quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Lc. 10, 1-9

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Caríssimos Irmãos em CRISTO, hoje a Igreja celebra a memória de S. Timóteo e S. Tito (ofício memória, cor branca). Timóteo foi o discípulo dileto de S. Paulo,  o vemos em muitas de suas cartas. Possivelmente tenha sido convertido pelo próprio apóstolo durante sua primeira viagem missionária. Filho de pai pagão e mãe judia. Fora devidamente recomendado a Paulo pela comunidade de Listra. Seguindo as tradições judaicas, e para facilitar seu ministério de evangelização fora circuncisado. A confiança em sua pessoa por Paulo fora tamanha, que o Apóstolo lhe confiou as comunidades de Tessalônica, Macedônia e Corinto. Vemos no Cânon duas cartas a sua pessoa endereçadas pelo apóstolo Paulo. Sempre companheiro deste grande evangelizador, Timóteo o acompanhou em sua primeira missão. Depois ficou em Éfeso para exercer a função de Bispo. Existia tanta afinidade entre os dois, que Paulo, já preso, pediu sua presença em Roma. Tito, era outro cooperador do Apóstolo. De família pagã, fora convertido desde a primeira viagem do Apóstolo. Tito acompanhou Paulo e Barnabé a Jerusalém. Desta viagem podemos lembrar da defesa energica de Paulo contra a imposição da circuncisão de Tito. Fora intermediário entre Corinto e o Apóstolo. Posteriormente, segunda a carta enviada pelo Apóstolo residiu em Creta. Em outro momento Paulo lhe pede para se encontrar em Nicópolis, no Epiro. Por fim, direcionou-se, possivelmente, para à Dalmácia, onde ainda hoje é venerado de modo particular.

Bem, vamos aprofundar na passagem de hoje. O Rhema é "A VOSSA PAZ REPOUSARÁ SOBRE ELE". E questionamos que Paz seria esta? É a mesma apregoada pelo mundo neste momento caótico? Vemos que a leitura recai sobre Lucas. Nele observamos, que diferente de Marcos, o envio não é feita apenas aos doze discípulos (9, 1-6 - Galiléia). Se estende a setenta e dois (Judéia). Demonstra a formação de um segundo circulo em expansão. A causa é predita nesta passagem: penúria de trabalhadores. O número setenta tem ligação com a possível composição de povos na humanidade (Gn. 10) e ou o número de ajudantes de Moisés no deserto (Nm. 11, 16-30). Utiliza-se o mesmo verbo colocado para os Apóstolos (envia-os à sua frente - 1, 76; 7, 27; Ml. 3,1). A função é a de preparar para a chegada do Reino, como paralelo do apostolado da Igreja, em sentido universal. Diretamente já coloca as qualificações de quem deve ser discípulo: mansidão (ves. 3); pobreza (ves. 4); espírito de paz (ves. 5-6); não exigente (ves. 7); caridoso (ves. 8); evangelizador (ves. 9); e ousado e persistente (ves. 11). A todos que exercerem este papel será lembrado que este operário é digno de recompensa. Já para aqueles que não aoclherem, o salário será o castigo.
Lucas insiste em duas diretrizes: 1) A ausência de preocupações futuras (renúncia de segurança), efetivando seu labor na pobreza (condições existentes), carregado de significado profético pela aproximação do reino; 2) Atitude do discípulo para com aqueles que o hospedam. Este comportamento deve exprimir o cárater do peregrino, que sempre em viagem rumo ao reino, satisfeito com a hospedagem recebida, ou seja, eternamente grato por aquilo que recebe. A ida neste apostolado será em número de dois, fato de testificação. Devem sempre confiar na generosidade de retorno provinda da ação da mensagem anunciada, sem abusar da mesma.
Algumas características devem ser colocadas. Lucas utiliza uma metáfora de colheita (8, 5-8; Jo. 4, 35-37). Coloca um certo ar de otimismo, pela abundância, o que pressupõe uma benção grandiosa por parte de DEUS, e por isto deve ser entregue diretamente a quem os enviou. Por ser abundante, devem os servos pedir um auxílio, demonstrando uma plena dependência daquele que envia. Fato extritamente confirmado ao aduzir ser um Bom Pastor, mas que coloca suas ovelhas em meio a lobos, ou seja, devem demonstrar plena confiança, desapegados de tudo e cumprindo sua missão. Isto é o mais importante. Lucas ao preconizar que "... Pelo caminho não saudeis à ninguém ..." (2ª Rs. 10,13), quis mencionar a objetividade da missão do discípulo, não perder tempo essencial, cumprir sua missão e apenas isto.
Questão primordial do discipulado é sempre conceder a PAZ. É uma saudação hebraica (Sl. 122) e que advêm de uma saudação messiânica (2,14). Por fim, o impedimento de ir em cada casa, para não repassar um espíritointeresseiro e evitar ofender quem os recebe."A messe é grande, mas poucos os operários" é uma reflexão que devemos hoje perfazer. A Igreja nos conjura a meditar sobre esta passagem em nossa vida cristã dizendo: "... que respondam com amor, generosidade, e prontidão, à voz de CRISTO, que nesta hora os convida com mais insistência, e ao impulso do ESPÍRITO SANTO. Sintam os jovens de modo especial que a eles se dirige este apelo. Aceitem-no com ardor e magnanimidade ..."(AA 33 - conc. Vat. II).
E nós o que temos feito? TEmos ouvido, na realidade este chamado? Ou ouvimos os chamados da nossa própria humanidade?
NUNCA CUSTA LEMBRAR! VOCÊ TEM, REALMENTE, ESCUTADO O CHAMADO DE DEUS? Reflita. DEUS TE ABENÇOE.

Nenhum comentário:

POSTs RELACIONADOS

2leep.com