segunda-feira, 16 de maio de 2016

O SER PAI, A REALIZAÇÃO DA VIDA DO FILHO(A) (2ª PARTE)


GRAÇE PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORA! BENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUSDando a continuidade a nossa temática sobre a IMPORTÂNCIA DO PAI. Como tínhamos refletido anteriormente, a figura PATERNA vai além das funções biológicas de PRESERVAÇÃO DA ESPÉCIE, mas que permeia dos cuidados físicos, inclusão social e da própria orientação e educação deste novo ente social.  Esta figura tem função ESTRUTURANTE, no qual seu exercício impacta profundamente a estrutura psíquica da criança e no seu processo de desenvolvimento. Chama-se uma 'FUNÇÃO SIMBÓLICA', por que de certa forma, pode ser assumido por outra figura (MASCULINA), não agregada ao campo da consanguinidade humana (PAIS SEPARADOS ou AUSENTES), cuja ação é a separação mãe-bebê e a retaguarda e acolhimento. Esta primeira relação subtende o ambiente primitivo relacional, muito importante na estruturação da personalidade e do sujeito, amplamente desenvolvido através da entrada da figura PATERNA na vida do bebê, e será esta figura ensejadora no desenvolvimento do Reconhecimento de terceiros, que fomenta a possíveis relações sociais, ou seja, o existir em sociedade. CONTINUA A FORMAÇÃO PESSOAL!!!


A presença física PATERNA, bem como afetiva, promovem o rompimento da relação NARCISISTA com a Mãe, ou melhor exemplificando, o PAI é uma PONTE, entre o mundo interno e a realidade externa da criança. Esta PONTE desenvolve no SER da criança a habilidade de explorar e se RESPONSABILIZAR socialmente. Portanto, o PAI é o primeiro vislumbre de INTEGRAÇÃO, antecipando o individuo unitário que este virá a SER. Tal fator é visualizado nos momentos em que a Mãe, ao cuidar da segurança da prole, promove o 'NÃO', ações de 'ORDEM', 'FIRMEZA', e 'INFLEXIBILIDADE', que ressoam na mente da criança a figura do PAI. Desta feita, a presença PATERNAL refletirá na Mãe no seu sentido de proteção ou desproteção, incidindo na própria relação MÃE-FILHO. Em si, é importante o contato corporal entre PAI-FILHO/FILHA, principalmente nesta ultima, exatamente por sua função ESTRUTURANTE, reorganiza psiquicamente o desenvolvimento do EGO. Sua importância avança, por ancorar o desenvolvimento social da criança, sendo suporte inestimável as dificuldades relacionais e de aprendizado, no qual favorece a SAÍDA da área domestica protegida pela figura da Mãe. A ausência paternal gera consequências graves afetivas, sociais e materiais, influenciando, até, a simbologia capacitativa do futuro adulto. Na esfera psicológica, a AUSÊNCIA PATERNAL influencia no COMPORTAMENTO DE RISCOS, no qual nos tempos atuais, tem agregado valores negativos sociais. Hoje a vida é baseada na SUPERFICIALIDADE das coisas e no IMEDIATISMOS das relações, não existindo espaço para contatos e comunicações duradouras, na espontaneidade do DAR, pois sem a figura PATERNA vive-se o EGOCENTRISMO e o INDIVIDUALISMO: "EU QUERO; EU POSSO; EU FAÇO". Não existem os LIMITES que transcorreriam da figura PATERNA (desamparo, vazio, depressão, etc.). Subsiste uma fragilidade relacional profunda, regidos por laços imediatos e imaginários. Não se desenvolve uma referência ao outro, mas busca-se a AUTO-SATISFAÇÃO egocêntrica e narcisista onipotente. A figura PATERNA ao entrar na relação MÃE-FILHO/FILHA imprime uma nova conduta pulsante, ao indisponibilizar a MÃE como objeto de desejo. O contrário, ou a AUSÊNCIA PATERNAL, gera uma experiência de CASTRAÇÃO, no qual não ousa arriscar neste patamar imprevisível do mundo, o que gera problemas de personalidade e de interação social. O PAI é fonte das identificações, promove o SUPEREGO e o ideal do EGO, conduz o personagem na condição de SUJEITO DESEJANTE, bem como possibilita a participação na vida comunitária, fomentando que o FILHO/FILHA renuncie a suas necessidades de satisfação pulsional, no qual este(a) vincule a se comprometer com o OUTRO. Assim, por causa do PAI, os valores de tédio, vazio e solidão ficam adormecidos, mas, o HOJE fica tudo deturpado, no qual valores são violenta e rapidamente substituídos, gera uma angustia profunda e sentimento de insegura singular, exatamente por tais mudanças, e como consequência, quaisquer laços afetivos devem possuir esta conotação, e sua ação tem sentido de PRAZER IMEDIATO, e caso possa promover sofrimento, deve ser DESCARTADO. Neste período a tristeza e angustia não possuem lugar cativo, e todas as sensações e afetos serão neutralizados e anestesiados, por novas sensações e afetos mais agradáveis e extemporâneos. NESTE MUNDO NÃO EXISTE TEMPO e ESPAÇO para SOFRER. SOFRER significa ter a ciência perfeita de que NÃO SOMOS AUTOSSUFICIENTES, carentes do OUTRO, e tal sentido é INADMISSÍVEL nos tempos atuais. A sociedade atual se compõe de um VAZIO EXISTENCIAL, cujo fator primordial é a falta ou desvalorização da figura PATERNAL, não aceitamos o 'NÃO', ou limites impositivos, não queremos SOFRER, aceitamos, no máximo, a DOR, mas esta será automaticamente anestesiada por elementos ou ações (drogas e relações passageiras). O outro não importa, mas o 'EU' se torna o centro e o tudo. Enfim, nos tornamos a MISÉRIA PSÍQUICA do SER. No próximo texto concluiremos este pensamento. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE.

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