sábado, 26 de março de 2011

Lc. 15, 1-3.11-32

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Novamnete adentremos no Evangelho de Lucas. Nesta passagem do 'Filho Pródigo' devemos observar o seguinte RHEMA: "TEU IRMÃO ESTAVA MORTO E TORNOU A VIVER". No capítuo 15, Lucas coloca como tema principal a SALVAÇÃO DAQUILO QUE ESTAVA PERDIDO. O centro desta parábola é o SER HUMANO, Filho sempre amado do PAI, que era abandonado e traído. Transparece, em paralelo, com o conteúdo do AT de Jeremias (31,18-21). Do qual anuncia que a NOVA ALIANÇA será alcançada exclusivamente no AMOR MISERICORDIOSO de DEUS. Portanto, iniciemos nossa Lectio Divina, orando da seguinte maneira: "Ó DEUS, QUE PELOS EXERCÍCIOS DA QUARESMA JÁ NOS DAIS NA TERRA PARTICIPAR DOS BENS DO CÉU, GUIAI-NOS DE TAL MODO NESTA VIDA, QUE POOSSAMOS CHEGAR À LUZ EM QUE HABITAIS. POR NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, VOSSO FILHO, NA UNIDADE DO ESPÍRITO SANTO. AMÉM".



Aqui, faz-se presente uma das três parábolas da "MISERICORDIA". Mesmo chamada da parábola do 'Filho Pródigo', deveria-se ser chamada do 'PAI amoroso', porque o que mais se evidencia é o AMOR PATERNAL. O alvo são os coletores de impostos e pecadores, do qual acorrem com imenso prazer em direção a JESUS. Em contrapartida, demonstra o desgosto dos Fariseus, que serão refletidos na parábola na figura do Irmão mais velho. O sentimento dominante é a ALEGRIA. Pois o intuito de DEUS sempre será o de AMAR, porque é o próprio AMOR. Ama o pecador, e não deseja sua morte (Ez. 18, 23-32; Sb 11,26). Poderiamos ressalvar este episódio com o Salmo 103 (Ves. 13). Todo o contexto desta parábola é a da REVELAÇÃO DO PAI. É esta a missão de CRISTO. Tudo gira em torno do AMOR PATERNAL de DEUS, que toma por exemplo a própria patermnidade humana.
Algumas palavras são chaves. A distancia preconizada, realça o nosso isolamento de DEUS, quando desejamos uma liberdade baseada nos usufruto de bens materiais (Pr. 23,21; 29,3; Eclo. 18, 30-19,2). A este distanciamento gera-se consequências materiais como reação intrinseca, nunca pela vontade divina, ou seja, na presença da impureza, sobrevem a fome e miséria.
Na tradução judaica a decisão de liberdade, ou maioridade, cessa todo e qualquer vinculo legal. Entretanto, o PAI da parábola sobrepõe o aspecto legal (Dt. 21,20), mas se conduz pelo afeto paternal (Jr. 31,20; Os. 11,8). Existe uma demonstração plena deste AMOR? Quando o PAI sai de sua dimensão e volta-se para o filho. Aquele é que vai ao encontro deste para efetivar a plena RECONCILIAÇÃO, ou seja, é IMEDIATA (Jr. 3,12). Aqui mostra não uma simples retorno, mas sim uma RESSURREIÇÃO (Jr. 3,14; Eclo. 32, 5ss). E como tal deve ser festejada.
Por fim, apresenta-se uma segunda parte, daqueles que não se alegram pelo retorno do pecador. Faz-se simetria com a figura de Jonas que não deseja ser Profeta em terra pagã (Jn. 4,2). A figura insatisfeita pela festa utiliza-se de termos de retribuição comparativa, protestando contra o Irmão e o PAI. E este, responde que a maior RIQUEZA É CONVIVER EM SUA PRESENÇA. E como lição majestosa é colocado em discurso que: "PATERNIDADE GERA FRATERNIDADE".
REFLEXÃO: O que nos livrará. com certeza, de toda a situação de angústia, tristeza, depressão, será a plena CONVICÇÃO de que DEUS nos PERDOA incessantemente. Eis uma ALEGRIA concreta, saber que o nosso PAI nos perdoa, que nos ama a ponto de fazer desaparecer nossos pecados, deve estar frequentemente firmado em nosso coração e na nossa mente. Entretanto, mesmo demonstrando um AMOR único, falta-nos, a cada um de nós, uma capacidade de responder a esta grande revelação divina, porque não temos quase tempo para lhe dizer os pecados e lhe pedir perdão.
Observando a figura do Filho mais velho, notamos que este não possui o conhecimento do que significa o pecado na vida de uma pessoa, pois sempre vive ao lado do PAI. Por isto não sente a exigência de mudar em nada a própria vida; cumpre sempre seu dever, mas de uma forma que mata o próprio AMOR; percebe a misericordia do PAI e não sabe regozijar com o perdão concedido ao irmão. Porém, o PAI quer que ele (filho mais velho), também participe da festa e tome para si a mesma alegria do PAI.



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