segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

MODELOS DE LIDERANÇA (Conclusão)

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Caríssimos, vamos dar continuidade a formação de LIDERANÇA, seguindo o passo contido no meu pequeno livro: "MANUAL DO LÍDER SERVIDOR", vamos destrinchar a figura do segundo modelo de Liderança. PETRUS. Enfatiza-se que em relação ao Apóstolo, a base primordial para o nosso estudo são as fontes Bíblicas e a arqueologia histórica, que nos favorece uma possível discrição do “Príncipe dos Apóstolos”.
O encontro inicial de Pedro com JESUS é narrado e desenvolvido no Evangelho de São Lucas . Neste desenrolar bíblico temos uma possibilidade de conhecermos o temperamento e o trabalho de S. Pedro. Pelo que consta na narrativa observa-se, inicialmente, que o primeiro Papa tinha a função de ‘Pescador’, e seguindo os contextos bíblicos , era filho de João e tinha como irmão Santo André . Nasceu em Betsaida, e posteriormente, morou na cidade de Cafarnaum, o que lhe confirma a função de pescador, pois segundo estudos arqueológicos tem-se conhecimento que esta cidade é a mais próxima do ‘Lago de Genesaré’ (‘Mar da Galiléia’ ou ‘Mar de Tiberíedes’).
A análise sócio-literário-histórico dos Hebreus revela-nos a idéia preconceituosa dos Fariseus em relação aos habitantes da Galiléia, onde a causa originária precede a divisão do Reino Hebreu , bem como o fato da influência social, religiosa e econômica do Império Assírio-Babilônico, o que proporcionava a ocorrência de sentimentos depreciativos acerca dos Galileus pelos habitantes do Reino de Judá.
Dos pressupostos iniciais pode-se analisar o ‘por que’ do gênio forte e temperamento impulsivo do ‘Apóstolo dos Apóstolos’, pois a vida de uma região pobre e desvalorizada pela gestão governamental da época, onde as únicas fontes de reservas econômicas eram a agropecuária e a pesca fica fácil entender sua figura simples, rude e de pouca instrução, bem como o status de sua vivência e experiência no trabalho braçal. Além de que o seu sotaque e maneirismos já o identificavam-no como um nativo inculto da fronteira da galiléia . Por esta prática fora-lhe moldado virtudes que lhe favoreceram na formação e orientação da Igreja de CRISTO, baseado na persistência, fibra, coragem e iniciativa pessoal, pois não se deixava abater pelas adversidades apresentadas, típico de um bom pescador.
Soma-se um coração generoso e repleto de bondade aprendido da relação com outros pescadores e com a população pobre com quem convivia. Deste ponto, entende-se a eleição Petrina por CRISTO, por suas decisões impensadas, medidas ou raciocinadas, como no encontro com JESUS e o reconhecimento da autoridade do Messias, bem como sua humilde e espantosa reação de prostar-se aos pés de CRISTO, reconhecendo-se pecador.
Na realidade Pedro era um homem de contrastes, que passava de um extremo ao outro, com temperamento volátil, imprevisível, que muitas vezes deixou Pedro em dificuldades, mas, o próprio ESPÍRITO SANTO o moldaria num líder, dinâmico, da igreja primitiva, um "homem-rocha" em todo o sentido.
Dos Evangelhos tem-se ciência de que era casado, e que em sua casa viviam o próprio Pedro, sua esposa, seu irmão André e a sua sogra. Igualmente, aceitando a eleição atribuída, e observando a presença de sua sogra na sua casa, os estudiosos deduzem que a esposa de Simão era o seu importante apoio, pois exercia uma atividade auxiliadora, provavelmente ligada à pescaria. Portanto, subtende-se, que inicialmente, JESUS fez de Cafarnaum a sua cidade sede e de onde partia para todas as incursões evangelizadoras, pois sempre que retornava a cidade, era na casa de Pedro que permanecia .
Com base nestas fontes, Simão foi o primeiro dos discípulos a professar a fé de que JESUS era o ‘Filho de DEUS’. É o primeiro a falar, é o primeiro a agir. É impulsivo, tempestuoso, talentoso, entusiástico, extremista e extrovertido. Porém, com tudo isso, Pedro se mostra uma pessoa humilde e sensível. É esse acontecimento que leva Jesus a chamá-lo de Pedro (Latim é Pedra – Grego é rocha), a pedra basilar da nova crença . Ademais, é o nome que mais é citado no NT dentre todos os Apóstolos.
