segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Mc. 2,18-22

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Queridos irmãos, desculpe pelo atraso da lectio deste domingo. tive algumas obrigações extratemporais, que tomaram meu tempo. Mas, enfim, fica a obrigação de efetivar com vocês a EXPERIÊNCIA de DEUS.
Para mim, hoje, é um dia especial, fazemos memória de S. ANTÃO (251-357), abade. "SE QUERES SER PERFEITO, VENDE OS TEUS BENS E DÁ-OS AOS POBRES... DEPOIS, VEM E SEGUE-ME ...(mT. 19, 21)". Este convite forte feito por JESUS, ouvido por este Santo Homem, perfez em sua vida uma verdadeira conversão que simplesmente mudou a face da Igreja que já iniciava seu crescimento. Aos vinte e pouco anos, foi um chamado vocacional. Deste fato retirou-se como Eremita para o alto Egito. Pela experiência saboreada, tornou-se guia espiritual de muitos para adentrar nesta caminhada peregrina e solitária. Por isso, tornou-se iniciador desta nova forma de vida monástica em que a vida em comum, a oração, a orientação de um superior e a caridade fraterna são os elementos de santificação. colaborou com Sto Atánasio na luta contra o Arianismo. Toda a base de seus ensinamentos, ainda, perduram em muitas ordens religiosas. SANTA ANTÃO! ROGAI POR NÓS.


"... O NOIVO ESTÁ COM ELES ...". Este é o Rhema desta leitura. No primeiro foco do texto está uma prática espiritual e obediência a lei, que é o foco de uma discussão. Depois a resposta em tom metafórico, que se prolonga para uma nova parábola. Nesta situação entendemos o questionamento dos Fariseus quando questionam JESUS: "... ELE só fala por parábolas ...".
O detalhe da primeira parte deste Evangelho esta que existe uma objeção direta dos Fariseus e dos Discípulos de João Batista, aquele que apontou um caminho ('EIS O CORDEIRO DE DEUS'). A questão era que os Disicípulos deste novo Mestre, que despontava pelos seus discursos impregandos de uma nova autoridade, que curava, libertava, e pasmem, que perdoava, faziam contrariamente atitudes contra a praxe da lei, ou seja, não jejuavam duas vezes por semana. Observe-se um detalhes de que este questionamento advêm depos do banquete com os pecadores, ou seja, possui duplo sentido.
O jejum era ato tradicional legal ou devocional que  entoava ação de arrependimento, humildade ou luto (Zc. 7, 3-5). Também tinha introspecção de espera do Messias. Ora, para os discípulos de JESUS este contexto não faziam o menor sentido, pois para os mesmos, o Messias já tinha chegado. Parece contraditório tal fato, em relação aos Discípulos de João Batista, pois seu mestre já tinha aludido: "... EIS O CORDEIRO DE DEUS ...", mas não perceberam isto, mas do contrário se escandalizam.
Outro ponto a se observar, prática comum de CRISTO, responde a pergunta fazendo NOVA PERGUNTA, colocando a questão sobre outro prisma. Coloca-se a simbologia do casamento, e o momento vivido era o tempo de núpcias do esposo, em que JESUS era o Messias Esposo e os discípulos, sua esposa (Israel), e que os convidados estavam naquele instante para comemorar ou festejar (Jr. 33,11; Ct. 5,1). A introspecção que CRISTO coloca em sua fala é que antes a Esposa jejuava por sua infidelidade, mas o casamento esta a se realizar, um matrimônio de Fidelidade (Os. 2,21-22). Por isto o ato de jejuar só terá sentido após a ascensão deste Messias Esposo aos céus, como expressão de indigência e de desejo de participar das núpcias definitas no retorno final.
A segunda parte do texto, é a parábola coloca como anexo, pela catequese oral, teria alguma ligação com o texto anterior? Marcos desafia o entendimento cristão, em que o casamento, ou poderia dizer, a 'ALIANÇA' deve inaugurar uma vida nova, desligada da anterior. Quando se efetiva um casamento os nubentes não podem ter a mesma vida que perfaziam no período do namoro ou convivência. Não é apenas algo que pode se adaptar, ou um tapa-buraco, mas algo que não pode ser colocado para se extraviar. Aqui a colocação de CRISTO é sobre as atitudes do NOVO POVO de DEUS, quer nas suas práticas de caridade, quer como própria instituição judaica. É necessário, na verdade, algo novo, em relação as práticas e instituições para verdadeiramente se caracterizarem como cristãs. A mensagem de JESUS não é remendo para se salvar algo que está gasto (Sl. 102,27; Jr. 13,7). As instituições judacias vigentes não podem conter a grandeza do seu poder. CRISTO inaugura algo novo que tornará o precedente antigo (2ª Cor. 5,17; Hb. 8,13).

A reflexão nossa quanto ao que fora aludido. Estamos na verdade tornando como novo o que fora anunciado a cada um de nós? A Ressurreição de JESUS, perfaz em nossas vidas, que ELE permanece vivo em sua Igreja, em nossos corações? Nós, Cristãos, vivemos na certeza de sua presença e na esperança de sua volta? A colocação realistica é que não se pode abolir a penitência e o jejum. Porém, estas colunas devam refletir um novo sentindo: "TESTEMUNHO de um NOVO ESPÍRITO", que anima a existência no mundo com um olhar fixado no retorno do Senhor, e que nos ilumina com intensa alegria de ser CRISTÃO.
Viver na FÉ, ESPERANÇA e CARIDADE, hoje, é a essencial proposta de DEUS ao seu povo e para aqueles que querem se salvar.

Nenhum comentário:

POSTs RELACIONADOS

2leep.com