quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Mc. 3,7-12

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Dando continuidade a nossa caminhada na estradada Lectio Divina vamos refletir as ações de JESUS, segundo a visualização de Marcos. O Rhema, poderia-se dizer, "... OS ESPÍRITOS MAUS DIZIAM: 'TU ÉS O FILHO DE DEUS ...". Nesta passagem JESUS é o centro de atração irresistível, o que contrasta em relação a Jerusalém, ponto de encontro anterior. Marcos descreve JESUS como uma fonte oculta do qual brota a esperança de salvação. Um médico da humanidade. Fato preponderante é que afora a multidão local Galiléia e das redondezas, a figura de CRISTO é colocada diante do mar. Sabe-se, pelos estudiosos, que a figura do mar (a beira do mar) tem contexto do mundo (vide apocalipse). O ficar a beira é significativo, no sentido de esperar e observar. Associa-se o chamado dos Discípulos, fato ocorrido, também, a beira do mar. Depois do chamado um envio para ir mais profundo. Denota que tudo é efetivado pelo Mestre deve ser anunciado, com o testemunho pessoal, de mudança de vida, não apenas paliativa. Por isto é que o próprio JESUS rejeita, de imediato, qualquer tipo de testemunho que possa turvar a sua missão (Tg. 2,19).Outra observação, a atitude extasiada do povo, sempre crescente, devido a sua atividade milagrosa. Soma-se um forte anseio popular de poder alcançar uma graça apenas ao tocá-lo. Deste fato sobressai um intento maléfico dos demônios que desejam diminuir a eficácia de sua missão. O declaram, diante de todos "FILHO DE DEUS", não admitindo sua divindade, mas com intento de gerar o ciúme das autoridades religiosas, que já buscam uma sentença de morte para este médico, ou sua exclusão. O ponto de apoio inicial é a Galiléia, onde sua fama cada vez mais aumentava (ves. 7). Espalha-se para as outras regiões circunvizinhas, conhecidamente como pagãs (ves. 8). Toma como projeção futura da construção da Igreja (Sl. 87).

A beleza do Evangelho de Marcos é a sua capacidade de ampliar os diversos conceitos teologais, mas os precisando exatamente na caracterização dos mínimos detalhes realistas (barca, multidão, o tocar, pressão física). Um pedido do Mestre, que deve ser altamente obedecido em sua integralidade. Uma barca, aludindo a passagem do dilúvio, para salvar. Vem a passagem do mar, outro paralelo, agora com o êxodo, o povo que espera a libertação diante do mar, e DEUS propicia através de Moisés (abertura do mar). E fica na barca para que todos o vejam.
Outra característica é a plena confiança do povo (... jogavam-se sobre ELE para tocá-lo ...). Na tentativa de desfigurar sua ação messianica, os demonios aludem um falso testemunho, como falado anteriormente. Automaticamene JESUS rejeita o mesmo por falta de substrato (vide a passagem do semeador).
Uma multidão diante do Senhor, que na maior parte são doentes curados e daqueles que buscam a cura. aqui ELE se mostra compreensível para com o povo. Rígido contra a casta religiosa (fariseus), através de seu combate com palavras que destroem toda a hipocrisia e ainveja de seus adversários. Percebe a urgência e a necessidade premente do povo. Não se afasta completamente, mas procura um lugar onde possa ser visto por todos, sem discriminação, por isto a alusão do mar (ide mais profundo).
JESUS proclama a libertação de qualquer espécie de mal, inclusive as doenças. Disto revela o desígnio de Amor do pai, e com sua FACE, a PATERNIDADE de DEUS.
Nossa reflexão. Veja-se a NECESSIDADE! Um povo que procura, precisa de um norte. Alguém que espera (beira mar). Para formar, ensinar, direcionar a própria vida. transcorrido este fato, o MESTRE, que utiliza da barca, nos ensina a ir para além, neste mar, multidão de povos. A atenção que expande aos necessitados, também deve estar presente na vida de seus discípulos, como exemplo. A caridade, a escuta, paciência e compreensão, devem ser a marca desta FACE PATERNA de DEUS em nossas vidas. Nunca se deixar levar por testemunhos vazios, para não engrandecer o nosso ego. Mas do contrário, possuir uma humildade, como João Batista, apontar para o CORDEIRO IMOLADO, que tira o pecado do mundo.
O ensinamento é claro. Não devemos ser o centro de tudo, como se colocavam Jerusalém. Mas servos, pois aprendemos de um Mestre. Não para obedecer por uma obrigação, mas porque experimentamos a essência do próprio Mestre, que veio revelar aquilo que recebeu. Assim, todos nós o somos esta face de Amor. Só podemos dar aquilo que recebemos. Nunca seremos detentores de algo que não possuímos verdadeiramente. Só poderemos levar a DEUS quando nos deixar possuir por ELE. Por isto, JESUS fica na barca, ou sua Igreja, a beira do mar, esperando o nosso SIM. PENSE NISTO! QUANTO TEMPO ELE ESPERA E ESPEROU PELO TEU SIM. QUE DEUS TE ABENÇOE.

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