quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

CRUZ, SINAL CONCRETO DE AMOR PROFUNDO


GRAÇE PAZ (חסד ושלום)! ORA ET LABORABENDIGAMOS AO SENHOR! DEMOS GRAÇAS A DEUS. Estando a meditar acerca de tantas situações, permeadas de um significado de estagnação das camadas sociais, nos quais as pessoas vivem e desenvolvem suas ações de forma paliativa, como que mortos-vivos, seguindo em uma única direção, sem se deter na real conceituação do 'POR QUE' estar encaminhando-se nesta ou naquela direção. Sendo impulsionado, como animais, para um abatedouro. O QUE PENSAR DE TUDO ISTO? Estava a olhar para a 'CRUZ', que de certa forma se iguala a este estado premente de sofrimento e angustia. QUAL O SEU REAL SIGNIFICADO? QUAL A RAZÃO DE SUA EXISTÊNCIA? Muitas vezes a observamos, mas a repelimos imediatamente, visto a visão ser extremamente negativa, per si. Agustia-nos por imediata associação com a DOR, SOLIDÃO, MEDO, RAIVA, CHORO, bem tantos outros. Mas, POR QUE OLHAR DIFERENTE? POR QUE BUSCAR CONCEITUAR TAL MOMENTO COM UM ASPECTO POSITIVO? A resposta é singular: "PORQUE NA CRUZ SE REVELA A TRINDADE". SERÁ POSSÍVEL? Em um momento de maior sofrimento, em que a desolação toma seu ápice extremo, poder-se-ia ENXERGAR DEUS em sua PLENITUDE? RANIERO CANTALAMESSA, grande Sacerdote, reconhecido pregador e escritor já mencionava que na 'CRUZ' subsiste um ação de DEUS, em que "... Abandonando o FILHO, o PAI abandona também a si mesmo (...) De fato, se JESUS sofre a agonia do abandono, não sofre, porém, a morte mesma, porque a morte não pode ser sofrida, porquanto o sofrimento supõe a vida; o PAI, ao invés, que o abandona e o entrega, sofre a morte do FILHO na dor sem fim do Amor. (...) Parra compreender o que sucedeu na CRUZ entre JESUS e seu PAI será preciso exprimir-se em termos TRINITÁRIOS ..." (Contemplando a Trindade, Loyola, pg 27). CONTINUA A FORMAÇÃO PESSOAL!!!

