segunda-feira, 16 de novembro de 2015

MEU SIM OU MEU NÃO? CIDADE DE DEUS OU DOS HOMENS?


GRAÇE PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORA! BENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUS. Recentemente a Eclesia liturgicamente, vivenciou a festividade de 'TODOS OS SANTOS', e diante de tal momento magnânimo, perpassou-me o grande ensinamento de SANTO AGOSTINHO, Homem de uma SABEDORIA, cedida por DEUS, singular, que em uma real experiência de VIDA, pode explanar a verdade acerca do que SOMOS REALMENTE CHAMADOS. Em sua obra, "CIDADE DE DEUS" (De Civitate Dei ), descreve o mundo, dividido entre o dos homens (o mundo terreno) e o dos céus (o mundo espiritual), e por causa de sua própria experiência, pode expressar-se de forma magnífica ao elaborar este Livro, sendo uma das criações mais representativas do gênero humano, exatamente por tratar dos mais variados e complexos assuntos que sempre apaixonaram e torturaram o espírito humano: da origem e substancialidade do bem e do mal, do pecado, das culpa e da morte, do direito, da lei e das penas, do tempo e do espaço, e de tantos outras temáticas. Em sua grandiosa visão católica da história, Santo AGOSTINHO nos fala sobre as duas cidades, uma DIVINA e a outra materializante. Na primeira constituída pelo AMOR a DEUS levado ao desprezo de si próprio. Na segunda (Homens), funda-se no amor-próprio levado ao desprezo de DEUS. Essas cidades foram fundadas no livro do Gênesis por Caim e Abel. Caim criando uma cidade na Terra,e Abel, que não criou nenhuma cidade na Terra mas fundou a celeste. AGOSTINHO declara que esta segunda cidade está destinada a sofrer a pena eterna com o Diabo e a primeira a reinar eternamente com DEUS. Diante de tal premissa, reconhecemos dois personagens principais, que são 1) O cidadão do mundo e 2) O peregrino do céu. CONTINUA A FORMAÇÃO PESSOAL!!!


Encontramos portanto na cidade terrena duas formas: uma que ostenta sua presença, outra que é com a sua presença, imagem da cidade celeste. A natureza pervertida pelo pecado gera os cidadãos da cidade terrestre, e a graça, que liberta do pecado, gera os cidadãos da cidade celeste. Assim, expressa o Doutor da GRAÇA: “sem a GRAÇA ninguém pode absolutamente fazer o bem: seja pensando, querendo, amando ou agindo”. Esta GRAÇA não é a mesma coisa que a VIRTUDE, pois segundo AGOSTINHO “a graça que opera, é a fé que opera pelo amor”, asseverando depois que “a Graça é anterior à caridade”. Portanto a GRAÇA não é uma virtude. Neste magnânimo Livro descreve-se sobre a GRAÇA de DEUS e seus efeitos, e mostra como pelo pecado de um só homem caímos em tão deplorável miséria, assim como pela GRAÇA de um só Homem que é ao mesmo tempo DEUS, chegamos à posse de nosso soberano bem. AGOSTINHO considera a vida um campo de batalha, e ainda expressa que é melhor a guerra com a esperança da vida eterna do que o cativeiro sem esperança de liberdade. Na constituição de seu livro (CIDADE DE DEUS) AGOSTINHO perfaz uma longa defesa da FÉ diante dos ataques vindos do paganismo da época, que culpava o cristianismo pela decadência do império romano, como o que aflora nos tempos atuais, em que muitos despendem criticas a DEUS e a sua inoperância neste mundo. Mas para o 'DOUTOR DO AMOR' o valor do sofrimento no qual quem sabe sofrer reza e agradece a DEUS, enquanto o desesperado protesta e blasfema. Aperfeiçoa o pensamento em que no sofrimento DEUS revela a força de sua piedade. E por esta causa que por seu imenso AMOR ao Homem, diz AGOSTINHO, que a morte corporal é uma dádiva que DEUS deu aos homens, porque não quis prendê-los para sempre às misérias desta vida. Mas, o que foi acima expresso tem a haver com a festividade de TODOS OS SANTOS? Exatamente, acerca do NOSSO CHAMADO individual e coletivo para a SANTIDADE. Tal pressuposto é UNIVERSAL, nunca cedido a determinado grupo de pessoas, pois somos chamados a sermos SANTOS como DEUS o é, e o somos, pois somos constituídos como sua IMAGEM e SEMELHANÇA. Por isto temos o significado que o nosso corpo é morada genuína de DEUS. Embora a ECLESIA seja figuradamente, em forma material, sua CASA, o Homem o é de forma de substância e essência. Esta festividade não deve ser restrito a apenas um simples dia, mas estender-se para o dia-a-dia de nossa existência. SER SANTO É UMA MISSÃO, UM CHAMADO, UMA ESPIRITUALIDADE perfeita. Se DEUS AMOU tanto o Homem, e se fez um igual a nós, é para nos dizer o QUE REALMENTE SOMOS PARA DEUS. O princípio de nossa existência é permear um ESTADO ÚNICO DE INTIMIDADE COM DEUS, e a melhor forma de se expressar é permitimos ser SUA MORADA, e o seu estado deve ser PERFEITO. A grande questão e que muitos se esquecem, que a RESTAURAÇÃO ou SANTIFICAÇÃO é um PROCESSO CONTÍNUO, e não apenas algo SUPERFICIAL, não vale apenas expressar de forma externas. Sendo CASA DE DEUS devemos entregar as CHAVES a quem nos alcançou por AMOR e nos transformou como seus. Estamos além das exterioridades, somos muito mais do que aparentamos, e é por causa deste sentido que o próprio PAPA FRANCISCO irá dar início ao "ANO DA MISERICÓRDIA", exatamente por esta acepção AGOSTINIANA de que somos 'MORADORES DO CÉU'. Agora, infelizmente tratamos DEUS como mais um INQUILINO, e pior, permitimos DEUS conviver com outros inquilinos, e mais, tendo estes outros mais direitos do que o real PROPRIETÁRIO. 'DIA DE TODOS OS SANTOS' são TODOS OS DIAS e para TODOS OS QUE DESEJAM A SANTIDADE. Possamos refletir sobre este nosso CHAMADO fundamental, com a consciência de que devemos permitir que o proprietário adentre em seu interior para poder efetivar a devida RESTAURAÇÃO. AGOSTINHO fora um visionário, enxergou as situações atuais naquele mesmo tempo de dificuldade. É necessário adentrarmos nesta reflexão, no qual não podemos transformar a obra de DEUS em possíveis trampolins para alcançar interesses pessoais. Pior, jamais envidar fingimentos exteriores de que fazemos algo de NOVO para DEUS, quando nos comportamos como moradores deste mundo. DEUS QUER RESTAURAR, e não reformar, este é apenas uma ação superficial, que intenta dar uma nova caracterização de 'NOVO' sem fazer as alterações necessárias e principais, e pior, lançar fora o que não é agradável aos olhos, efetivando uma EXCLUSÃO desnecessária. A RESTAURAÇÃO é uma ação mais profunda, que adentra no íntimo e age nas estruturas básicas, as INTEGRA, cuida, conserva o que é sólido e concreto, modelando-as de forma a se tornarem ainda mais aptas a serem e refletirem o sentido de MORADA REAL DE DEUS. Aqui fica a reflexão e análise deste pensamente para irradiar o sentido de SANTIDADE neste mundo. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.

Nenhum comentário:

POSTs RELACIONADOS

2leep.com