEMA TEMPLÁRIO "Non nobis Domine, non nobis, sed nomini tuo ad gloriam" (Não à Nós, SENHOR, não à nós, mas pela Glória de teu Nome - Sl. 115,1 - Vulgata Latina). O alistamento de seus membros era extremamente rígida: 1) Indicação por um BISPO; 2) Ser um AUTÊNTICO CRISTÃO; 3) Conhecer a REGRA TEMPLÁRIA; 4) Viver os VOTOS de CASTIDADE, POBREZA e OBEDIÊNCIA. A iniciação era efetivada por uma cerimônia religiosa por um Padre da ordem, e a instrução e treinamento dos candidatos era extremamente rígida, proporcionando uma VIDA de AUSTERIDADE SUPREMA, capacitando-os como excelentes guerreiros nas artes da luta, e do desprezo da PRÓPRIA VIDA, ou seja, não tinham MEDO DA MORTE. Eram respeitados pelos inimigos diante de sua Honra e Conduta religiosa, renegavam com desprezo a liberdade oferecida pelos muçulmanos em troca da apostasia de sua FÉ, e portanto fieis à CRISTO com RADICALIDADE. Se dizia que os TEMPLÁRIOS eram "LEÕES DE GUERRA e CORDEIROS NO LAR" (JACQUES DE VITRY), reconhecidos como o TERROR dos MUÇULMANOS e extremamente CARIDOSOS com os CRISTÃOS. Conforme a própria REGRA, o TEMPLÁRIO entrava POBRE e terminava POBRE, não tendo nenhum direito aos bens da ORDEM, bem como os seus descendentes, apenas a HONRA e ao NOME que carregava consigo. O término da ORDEM deveu-se, exatamente, as artimanhas do Rei da França, FELIPE IV (O Belo), cuja aceitação de filiação à Ordem fora recusada (não aceitação do voto de pobreza), começou a perseguição na França, e posteriormente em toda a Europa, ao manipular o Papa CLEMENTE V, extingue-se a ORDEM TEMPLÁRIA em 1312 (bula Ad providam) que transfere alguns dos bens da Ordem aos Hospitalários (Outra Ordem Militar da época). Em suma, é tendencioso, mentirosa e utópica TODA E QUALQUER associação da ORDEM TEMPLÁRIA com a MAÇONARIA, BRUXARIA, LENDAS e RELÍQUIAS. Que fique claro que esta ORDEM é reconhecida pela IGREJA CATÓLICA, e os desvaneio heréticos nunca tiram o brilho e magnitude deste SONHO de um SANTO. "XPISTI SIGILLUM MILITUM". QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.
(OBS.: FONTES: SITE PADRE PAULO RICARDO - PIERS PAUL READ, OS TEMPLÁRIOS. A HISTÓRIA DRAMÁTICA DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS, A MAIS PODEROSA ORDEM MILITAR DOS CRUZADOS. IMAGO, 2001 - RÉGINE PERNOUD. OS TEMPLÁRIOS. EDIÇÕES EUROPA-AMÉRICA. 1974 - BARBARA FRALE, OS TEMPLÁRIOS. EDIÇÕES 70. 2011)

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