domingo, 20 de fevereiro de 2011

AS AÇÕES DO LÍDER - RB 31, 3-7 (1ª parte)

GRAÇA E PAZ (חסד ושלום)! Caríssimos Irmãos, como mencionava o grande cientista ISAAC NEWTON, em sua 3ª Lei da Física: "A CADA AÇÃO CORRESPONDE UMA REAÇÃO ...". Damos início a um novo tópico sobre Liderança. Frisa-se que este conteúdo tem por base o meu Livro: MANUAL DO LÍDER SERVIDOR. No tópico anterior buscamos formara a essência de um Líder, que quando caracterizado deve refletir uma reação, no caso seus frutos, ou melhor suas ações refletiram o que ele o é.

Aqui, vamos discorrer sobre a real e concreta atitude daquele que está frente de um grupo. Neste capítulo Bento revela-nos as maiores características essenciais para fazer o bem em prol do próximo.

Cap. 31, 3-7. “Tome conta de tudo (1); (...) Não entristeça seus irmãos (2). (...) lhe pedir alguma coisa desarrazoadamente, (...) desprezando-o (4), mas negue, razoavelmente, (...) ao que pede mal”.
1) Cuidadosa :

Visualiza-se o controle total, mediante um zelo pela organização, demonstrada por uma direção compartilhada com os liderados, sem o mínimo de preocupação. Esta atitude de cuidado com as pessoas remete-nos a idéia de Cura. Observamos o sentido de inovação de fantasias e de idéias, de prosperidade. Mas, toda esta disposição nunca deve ser imposta, pelo contrário, deve ser submetido ao núcleo, na busca de uma verdadeira análise apurada, e assim, favorecer o real apoio dos liderados. Subtende-se a idéia de supervisão, que examina inicialmente a idéia, fazendo uma criteriosa meditação e reformulação delas, para após ser apresentada, possa convencer o núcleo a concordar com seu conteúdo. Neste processo ocorre a verdadeira garantia de que nem toda idéia que não seja amadurecida jamais será acatada imediatamente, assegurando uma continuidade eficaz.

2) Tranquila :

Liderança consiste-se de tranqüilidade, paz, alegria e vontade de viver. Jamais coaduna-se Liderança com qualquer figura de aflição, tristeza, ferida ou dano . Sabe-se que as feridas do coração desembocam, freqüentemente, em sentimentos de tristezas, depressões, e em outros tipos de comportamentos que causam desde a paralisia até o enfraquecimento. Em relação à Tristeza, deve-se distinguir a existência de dois tipos que podem afetar-nos de forma positiva ou negativa. O primeiro tipo de Tristeza seria a que é permitida por deus, que ajuda-nos a sermos capazes de mudar o nosso interior, proporcionando uma reflexão e até mesmo uma cura . O segundo tipo de Tristeza é a mundana, que nos paralisa e gera até a morte, originária de reivindicações afetivas frustradas, que permeiam todo o tipo de agressividade.
Então, a atitude do Líder será a de não afligir, de imediato, as reivindicações primárias do liderado (dignidade, desejos afetivos, atenção), caso contrário originará o aparecimento da tristeza mundana (auto-piedade), gerada pela ausência de sentido, que paralisará o indivíduo no seu trabalho. Isto não quer dizer que o Líder deva sempre concretizar todo o tipo de pretensão do seu discípulo.
A pessoa que é Líder não pode permitir que no seu interior existam áreas ofuscadas (sombras), pelo contrário, deve sempre proporcionar um rigoroso exame de consciência, realizando uma análise todas as suas possíveis feridas e, imediatamente, reconciliar-se com elas, porque somos responsáveis pelo efeito que exercemos sobre as pessoas, que não podem mudar de uma hora para outra. Então, o Líder deve ser o único responsável pelo seu próprio estado de espírito, em que ninguém deva ser capaz de alterá-lo, sob quaisquer situações e aspectos. A verdadeira solução consiste em um sincero convívio consigo mesmo, colocando-se honestamente diante do seu lado sombrio. Esta atitude pode gerar situações de dor e humilhação, o que poderá gerar no pseudo líder um receio de alcançar uma verdadeira solução (repressão), e como conseqüência a projeção sobre as pessoas ao redor.
O Líder deve ter a plena ciência de que é um Ser Humano, e como tal nunca terá a imagem de um ser indestrutível, todo-poderoso, ou pior, de que todos devem estar submissos a sua vontade. Nesta situação a pessoa que está fragilizada simplesmente desistirá de lutar, fazendo o que lhe convêm ou achar necessário, brotará desejo de vingança, trabalhando apenas o básico, semeando no ambiente a idéia de impotência do Líder, ignorando suas ordens, até sabotá-las. Traduzindo, insistirá em vencer seu opositor (Líder) por meio da recusa e do retraimento interior .
Tal confronto direto originará situações de críticas diretas e julgamentos, que serão sempre respondidas com promessas de consistências vãs e externas, visualizadas em atitudes de esquecimento de uma tarefa ou da sua não realização. Observa-se o confronto de poder em que o trunfo do perdedor é a vingança, que é a área de seu domínio, faz com que todos esperem por ele (jogo do pequeno funcionário público), propiciando a inércia de toda a estrutura do grupo. Propaga-se a tristeza, de forma gradativa, contaminando e paralisando cada setor da comunidade, resultante da reunião de simpatizantes em torno daquele liderado tristonho.
Evidente que a fonte de toda esta desestruturação recai no princípio de que “quem é magoado magoa os outros”, melhor ainda, “quem é impotente busca compensar exercendo poder sobre os outros” .

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