Acentua-se que, nas muitas oportunidades que JESUS falou ao povo, utilizou-se da barca de Pedro para ajudá-lo na evangelização, quer na função de apoio, quer como transporte para atravessar o Lago de Genesaré. Também foi com o barco do Apóstolo Pedro que ocorreu às famosas pescarias milagrosas , ricas de simbologias e repletas de significados. Poderia-se ousar, utilizando uma analogia simbólica, que a Barca de Pedro representa a própria Igreja, e, então, aduzir que fora da Barca de Pedro não se encontra JESUS, ou melhor, ELE sempre será encontrado na Barca de Pedro. Por toda esta ampla demonstração de fatos concretos e explicativos, compreendemos o ‘por que’ a Igreja teve em Simão Pedro o seu primeiro timoneiro ou primeiro Chefe e também, onde se encontra JESUS.
Apesar deste visível plano preferencial desde o início, faz-se mister distinguir que CRISTO não “nomeou” o seu Discípulo para uma atividade imediata ou para o cargo de Chefe em exercício, mesmo ‘porque’ JESUS ainda estava presente e atuante no cumprimento de sua Divina Missão . Ademais, Pedro não escreveu tanto como João ou Mateus, mas emergiu como o líder mais influente da igreja primitiva.
CRISTO buscou ensinar aos Discípulos uma nova forma de exercer a autoridade, sem oferecer margem as atividades do maligno, que fomenta a disputa, o orgulho e a vaidade. E fez isto sem tirar o direito de quem verdadeiramente tem, colocando de modo perfeito a necessidade de todos, sem exceções, cultivarem a humildade, a simplicidade e a fraternidade, como providências insubstituíveis para se viver bem e em harmonia com a vida, como tantas e tantas vezes ELE mesmo procedeu, dando o seu exemplo. Todavia, foram vários os momentos de demonstração de uma visível preferência por Simão Pedro:
Mandou que ele andasse sobre as águas; levou-o para testemunhar a ressurreição da filha de Jairo; levou-o para presenciar a Sua Transfiguração no Monte Tabor; Discursos exortativos no Pentecostes e de diversas curas ”.
JESUS tinha plena ciência de que Pedro era uma pessoa simples, rude e de personalidade muito difícil, em face da sua pouca instrução. Era um diamante bruto que precisava ser lapidado vagarosamente, a fim de permitir a passagem da “Luz Divina” e tornar-se o reflexo do seu SENHOR.
CRISTO fez com que ele compreendesse o horror do pecado e o perigo de não fugir das ocasiões de pecar, como exemplo o momento da sua negação . Mas ao mesmo tempo, houve a predição de seu integro e verdadeiro arrependimento, que se tornaria um exímio exemplo e ensinamento, um sustentáculo de fé dos fieis.
São vários os pontos culminantes de declaração da Fé petrina, nas quais demonstrou sua lealdade e total confiança no SENHOR . Mediantes tais demonstrações Pedro recebeu do seu SENHOR, as “Chaves” de comando. Este ato simbólico é uma concessão de sua autoridade, direito e poder, como uma total liberdade para administrar, podendo abrir e fechar um recinto, uma organização ou uma cidade, a fim de que impere o direito, a justiça e o amor fraterno. Naquela época uma cidade era cercada com muralhas para ficar protegida contra as invasões dos inimigos e malfeitores, e tinha um grande portão de acesso, com fechadura.
Dar a chave da cidade era uma honra que ainda permanece em nossos dias, ainda que hoje não haja muros e portões fechando as cidades, mas significa conceder livre acesso e autoridade sobre aquela cidade. E no caso de Pedro, a cidade da qual Ele estava recebendo as chaves nada mais é do que a Cidade Eterna, o Reino de DEUS. É neste poder singular que JESUS concedeu a Pedro e que a Igreja entendeu como sendo um poder infalível (enquanto lidando com as coisas sagradas) .

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