Tentaremos desmistificar a explicação anterior. Ao olhar para a 'CRUZ' devemos, antes de tudo, retirar a figura negativa, e buscar outro 'PONTO DE REFERÊNCIA', para melhor vislumbrar o maior sentido de sua realização: 'O AMOR PLENO'. No ápice daquele momento, permeado de sentimentos aflitivos e negativos, observa-se um 'SER', que ferido em todas as situações possíveis de sua Humanidade (Paixão), envolvido por infinita camada de sentimentos, expostas como uma ferida, se torna CAPAZ de se OFERTAR. O sentimento que aflora de forma impetuosa e que supera os demais sentimentos negativos é o AMOR DA ENTREGA. JESUS que olha fixo ao céu, embora todos os fatos pudessem conduzir a uma irresignação absoluta, compreendendo que o teor de sua existência advêm de uma DOAÇÃO TOTAL anterior do PAI, da plenitude de sua DIVINDADE. Assim, o 'FILHO' é a expressão material, em sua humanidade, concreta da DIVINDADE de DEUS. Desta feita, apresenta-se uma PRIMEIRA 'RENÚNCIA', em que DEUS expressa que não é UM SER SOLITÁRIO, e por isto, de forma CONTINUA e VOLUNTÁRIA, se DOA PROFUNDAMENTE. CRISTO, que mesmo em sua extremada situação angustiante, compreende a extensão magnânima  deste AMOR em sua existência, e que quanto este AMOR GENUÍNO supera em grau e constituição os demais sentimentos que perpassam sua vida. Desta feita, JESUS DOA-SE COMPLETAMENTE em AMOR PURO, transcendente em direção ao PAI. E nesta ação continua de DOAÇÃO plena e voluntária nas duas direções (de uma PESSOA DIVINA à OUTRA), que gera, simultaneamente, um MOVIMENTO de SEPARAÇÃO e de UNIÃO, comum e distinto, que se traduz na essência da TERCEIRA PESSOA da TRINDADE, OU SEJA, o "ESPÍRITO SANTO", que é o AMOR de DEUS em PESSOA, e comumentemente, a DOR de DEUS em PESSOA na CRUZ de JESUS (H. MUHLEN, Theologie und Glaube, 1988). Esta figura, atípica e incompreensível inicialmente, toma uma significação de AMOR DOAÇÃO, no qual acaba-se percebendo que DEUS, ETERNAMENTE, está com o Homem em sofrimento no seu início até o seu fim. Caracteriza que DEUS NÃO É UM SER IMPASSÍVEL, e muito mais, sofre com e pelo próprio Homem. A imagem mais magnifica desta situação de DOAÇÃO, será expressa como o BEIJO (ESPÍRITO) que trocam o PAI e o FILHO entre si mesmos', e ao olhar para a CRUZ começamos a vislumbrar que a ALEGRIA e a DOR se mesclam: "... NÃO SE VIVE EM AMOR SEM DOR ..." (IMITAÇÃO DE CRISTO, III 5,33). Exemplo: o parto de uma mulher grávida.
Desta forma, observa-se a magnitude do SÍMBOLO DA CRUZ, que agrega uma infinidade de substâncias, conceitos e valores, e, muito mais, REVELA a verdadeira NATUREZA HUMANA e seu IMENSO VALOR. Assim, observa-se o INTENSO e INESTIMÁVEL AMOR como DEUS NOS ENXERGA e que acaba por se APAIXONAR profundamente, e a desejar por si mesma, concedendo ao Homem uma capacidade exclusiva de CONHECER e a AMAR seu CRIADOR. Desta feita, fica evidente que somos o REFLEXO MATERIAL de DEUS na terra, assim como a lua reflete os raios do sol. Já incitava um grande Santo: "DEUS FELIZ que nos torna felizes" (Sto. AGOSTINHO). Sendo expressão de DEUS, cabe-nos dar ênfase o que DEUS deseja de NÓS.  Como DEUS, somos e devemos ser SOCIÁVEIS, ou melhor, termos a capacidade de nos interagir, de sentir o que o outro perpassa, de suplantarmos as nossas condições limítrofes de todas as situações para bem conviver com o outro, de fazê-lo FELIZ, ou melhor, "Só as pessoas humanas totais vivem o humano" (Goethe).Então, se compreende o sinal de JESUS CRISTO na 'CRUZ', que não se define pelos acontecimentos externos experimentados, tão pouco tem a necessidade de tudo definir, mas aprende a se adaptar, a relativizar a tudo, inclusive as pessoas, pois sabe que existe algo BEM MAIOR, ou melhor, SABE QUE É AMADO mesmo quando não recebe nada nesta dimensão (do outro). O real sabor da CRUZ é compreender que necessitamos mais do OUTRO (complemento), do que a nós mesmos, caso contrário, deixamos de SER HUMANOS, pois DEUS na sua sabedoria, fez-nos em dupla, numa DUALIDADE COMPLEMENTAR, Homem e Mulher, iguais e diferentes, como 'imagem e semelhança', do PERFEITO. Eis o segredo magnífico da CRUZ, a de nos irradiar o verdadeiro sentido de nossa existência, de nosso valor e compreensão, em que ao nos doarmos ao outro, somos, automaticamente, submergidos no AMOR puro e pleno da DIVINDADE, ao nos assemelharmos naquela DOAÇÃO DE AMOR INTEGRAL, permitimos que a TERCEIRA PESSOA da TRINDADE more, viva, aja, enfim, resplandeça sua GLÓRIA em tudo o que somos e fazemos. Assim, fica evidente o sentido da palavra: "DEUS SE FEZ HOMEM, PARA ERGUER A TENDA DO ENCONTRO NO MEIO DE NÓS". DEUS DESEJA SE ENCONTRAR EM TODOS MOMENTOS/INSTANTES  DE NOSSA VIDA. QUE DEUS VOS ABENÇOE RICAMENTE. 


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